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Abstract(s)
Entende-se erradamente que, sendo a rádio um meio sonoro, o silêncio não tem lugar na narração da história. Nesta aceção simplista, ele é percecionado como um vazio na linguagem, contrastando com a fala, prova clara e suficiente do ato de comunicar. No entanto, o silêncio é um elemento fundamental para a apresentação e a compreensão de um texto em rádio, na medida em que a ausência de som também é ouvida, encerrando em si um significado face à palavra, à música e aos efeitos sonoros o silêncio é, todavia, o menos estudado, não merecendo as suas possíveis funções na narração radiofónica mais do que algumas referências pontuais em subcapítulos de livros ou em pequenos artigos académicos. O presente texto pretende suprir esta escassez, partindo de uma revisão das teorias de investigadores do meio rádio com o objetivo de evidenciar a relevância do silêncio e das pausas num tempo em que o excesso de informação parece temer a ausência de palavras.