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Authors
Abstract(s)
Through the methodological lens of transdisciplinary culture studies, this dissertation investigates how renegade theoreticians and practitioners of the arts in Serbia, in response to the maelstrom of social and political changes in October 2000 and thereafter, dismantle the neoliberal ideology of the state apparatus and propose new critical alliances between the creative economy and progressive politics, both in their choice of topics and in their methods of work. Serbian counterculture, which I define here as an antiestablishment cultural phenomenon, has embraced transnational registers of subjectivity and clung to a utopian demand for political and aesthetic autonomy from the mainstream. Crucially, these trailblazing nonconformist Serbian artists, curators, cultural managers, and scholars are considered as regionalizing actors. Their pioneering work reflects their concern over the role memory and memorialization have come to play in the reorganization of the Southeast European sociopolitical landscape in the wake of the violent breakup of Yugoslavia. Contemporary performing arts and cultural policy and management networking initiatives, such as the Nomad Dance Academy and Kooperativa–Regional Platform for Culture, demonstrate how Yugoslavia is re-membered, as it were, through cross-border public engagement and knowledge flow networks. My particular focus here is on collaborative approaches to practices of civic engagement and performing citizenship. Serbian cultural and creative professionals resist public funding cuts, insecure employment conditions, and labor inequalities through solidarity and cooperation. Founding new supporting infrastructures across shared borders, fostering solidarity, and providing the conditions for confronting precarious employment and labor exploitation in the arts and culture sector are common concerns among the cultural worker cooperatives discussed in this dissertation. I explore two main case studies: Walking Theory (Teorija koja Hoda) and DAH Theater. My discussion examines how their subversive and rebellious initiatives provide avenues for dealing with the contested past, precarious present, and uncertain future of the region of the former Yugoslavia outside of state channels. Ultimately, this dissertation hopes to contribute to existing scholarship on the transformative promise of critical cultural practice and creative dissensus in contemporary Serbia.
Através da lente metodológica dos estudos transdisciplinares de cultura, esta dissertação investiga como teóricos e praticantes rebeldes das artes na Sérvia, em resposta ao turbilhão de mudanças sociais e políticas ocorridas a partir de outubro de 2000 e nos anos posteriores, desmantelaram a ideologia neoliberal do aparelho estatal e propõem novas alianças críticas entre a economia criativa e a política progressista, no que diz respeito tanto à escolha dos temas quanto a métodos de trabalho. A contracultura sérvia, que defino aqui como um fenómeno cultural antiestablishment, para além de incorporar registros transnacionais de subjetividade, tem se empenhado na busca utópica por uma autonomia política e estética em relação ao mainstream. Fundamentalmente, esses artistas, curadores, gestores culturais e académicos sérvios pioneiros e inconformistas são considerados atores regionalizadores. Seu trabalho pioneiro reflete a sua preocupação com o papel que a memória e a memorialização passaram a desempenhar na reorganização da paisagem sociopolítica do sudeste europeu após o violento desmembramento da Jugoslávia. As iniciativas de redes de gestão e políticas culturais contemporâneas de artes cénicas, como a Nomad Dance Academy e a Kooperativa-Plataforma Regional de Cultura, demonstram como a Jugoslávia é lembrada através de redes de engajamento público e fluxos de conhecimentos transfronteiriços. Nesta dissertação, o meu foco particular é nas abordagens colaborativas de práticas de engajamento cívico e cidadania performática. Profissionais culturais e criativos sérvios resistem a cortes de financiamento público, a condições de emprego inseguras e a desigualdades trabalhistas através da solidariedade e da cooperação. Fundar novas infraestruturas de apoio além-fronteiras, fomentar a solidariedade e criar condições para enfrentar o emprego precário e a exploração laboral no setor das artes e da cultura são preocupações comuns das cooperativas de trabalhadores culturais discutidas nesta dissertação, na qual exploro dois estudos de caso principais: a Teoria da Caminhada (Teorija koja Hoda) e o Teatro DAH. Na minha discussão, examino como as suas iniciativas subversivas e rebeldes abrem caminhos para lidar com o passado controverso, o presente precário e o futuro incerto da região da ex-Jugoslávia à margem dos canais estatais. Em última análise, esta dissertação espera contribuir para os estudos existentes sobre a promessa transformadora da prática cultural crítica e do dissenso criativo na Sérvia contemporânea.
Através da lente metodológica dos estudos transdisciplinares de cultura, esta dissertação investiga como teóricos e praticantes rebeldes das artes na Sérvia, em resposta ao turbilhão de mudanças sociais e políticas ocorridas a partir de outubro de 2000 e nos anos posteriores, desmantelaram a ideologia neoliberal do aparelho estatal e propõem novas alianças críticas entre a economia criativa e a política progressista, no que diz respeito tanto à escolha dos temas quanto a métodos de trabalho. A contracultura sérvia, que defino aqui como um fenómeno cultural antiestablishment, para além de incorporar registros transnacionais de subjetividade, tem se empenhado na busca utópica por uma autonomia política e estética em relação ao mainstream. Fundamentalmente, esses artistas, curadores, gestores culturais e académicos sérvios pioneiros e inconformistas são considerados atores regionalizadores. Seu trabalho pioneiro reflete a sua preocupação com o papel que a memória e a memorialização passaram a desempenhar na reorganização da paisagem sociopolítica do sudeste europeu após o violento desmembramento da Jugoslávia. As iniciativas de redes de gestão e políticas culturais contemporâneas de artes cénicas, como a Nomad Dance Academy e a Kooperativa-Plataforma Regional de Cultura, demonstram como a Jugoslávia é lembrada através de redes de engajamento público e fluxos de conhecimentos transfronteiriços. Nesta dissertação, o meu foco particular é nas abordagens colaborativas de práticas de engajamento cívico e cidadania performática. Profissionais culturais e criativos sérvios resistem a cortes de financiamento público, a condições de emprego inseguras e a desigualdades trabalhistas através da solidariedade e da cooperação. Fundar novas infraestruturas de apoio além-fronteiras, fomentar a solidariedade e criar condições para enfrentar o emprego precário e a exploração laboral no setor das artes e da cultura são preocupações comuns das cooperativas de trabalhadores culturais discutidas nesta dissertação, na qual exploro dois estudos de caso principais: a Teoria da Caminhada (Teorija koja Hoda) e o Teatro DAH. Na minha discussão, examino como as suas iniciativas subversivas e rebeldes abrem caminhos para lidar com o passado controverso, o presente precário e o futuro incerto da região da ex-Jugoslávia à margem dos canais estatais. Em última análise, esta dissertação espera contribuir para os estudos existentes sobre a promessa transformadora da prática cultural crítica e do dissenso criativo na Sérvia contemporânea.
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Keywords
Serbia Civic engagement Cultural worker cooperatives Creative dissidence Post-Yugoslav imaginations Sérvia Engajamento cívico Cooperativas de trabalhadores culturais Dissidência criativa Imaginações Pós-Jugoslavas