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모름 Morum

dc.contributor.authorAmorim, João Pedro
dc.date.accessioned2025-09-05T08:24:56Z
dc.date.available2025-09-05T08:24:56Z
dc.date.issued2025-06-02
dc.description.abstractA group of Korean artists living in Portugal set out to bring their works together in an exhibition. From this shared diasporic condition — a common origin, a shared destination — the exhibition 모름 / Morum arises as an opportunity to experiment with plays of proximity and distance, to seek echoes and divergences. What persists from their origin? And how does the place they now inhabit shape their artistic expression? Bringing together distinct methodologies, materialities, and concerns, this exhibition presents works that, in some cases, renew the Korean craft tradition, and in others, explore contemporary visual languages. In common, these works question fixed notions of identity and affirm geographic and cultural displacement as a generative movement — one that produces meaning. Rather than proposing definitive answers, the exhibition offers a visual dialogue in which identity asserts itself as a constant becoming: a fluid, hybrid movement. Although we live in increasingly globalized — and thus homogenized — societies, it is still possible to find certain cultural specificities that act as points of resistance. The thread that guides this exhibition is the concept of Morum (모름). Unlike contemporary European languages, where terms such as “ignorance” (from Latin ignorantia) or “unknowing” are formed through negation — in- and gnarus, un- and knowing — Korean language offers positive, self-contained terms like Morum (모름) and the conjugations of the verb 모르다 (“to not know”). Here, not-knowing is affirmed as a dynamic state: an opening toward the unknown, a fertile ground for possibilities yet to be imagined. In the mythology of European rationalism, not-knowing came to be seen as a provisional deficiency — a temporary failure to be overcome by the advance of reason. This philosophical, scientific, and cultural revolution sought to banish the darkness of ignorance, believing that sooner or later the lights of Enlightenment would dispel the unknown. If the Enlightenment inaugurated a universalizing logic in which all things must be known, in the Korean language the dignity of not-knowing endures — a natural, honorable, and even elevated state of being.eng
dc.description.abstractUm grupo de artistas coreanas a viver em Portugal propôs-se a reunir os seus trabalhos numa exposição. A partir dessa condição diaspórica comum – uma mesma origem, e um destino partilhado –, a exposição 모름 / Morum surge como oportunidade para experimentar jogos de aproximação e distanciamento, de procurar ecos e desvios. O que persiste da sua origem? E de que forma o lugar em que vivem afeta a sua expressão artística? Reunindo metodologias, plasticidades e preocupações distintas, esta exposição revela trabalhos que nuns casos operam uma renovação da tradição artesanal coreana e, noutros, exploram plasticidades contemporâneas. Em comum, estas obras promovem o questionamento de noções fixas de identidade e a afirmação do deslocamento geográfico e cultural enquanto movimento produtor de sentido. Mais do que respostas definitivas, esta exposição propõe um diálogo visual no qual a identidade se afirma como um constante devir, como movimento fluído e híbrido. Apesar de vivermos em sociedades cada vez mais globalizadas – e por isso, homogeneizadas –, é possível ainda encontrar algumas especificidades culturais que funcionam como pontos de resistência. A linha orientadora do diálogo nesta exposição é o conceito de Morum (모름). Ao contrário das línguas europeias contemporâneas, em que termos como “ignorância” (do latim ignorantia) ou “unknowing” têm origem numa negação – in- e gnarus; un- e knowing – o coreano tem termos positivos e autocontidos como morum (모름) e as conjugações do verbo moreuda (모르다) (“não saber”). Estas palavras afirmam o não-saber como um estado dinâmico de abertura para o desconhecido e para novas possibilidades que germinam no lugar daquilo que não se sabe. O não-saber foi inscrito pelo mito do racionalismo europeu como uma mera contingência provisória – o que não se sabe, não se sabe ainda. Essa revolução filosófica, científica e cultural combate a treva do não-saber. As luzes do esclarecimento irão, mais cedo ou mais tarde, iluminar a escuridão. Se o Iluminismo foi a origem de um pensamento universalizante sobre o mundo em que tudo deveria ser conhecido, na língua coreana resiste a dignidade do não-saber como estado natural, digno e até potencialmente elevado.por
dc.identifier.citationAmorim, J. P. (2025). ?? Morum. Exhibition, Universidade de Lisboa.
dc.identifier.other6cc21a6f-1090-4ba5-9ab8-b35a02742202
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.14/54677
dc.language.isopor
dc.peerreviewedno
dc.publisherUniversidade de Lisboa
dc.rights.uriN/A
dc.title모름 Morumpor
dc.typeOther
dspace.entity.typePublication
oaire.versionhttp://purl.org/coar/version/c_970fb48d4fbd8a85

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