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O que leva uma mulher a prosseguir uma gravidez inesperada após ponderar a sua interrupção? Experiência e perspetivas de um grupo de mulheres portuguesas

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Abstract(s)

Apesar do investimento nos cuidados de saúde reprodutiva, nomeadamente ao nível das medidas de Planeamento familiar e contraceção no nosso país, a gravidez inesperada ainda ocorre, pressupondo, em vários casos, uma tomada de decisão entre prosseguir ou interromper a gestação que não foi planeada. Os estudos apontam que para muitas mulheres o processo decisório é complexo, sendo influenciado e /ou condicionado por diversos fatores. O presente estudo exploratório tem como objetivo geral explorar (retrospetivamente) as experiências e significados sobre a tomada de decisão de um grupo de mulheres que consideraram a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) e prosseguiram a gravidez, pretendendo reconhecer as suas experiências e expectativas durante o processo de tomada de decisão. As participantes foram 5 mulheres selecionadas através de um processo de amostragem não probabilística por conveniência. Atendendo à metodologia qualitativa foram realizadas entrevistas a partir de um guião elaborado para o efeito, recorrendo-se posteriormente a uma abordagem semi indutiva dos dados com recurso ao software NVivo. Os resultados principais indicam a utilização inadequada dos métodos contracetivos no período da ocorrência da gravidez inesperada e a não realização de consultas de planeamento familiar, ainda que disponibilizadas pelo sistema de saúde público. Demonstraram também a complexa vivência psicológica associada ao processo de ponderação da sua interrupção, influenciada por múltiplos fatores, entre eles o suporte do companheiro e de outras figuras significativas. Os resultados mostram a necessidade de fomentar recursos direcionados para o apoio psicológico destas mulheres, no período de ponderação perante uma gravidez inesperada.
Despite the investment in reproductive healthcare, namely in terms of family planning and contraception measures in our country, unexpected pregnancy still occurs, presupposing, in several cases, a decision made between continuing or interrupting an unplanned pregnancy. Studies show that for many women the decision-making process is complex, being influenced and/or conditioned by several factors. This exploratory study aims to explore (retrospectively) the experiences and meanings of decision-making by a group of women who considered the Voluntary Interruption of Pregnancy and continued their pregnancy, intending to recognize their experiences and expectations during the decision-making process. Participants were 5 women selected through a non-probabilistic convenience sampling process. Taking into account the qualitative methodology, interviews were carried out from a script prepared for this purpose, later resorting to a semi-inductive data approach using the NVivo software. The main results indicate the inadequate use of contraceptive methods during the period of the occurrence of the unexpected pregnancy, and the non-attendance of family planning consultations, even if made available by the public health system. They also demonstrated the complex psychological experience associated with receiving news of the unplanned pregnancy and the weighing process of its interruption, influenced by multiple factors, including the support of the partner and other significant figures. The results show the need to foster resources aimed at the psychological support of these women, during the period of pondering when faced with an unexpected pregnancy.

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Keywords

Saúde reprodutiva e planeamento familiar Contraceção Gravidez inesperada IVG Tomada de decisão Reprodutive health and family planning Unintended pregnancy Voluntary interruption of pregnancy Decision making

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