Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
938.92 KB | Adobe PDF |
Abstract(s)
In the upcoming decades, Portugal will need to conduct significant cuts in its GHG
emissions’ levels in order to meet its commitment of reaching carbon neutrality by 2050. This
thesis aims to contribute to the debate on the design of efficient emission control policies by
exploring the link between economic activity and GHG emissions in Portugal. More
specifically, through the study of how intersectoral linkages could result in such policies
imposing significant costs on the economy, thus leading to the emergence of a trade-off, where
a lower level of GHG emissions is associated with a lower level of output. Firstly, it is shown
that the study of this trade-off is justified given the result that, in Portugal, sectors with a higher
importance in the production network tend to be those with higher GHG emission intensities
of gross output. Using a general equilibrium closed economy model with misallocation in
capital and labour inspired by Jones (2011), calibrated for 2005 and 2014, a trade-off is indeed
found to exist – with the magnitude of the elasticity of GHG relative to output being of roughly
2 in both years. However, using a method allowing for quantification of an approximate Second
Best solution (which results from the imposition of an emission’s constraint) such trade-off is
found to be escapable through a reallocation of capital and labour across sectors. Nevertheless,
the costs of such policy will be higher if in the economy there is a positive correlation between
sector centrality and sectoral emission intensity.
Nas próximas décadas, Portugal terá que fazer cortes substanciais nos seus níveis de emissões GEE por forma a conseguir atingir a neutralidade carbónica até 2050. O objetivo desta tese é contribuir para o debate acerca da eficiência das políticas de controlo de emissões, explorando a ligação entre atividade económica e as emissões GEE em Portugal. Mais especificamente, através do estudo de como as interligações setoriais poderão, com a introdução destas políticas, impor custos significativos sobre a economia e, desta forma, resultar na emergência de um trade-off em que um nível de emissões menor se associa a um nível de output menor. Tal estudo justifica-se pela observação de que na economia portuguesa os setores com maior importância na network são aqueles que emitem mais GEE por unidade produzida. Fazendo uso de um modelo de equilíbrio geral para uma economia fechada, com uma afetação diferente da ótima em capital e trabalho, baseado em Jones (2011) e calibrado para 2005 e 2014, é verificada a existência deste trade-off – sendo a magnitude da elasticidade de GEE relativamente ao output aproximadamente 2 para cada ano. No entanto, usando um método que permite quantificar uma aproximação à solução Second Best (resultante da imposição de uma restrição sobre o nível de emissões), este trade-off revela-se possível de contornar mediante uma realocação de capital e de trabalho entre setores. Não obstante, os custos desta política serão maiores quanto mais positiva for a correlação entre as medidas de centralidade e intensidade GEE setoriais.
Nas próximas décadas, Portugal terá que fazer cortes substanciais nos seus níveis de emissões GEE por forma a conseguir atingir a neutralidade carbónica até 2050. O objetivo desta tese é contribuir para o debate acerca da eficiência das políticas de controlo de emissões, explorando a ligação entre atividade económica e as emissões GEE em Portugal. Mais especificamente, através do estudo de como as interligações setoriais poderão, com a introdução destas políticas, impor custos significativos sobre a economia e, desta forma, resultar na emergência de um trade-off em que um nível de emissões menor se associa a um nível de output menor. Tal estudo justifica-se pela observação de que na economia portuguesa os setores com maior importância na network são aqueles que emitem mais GEE por unidade produzida. Fazendo uso de um modelo de equilíbrio geral para uma economia fechada, com uma afetação diferente da ótima em capital e trabalho, baseado em Jones (2011) e calibrado para 2005 e 2014, é verificada a existência deste trade-off – sendo a magnitude da elasticidade de GEE relativamente ao output aproximadamente 2 para cada ano. No entanto, usando um método que permite quantificar uma aproximação à solução Second Best (resultante da imposição de uma restrição sobre o nível de emissões), este trade-off revela-se possível de contornar mediante uma realocação de capital e de trabalho entre setores. Não obstante, os custos desta política serão maiores quanto mais positiva for a correlação entre as medidas de centralidade e intensidade GEE setoriais.
Description
Keywords
Climate change GHG emissions Input-output Misallocation Network effects Trade-off Alterações climáticas Emissões GEE Afetação de recursos Efeitos network