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This qualitative study aimed to explore how the ethics of gift-giving and generativity are expressed in the daily experiences of informal caregivers within a family setting. The research is based on the relational-symbolic model of Cigoli and Scabini (2006, 2014), in dialogue with the ideas of Mauss (2003) and Lévinas (1980), who highlight the concepts of gift and ethical responsibility toward the Other; along with the psychological and developmental perspectives of Erikson (1950) and McAdams & St. Aubin (1992); and the relational sociological framework proposed by Donati (2003). Data were collected through semi-structured interviews and the construction of genograms with eight Portuguese caregivers, analyzed using categorical content analysis. Three central themes emerged: the ethics of the gift as a relational structure supporting the commitment to care, even without immediate reciprocity; generativity, expressed through intergenerational transmission of values and identity development; and family reciprocity, experienced amid tensions, commitments, and the preservation of bonds. The transmission of values to future generations appeared as an independent dimension, emphasizing its role in renewing the family legacy. Findings show that informal caregiving is experienced as a positive relational act, characterized by dedication and the challenges from limited formal support. Despite these challenges, caregivers say that their commitment to the person they care for is a key factor in overcoming difficulties and maintaining care. This study highlights the importance of enhancing family support systems and public policies that maintain not only the quality of life for the cared-for individual but also the health and dignity of caregivers.
Este estudo qualitativo teve como objetivo compreender de que forma a ética do dom e a generatividade se expressam nas experiências quotidianas de cuidadores informais no contexto familiar. A investigação assenta no model orelacional-simbólico de Cigoli e Scabini (2006, 2014), em diálogo com oscontributos de Mauss (2003) e Lévinas (1980), que sublinham a dádiva e a responsabilidade ética para com o outro, a perspetiva psicológica e desenvolvimental de Erikson (1950) e McAdams & St. Aubin (1992), e ainda a leitura sociológica relacional proposta por Donati (2003). Recolheram-se dados através de entrevistas semiestruturadas e da construção de genogramas com oito cuidadores portugueses, analisados por meio de análise de conteúdo categorial. Da análise emergiram três eixos centrais: a ética do dom como estrutura relacional que sustenta o compromisso de cuidar, mesmo na ausência de reciprocidade imediata; a generatividade, expressa na transmissão intergeracional de valores e no desenvolvimento identitário; e a reciprocidade familiar, vivida entre tensões, compromissos e preservação dos vínculos. A transmissão de valores às gerações futuras destacou-se como dimensão autónoma, pela sua relevância na atualização do legado familiar. Os resultados mostram que o cuidar informal é vivido como um gesto relacional generativo, atravessados imultaneamente por dedicação e por desafios decorrentes da escassez de apoioformal. Apesar das adversidades, os cuidadores revelam que o compromisso assumido com a pessoa cuidada constitui um fator determinante para superar dificuldades e garantir a continuidade do cuidado. Este estudo sublinha aimportância de reforçar mecanismos de apoio familiar e políticas públicas que sustentem não apenas a qualidade de vida da pessoa cuidada, mas também a saúde e dignidade de quem cuida.
Este estudo qualitativo teve como objetivo compreender de que forma a ética do dom e a generatividade se expressam nas experiências quotidianas de cuidadores informais no contexto familiar. A investigação assenta no model orelacional-simbólico de Cigoli e Scabini (2006, 2014), em diálogo com oscontributos de Mauss (2003) e Lévinas (1980), que sublinham a dádiva e a responsabilidade ética para com o outro, a perspetiva psicológica e desenvolvimental de Erikson (1950) e McAdams & St. Aubin (1992), e ainda a leitura sociológica relacional proposta por Donati (2003). Recolheram-se dados através de entrevistas semiestruturadas e da construção de genogramas com oito cuidadores portugueses, analisados por meio de análise de conteúdo categorial. Da análise emergiram três eixos centrais: a ética do dom como estrutura relacional que sustenta o compromisso de cuidar, mesmo na ausência de reciprocidade imediata; a generatividade, expressa na transmissão intergeracional de valores e no desenvolvimento identitário; e a reciprocidade familiar, vivida entre tensões, compromissos e preservação dos vínculos. A transmissão de valores às gerações futuras destacou-se como dimensão autónoma, pela sua relevância na atualização do legado familiar. Os resultados mostram que o cuidar informal é vivido como um gesto relacional generativo, atravessados imultaneamente por dedicação e por desafios decorrentes da escassez de apoioformal. Apesar das adversidades, os cuidadores revelam que o compromisso assumido com a pessoa cuidada constitui um fator determinante para superar dificuldades e garantir a continuidade do cuidado. Este estudo sublinha aimportância de reforçar mecanismos de apoio familiar e políticas públicas que sustentem não apenas a qualidade de vida da pessoa cuidada, mas também a saúde e dignidade de quem cuida.
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Keywords
Cuidadores informais Ethics of the gift Ética do dom Family reciprocity Generatividade Generativity Informal caregivers Reciprocidade familiar
Pedagogical Context
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