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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
A importância atribuída ao mindfulness tem vindo a crescer no contexto do trabalho e das
organizações. A investigação tem acompanhado este interesse e os resultados obtidos revelam
os benefícios do mindfulness, relacionados com a saúde e bem-estar psicológico, que se
repercutem nos aumentos dos níveis de satisfação e de performance das organizações. Estudos
indicam que a prática regular de meditação desenvolve níveis mais elevados de mindfulness.
Contudo a literatura é reduzida no que diz respeito à possibilidade de existirem outras práticas,
não relacionadas diretamente com a meditação, que promovam também níveis elevados de
mindfulness. Pretende-se estudar a correlação entre nível individual de mindfulness, bem-estar
e satisfação no trabalho e explorar o impacto no nível individual de mindfulness, de quem
mantém uma prática regular de meditação, uma prática regular de “atividade equivalente”, ou
seja, que na perceção dos participantes proporcione benefícios equivalentes aos da meditação,
e do grupo de controlo.
Foram avaliadas 206 pessoas, 124 pertencentes ao género feminino e 82 ao género masculino,
segundo um questionário constituído por: questões sobre dados sociodemográficos e
informações profissionais; a Mindful Attention Awareness Scale (MAAS) para aferir o nível
individual de mindfulness; a Satisfaction With Life Scale (SWLS) que afere o nível de bemestar
geral; a The Generic Job Satisfaction Scale (GJSS) para aferir o nível de satisfação no
trabalho; e questões sobre a regularidade da prática de meditação e prática de “atividade
equivalente”.
Foram verificadas diferenças significativas na média de mindfulness entre género feminino e
masculino. Relativamente ao género masculino não foi verificada a existência de associação
entre prática de meditação ou prática de “atividade equivalente” e o nível de mindfulness.
Relativamente ao género feminino, verificou-se que a prática de meditação diária e a prática de
“atividade equivalente” diária, estão associadas a níveis mais elevados de mindfulness.
Considerando a totalidade da amostra (género masculino e feminino), verificaram-se
correlações positivas entre mindfulness, bem-estar e satisfação no trabalho. A satisfação no
trabalho revelou papel de mediador entre a relação mindfulness e bem-estar.
Os resultados revelam que a hipótese da meditação regular e da “atividade equivalente” regular
promoverem níveis mais elevados de mindfulness não pode ser rejeitada. Do mesmo modo, não
pode ser rejeitada a hipótese de que níveis mais elevados de mindfulness promovem maior
satisfação no trabalho e por sua vez bem-estar geral.