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Abstract(s)
Esta dissertação tem como objectivo a análise das relações bilaterais entre a União Europeia e a
República Popular da China na sequência do estabelecimento de relações diplomáticas em 1975, as
quais evoluíram por vontade das partes para uma Parceria Estratégica e Abrangente em 2003. O
autor alega que o relacionamento é forte, tem tido desenvolvimentos positivos benéficos para os
dois lados, sustentando-o em declarações políticas da China e da União Europeia, na análise de
vários indicadores económicos e no funcionamento do sistema internacional centrado na economia
(internacional) de mercado. O autor segue na sua análise as premissas teóricas da Escola de
Economia Política de Robert Gilpin que considera ter levado a visão do realismo político a um
estádio de maior focagem na realidade da política internacional ditada pelo papel singular do
mercado, da economia e do comércio o que tem sido reforçado pela interdependência entre os
actores, a globalização económica e a cooperação. O autor considera artificial a separação entre
política e economia no que respeita a uma análise consistente das relações internacionais e que só
uma simbiose entre os dois prismas analíticos permite compreender o mundo tal como ele é.
Incidindo a atenção na dinâmica entre os dois actores territoriais (um Estado e um ente territorial sui
generis) o autor seleccionou três vectores de relacionamento bilateral, o comércio, a economia e os
direitos de propriedade intelectual, como casos-tipo para comprovar o aprofundamento da Parceria
Estratégica e Abrangente. Nesse sentido correu os diálogos sectoriais respectivos mostrando através
de documentos internos da União os progressos realizados e a capacidade das partes ultrapassarem
as suas desinteligências. Daí conclui que a Parceria UE-RPC é um caso de sucesso singular,
comprovado no facto (continuado) da União ser o maior parceiro comercial da China e a RPC o
segundo maior parceiro económico da União. A dissertação inclui depoimentos de investigadores,
peritos e responsáveis da RPC que concorrem na avaliação positiva da relação bilateral. Conclui-se
também que existem pontos a melhorar na relação, uma vez que há expectativas desproporcionadas
e recíprocas dos actores que cruzam questões não resolvidas como a atribuição à China do Estatuto
de Economia de Mercado, o levantamento do embargo da venda de armas, a abertura do mercado
interno de serviços às empresas europeias ou a implementação plena dos pactos convencionais em
matéria de direitos humanos. O autor da dissertação seguiu o sistema de referências bibliográficas
da American Psychological Association (APA).
