Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Cuidar do idoso: medecina narrativa e a arte de demorar-se

Use this identifier to reference this record.

Advisor(s)

Abstract(s)

À luz da ética do cuidado como prática e como valor alicerçados na Relação; à luz do conceito de Cuidar no âmbito da medicina narrativa, aqui entendida como disposição e prática ancoradas em capacidades narrativas que promovem a atenção, a representação e a afiliação no encontro clínico; e sob inspiração da arte de demorar-se de Byung-Chul Han, podemos afirmar que para cuidarmos bem precisamos de revisitar a vida contemplativa. Em vez de nos perguntarmos como adquirimos a capacidade de cuidar de outros, como aprendemos a adotar o ponto de vista do Outro e como superamos a busca do interesse próprio, hoje somos impelidos a questionarmo-nos sobre como perdemos a capacidade de cuidar de outros, o que inibe a nossa faculdade de empatia e a nossa sensibilidade em relação ao clima emocional que nos rodeia; por que razão somos incapazes de perceber a diferença entre estar ou não estar em contacto e, o que é mais doloroso, como perdemos a capacidade de amar. Tempo, palavra e relação como pilares do cuidado em diferentes contextos – família, relação clínica, vida quotidiana – devem ser repensados no modo como contribuem para promover e consolidar perspéticas, atitudes e recursos protetores da dignidade do idoso.
Based on the ethics of care as practice and value grounded in relationship; in the light of the concept of Care within the field of narrative medicine, here understood as disposition and practice based on narrative skills that promote attention, representation and affiliation in the clinical encounter; and inspired by the art of lingering by Byung-Chul Han, we can say that to take good care we need to revisit the contemplative life. Instead of asking ourselves how we have acquired the ability to care for others, how we have learnt to take the Other’s point of view, and how we have overcome our self-interest, we are compelled to question ourselves about how we have lost the ability to care for others, what inhibits our faculty of empathy and our sensitivity to the emotional climate around us; why we are unable to perceive the difference between being or not being in contact and what is most painful, how we have lost the capacity to love. Time, word and relationship as pillars of care in different contexts – family, clinical encounter, daily life – should be considered as means to promote and consolidate perspectives, attitudes and resources that protect the dignity of the elderly.

Description

Keywords

Citation

Magalhães, S. T. (2020). Cuidar do idoso: medecina narrativa e a arte de demorar-se. Revista Portuguesa de Bioética: Cadernos de Bioética, 25(26), pp. 31-43

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

Centro de Estudos de Bioética

CC License