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Abstract(s)
In this dissertation, the Camino Primitivo de Santiago de Compostela is analysed through the concept of atmospheres. Atmospheres give our surroundings a certain tone and situate themselves in the in between. We are affected by their configurations as they unfold through time. Besides, atmospheres are ambiguous and as such, they form a connective element between multiple dualities. This makes them a flexible concept to think through as they take on both the role of research object and research medium. The Camino Primitivo, my case study, is a pilgrimage in Northern Spain. There is something about this pilgrimage that is not entirely graspable, but which make thousands of pilgrims move through pain, discomfort, and solitude. The Camino is a cultural practice, concerning different cultural contexts. Moreover, the Camino embodies on a tacit level, a cultural context. This is exactly why I use atmospheres to understand my case study. I apply Sumartojo and Pink’s (2019) research methodology of researching in, about and through the atmosphere of the Camino. Researching in reflects an embodied perspective, researching about transforms this knowledge into a representation and researching through uses the concept of atmospheres as a route to arrive at new knowledge. More specifically, I tackle the following main question: “How can we think in, about and through the atmosphere of the Camino?” and sub-questions: “How can I, applying this methodology, uncover new knowledge about the atmosphere of the Camino?” and “What is this new knowledge about the atmosphere of the Camino?” Following an extensive literature review, I establish an ethnographic-theoretical dialogue using fieldnotes and photographs that I took of the atmosphere of the Camino. In the end, researching in, about and through the atmosphere showed that the atmosphere of the Camino is animated. On the Camino pilgrims surrender to its atmosphere in the form of mystical participation which translate into affect, serendipities, and movement.
Nesta dissertação, o Caminho Primitivo de Santiago de Compostela é analisado através do conceito de atmosferas. As atmosferas dão um certo tom ao que nos rodeia e situam-se num espaço intermédio. Somos afetados pelas suas configurações à medida que se desenrolam no tempo. Para além disso, as atmosferas são ambíguas e, como tal, formam um elemento de ligação entre múltiplas dualidades. Isto torna-as num conceito flexível para pensar, uma vez que assumem tanto o papel de objeto de investigação como o de meio de investigação. O Caminho Primitivo, o meu estudo de caso, é uma peregrinação no Norte de Espanha. Há algo nesta peregrinação que não é totalmente compreensível, mas que faz com que milhares de peregrinos se movam através da dor, do desconforto e da solidão. O Caminho é uma prática cultural, que diz respeito a diferentes contextos culturais. Além disso, o Caminho incorpora, a um nível tácito, um contexto cultural. É exatamente por isso que utilizo as atmosferas para compreender o meu estudo de caso. Aplico a metodologia de investigação de Sumartojo e Pink (2019) para investigar na, sobre e através da atmosfera do Caminho. Investigar em reflete uma perspetiva corporificada, investigar sobre transforma este conhecimento numa representação e investigar através utiliza o conceito de atmosferas como uma rota para chegar a novos conhecimentos. Mais especificamente, abordo as seguintes questões principais: Como é que podemos pensar na, sobre e através da atmosfera do Caminho? e sub-perguntas: “Como é que eu posso, aplicando esta metodologia, descobrir novos conhecimentos sobre a atmosfera do Caminho?” e “Quais são esses novos conhecimentos sobre a atmosfera do Caminho?” Após uma extensa revisão da literária, estabeleço um diálogo etnográfico-teórico utilizando notas de campo e fotografias que captei da atmosfera do Caminho. Finalmente, a investigação na, sobre e através da atmosfera levou-me a concluir que a atmosfera do Caminho é animada. Isto implica que os peregrinos se entreguem à sua atmosfera numa forma de participação mística que se traduziu em afetos, serendipidades e movimento.
Nesta dissertação, o Caminho Primitivo de Santiago de Compostela é analisado através do conceito de atmosferas. As atmosferas dão um certo tom ao que nos rodeia e situam-se num espaço intermédio. Somos afetados pelas suas configurações à medida que se desenrolam no tempo. Para além disso, as atmosferas são ambíguas e, como tal, formam um elemento de ligação entre múltiplas dualidades. Isto torna-as num conceito flexível para pensar, uma vez que assumem tanto o papel de objeto de investigação como o de meio de investigação. O Caminho Primitivo, o meu estudo de caso, é uma peregrinação no Norte de Espanha. Há algo nesta peregrinação que não é totalmente compreensível, mas que faz com que milhares de peregrinos se movam através da dor, do desconforto e da solidão. O Caminho é uma prática cultural, que diz respeito a diferentes contextos culturais. Além disso, o Caminho incorpora, a um nível tácito, um contexto cultural. É exatamente por isso que utilizo as atmosferas para compreender o meu estudo de caso. Aplico a metodologia de investigação de Sumartojo e Pink (2019) para investigar na, sobre e através da atmosfera do Caminho. Investigar em reflete uma perspetiva corporificada, investigar sobre transforma este conhecimento numa representação e investigar através utiliza o conceito de atmosferas como uma rota para chegar a novos conhecimentos. Mais especificamente, abordo as seguintes questões principais: Como é que podemos pensar na, sobre e através da atmosfera do Caminho? e sub-perguntas: “Como é que eu posso, aplicando esta metodologia, descobrir novos conhecimentos sobre a atmosfera do Caminho?” e “Quais são esses novos conhecimentos sobre a atmosfera do Caminho?” Após uma extensa revisão da literária, estabeleço um diálogo etnográfico-teórico utilizando notas de campo e fotografias que captei da atmosfera do Caminho. Finalmente, a investigação na, sobre e através da atmosfera levou-me a concluir que a atmosfera do Caminho é animada. Isto implica que os peregrinos se entreguem à sua atmosfera numa forma de participação mística que se traduziu em afetos, serendipidades e movimento.
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Keywords
Atmospheres Pilgrimages Cultural geography Anima Aesthetics Embodiment Atmosferas Peregrinações Geografia cultural Estética Corporalização