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Contaminação de resinas compostas no ambiente clínico - um estudo in vitro
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Abstract(s)
Objetivos: O objetivo do presente estudo foi a avaliação da contaminação de resinas compostas utilizando luvas de latex e luvas de nitrilo, instrumental e contaminantes do ambiente clínico. Materiais e métodos: Seis resinas compostas nano híbridas foram divididas em grupos: (A) grupo controlo, sem manuseio ou contaminação, (B) Luvas de nitrilo sem pó, (C) luvas de latex com pó, (D) luvas de nitrilo sem pó com saliva, (E) luvas de latex com pó com saliva, (F) luvas de nitrilo sem pó contaminadas com sangue humano, (G) luvas de latex com pó contaminadas com sangue humano. As resinas compostas pertencentes aos diferentes grupos foram fotopolimerizadas durante 40 s com fotopolimerizador de 400 mW/cm2 e analisadas através microscopia ótica entre 30x e 500x de ampliação. As amostras foram também analisadas através de microscopia eletrónica de varrimento em diferentes ampliações que variaram entre 50x e 8000x. Resultados: O grupo referente ao manuseio de resinas compostas com luvas de nitrilo sem pó ou espátulas clínicas evitou a presença de contaminantes, todavia foi observado um aspeto morfológico heterogéneo das resinas compostas devido à formação de aglomerados que ficaram aprisionados. Por intermédio da microscopia eletrónica de varrimento foi possível detetar, nas luvas com pó, amido de milho. Adicionalmente foram detetados micro espaços, após manuseio com luvas de latex com pó. Os provetes manuseados com luvas de latex e de nitrilo contaminados com saliva, demonstraram a presença glicoproteínas e compostos á base de cálcio como cloretos, fosfatos e carbonatos na camada de condicionamento. Após manuseamento com sangue, hemoderivados foram transferidos das luvas contaminadas para as resinas compostas após manuseio. Conclusões: No ambiente clínico as resinas compostas são suscetíveis à contaminação com detritos provenientes de luvas com pó. Contaminantes como saliva e sangue presentes durante o manuseio, são absorvidos e aprisionados nas resinas compostas durante o manuseio clínico, provocando defeitos nas resinas compostas, tais como micro e macro bolhas ou aglomerados de contaminantes.
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Torres, O., Cunha, I., Fidalgo-Pereira, R., & Fernandes, V. et al. (2023). Contaminação de resinas compostas no ambiente clínico - um estudo in vitro. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, 64(S1), 29-29. Article #068. https://doi.org/10.24873/j.rpemd.2023.11.1132