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O cinema como forma histórica de captação da imagem em movimento foi sedimentando, primeiro com objetivo técnico e depois como forma expressiva, uma certa dimensão de articular/ligar o tempo. Paralelamente, o cinemático está inscrito na vida, este tido como uma “grande obra” em movimento, no interior do qual se sucede uma certa ordenação temporal das nossas ações. Nesta comunicação o que pretendemos é pôr em evidência a necessidade de pensar em conjunto, salientando a relação entre estas duas lógicas distintas do cinemático: uma de dimensão técnica e evolutiva e outra cuja dinâmica é recorrente e persistente, ligada à dimensão do vivo e sua individuação. Para salientar essa relação - tão necessária ante sistemas sociais e produtivos que procuram desfragmentar esta ideia de articulação positiva do tempo – lançaremos mão do trabalho sobre a natureza “cinemática” do conceito de phármakon (conforme trabalhado por Jacques Derrida a partir de Platão) e também da dinâmica – também ela cinemática, defendemos –, da noção de individuação teorizada a partir de Gilbert Simondon. Defende-se que um pensamento conjunto entre a técnico composicional do cinemático – que se mantém num panorama de pós-cinema – e uma lógica compositiva de movimento da individuação como forma de reclamar uma gestão temporal e farmacologicamente positiva da nossa existência, recentram a importância do cinema e seus instrumentos, quer a nível pedagógico, quer a nível existencial.
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Phármakon Individuação Cinemático Gilbert Simondon Técnica
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Associação de Investigadores da Imagem em Movimento