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Violência por parte do parceiro íntimo : preditores de comportamentos de risco para o VIH

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Introdução: A violência por parte do parceiro íntimo (VPI) é uma causa frequente de morbilidade, podendo englobar comportamentos de risco para o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) nas mulheres que são vítimas de VPI. Objetivos: Analisar os preditores associados aos comportamentos de risco para o VIH em mulheres vítimas de VPI, avaliando o impacto da VPI e do trauma na infância nos comportamentos de risco para o VIH e estudar as diferenças entre vítimas e não vítimas ao nível do trauma na infância, do uso do preservativo, da presença/história de infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) e do teste ao VIH. Metodologia: Participaram 141 mulheres, 61 vítimas de VPI e 80 não vítimas, através do preenchimento de instrumentos de autorrelato: um questionário sociodemográfico, as Escalas de Táticas de Conflito Revisadas, o Questionário de Trauma Infantil e vários questionários de autorrelato, que avaliam o comportamento de risco para o VIH. Resultados: Verificou-se que mulheres vítimas de VPI relatam maior trauma na infância e mais ISTs do que mulheres não vítimas, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas. As mulheres vítimas também apresentam menor uso do preservativo e mais testes ao VIH. A VPI contribui significativamente para a presença/história de ISTs. Verificaram-se relações positivas estatisticamente significativas entre a VPI e o trauma na infância, entre a presença/história de ISTs e a agressão psicológica e o abuso físico sem sequelas, e entre o teste ao VIH e a agressão psicológica e a presença/história de ISTs. Adicionalmente, verificou-se que ter menos idade prediz o uso do preservativo e que a VPI prediz a presença/história de ISTs. A realização do teste ao VIH não é predita pela VPI nem pelo trauma na infância. Conclusão: É necessário desenvolver programas de intervenção e prevenção de comportamentos sexuais de risco para o VIH em mulheres vítimas de VPI.
Introduction: Intimate partner violence (IPV) is a frequent cause of morbidity, being able to encompass risk behaviors for the Human Immunodeficiency Virus (HIV) in women that are victims of IPV. Aims: Analyze the predictors associated to HIV risk behaviors in women victims of IPV, assessing the impact of IPV and the childhood trauma in risk behaviors for HIV and study the differences between victims and non-victims at the level of childhood trauma, use of condom, the presence/history of sexual transmitted infections (STIs) and the HIV test. Methodology: Participated 141 women, 61 victims of IPV and 80 non-victims, by filling a self-report instruments: a questionary sociodemographic, the Revised Conflict Tactics Scales, Childhood Trauma Questionnaire and several self-report questionaries, that evaluate HIV risk behaviors. Results: It was verified that women victims of IPV report major childhood trauma and more STIs than women non-victims, finding differences statistically significative. Women victims also showed less use of condom and more tests to HIV. IPV contributed significantly for the presence/history of STIs. It was verified positive relationships statistically significative between IPV and childhood trauma, between the presence/history of STIs and psychological assaults and physical abuse without sequelae, and between the HIV test and psychological assaults and the presence/history of STIs. Additionally, it was verified that being younger predicts the use of condom and that IPV predicts the presence/history of STIs. HIV testing is not predicted by IPV or the childhood trauma. Conclusion: It’s necessary to develop programs of intervention and prevention of sexual behaviors in risk of HIV in women victims of IPV.

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Violência por parte do parceiro íntimo Comportamentos de risco para o VIH Trauma na infância Mulheres Intimate partner violence HIV risk behaviors Childhood trauma Women

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