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Abstract(s)
Os atentados de 11 de Setembro de 2001 trouxeram para o nosso quotidiano
assuntos, como o Jihadismo Global e a al-Qaeda, que nem sempre foram interpretados da
melhor forma. Se por um lado foram assumidos como manifestações de violência armada
de uma determinada religiosidade, por outro foram também encarados como algo
inovador e paradigmático. A estas duas condicionantes ainda acrescentamos o facto desta
violência armada ser lida também como o fruto de uma organização disfuncional,
operacionalmente controversa e estrategicamente inconstante. Ou seja, falamos de uma
violência não-instrumental, irracional, empurrada pelo fanatismo religioso e ofuscada pelo
culto do martírio.
Nesta dissertação procurámos demonstrar que, na verdade, a violência armada em
nome do Jihadismo Global não é necessariamente uma manifestação violenta do Islão.
Aliás, no que se reivindica há propósitos políticos e fórmulas seculares bem delineadas.
Além disso, há uma aplicação eficiente e instrumental da violência armada, fruto de uma
estratégia racional e de longo prazo, que visa objectivos necessários à vitória jihadista.
Porém, para manter coerência, nem sempre essa estratégia foi constante. Adaptou-se à
contingência de maneira a garantir a sobrevivência da ideologia jihadista global e da sua
versão reificante, a al-Qaeda. Identificámos as causas externas e internas que levam (ou
levaram) a essa inconstância e descontinuidade. E, analisando a componente teórica e
prática do Jihadismo Global, interpretámos a maneira como foram ultrapassadas essas
lacunas, sobretudo no que diz respeito às formas organizativas, doutrina de combate e
operacionalização da acção subversiva.
Description
Keywords
Islamismo Jihadismo global al-Qaeda Violência armada Estratégia subversiva Antimovimento social