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Nunes da Encarnação Marques Dias Soares, Fátima Patrícia

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  • A vida digital das crianças em tempos de Covid-19: práticas digitais, segurança e bem-estar de crianças entre os 6 e os 18 anos
    Publication . Dias, Patrícia; Brito, Rita
    Este relatório apresenta os resultados nacionais do estudo “A Vida Digital das Crianças em Tempos de Covid-19: Práticas digitais, segurança e bem-estar de crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos”, coordenado pelo Joint Research Centre da Comissão Europeia, e realizado em 15 países europeus. O estudo teve como objetivo mapear as práticas digitais de famílias com crianças durante o período de confinamento obrigatório devido à pandemia Covid-19, bem como compreender o impacto deste período em mudanças de práticas e de perceções, quer dos pais, quer das crianças. A metodologia usada é mista, incluindo um inquérito a uma amostra representativa de 509 famílias portuguesas com crianças e adolescentes entre os 10 e os 18 anos, e entrevistas em profundidade a 10 famílias diversificadas, com crianças entre os 6 e os 12 anos. Ambas as técnicas de recolha de dados se focaram em vários temas, entre os quais se destacam as práticas digitais das crianças durante o período de confinamento, a mediação parental, as perceções de crianças e pais relativamente a oportunidades e riscos associados à utilização de tecnologias digitais, a aquisição ou desenvolvimento de competências digitais durante este período, a experiência de ensino a distância, e o bem-estar das crianças e jovens. Por fim, inquirimos ainda as famílias sobre o impacto futuro que previam para este período de confinamento. Entre os principais resultados destacam-se a intensificação das práticas digitais das crianças, quer para estudo, quer para entretenimento, e ainda para manter os seus laços familiares e sociais fora do lar. Esta intensificação das práticas digitais foi uma oportunidade para o desenvolvimento de novas competências, muitas das quais impulsionadas pelas plataformas e recursos escolhidos pelas escolas para o Ensino a Distância. Algumas crianças reportaram a exposição a alguns riscos online como tendo sido mais acentuada do que era anteriormente, bem como dificuldade em gerir uma utilização excessiva, aspetos estes que são fonte de preocupação para os pais. Tanto os pais como as crianças estão igualmente preocupados com as repercussões do Ensino a Distância na aprendizagem, temem que as crianças não tenham apreendido as temáticas abordadas durante o período de confinamento. As crianças apresentam bons níveis de bem-estar, e algumas até apreciaram passar mais tempo com a família, mas também sentem falta da interação face a face com outros familiares, amigos e professores. Possíveis aprendizagens ou mudanças de práticas para o futuro são toldadas, no momento da recolha de dados, pela valorização das limitações e perdas inerentes ao período de confinamento. As tecnologias digitais são reconhecidas como um instrumento vital para a manutenção de muitas atividades, e da “normalidade possível”, no entanto são consideradas uma solução aquém da experiência anterior, e tanto pais e filhos desejam retomar a forma como viviam a vida pré-pandemia.
  • Crianças até 8 anos e tecnologias digitais no lar: os pais como modelos, protetores, supervisores e companheiros
    Publication . Brito, Rita; Dias, Patrícia
    Pretende-se com este artigo dar a conhecer as práticas digitais de crianças (com menos de 8 anos de idade) no seu ambiente familiar, mais especificamente em casa. Os pais são os principais mediadores relativamente ao contacto de crianças destas idades com meios digitais, tendo também um papel relevante ao influenciar as suas práticas, perceções e atitudes. Apresentamos assim alguns resultados relativos a um projeto Europeu, baseado numa metodologia qualitativa, nomeadamente na grounded theory, onde recorremos a entrevistas a pais e crianças como método de recolha de dados. Os resultados revelam que os pais desempenham diferentes papéis -são vistos como modelos, protetores, companheiros e supervisores. Estes diferentes papéis relacionam-se diretamente com assuas práticas pessoais e, principalmente, com as suas perceções e atitudes em relação às tecnologias.
  • Parental concerns regarding young children and digital technology. An exploratory qualitative investigation in three European countries
    Publication . Brito, Rita; Velicu, Anca; Chaudron, Stephane; Dias, Patrícia; Lobe, Bojana
    One of the effects of the development and widespread diffusion of digital technologies is that in contemporary homes children are being exposed to those technologies since birth. The present study aims to identify the general 'climate of concern' and to map specific worries that parents have with respect to their young children's digital lives. The study was theoretically framed by the intersection of parental mediation theory with media panics theory, and relied on data collected in three European countries (Portugal, Romania and Slovenia) as part of JRC project Young Children (0-8) and digital technologies. The data were collected in 2015, through family visits, this paper focusing on semi structured interviews that took place with parents. The results show that parents of children under 8 years old are concerned about health-related issues, screen addiction, exposure to age-inappropriate content, social exclusion by absence or under use of digital media, concerns of losing opportunities for essential (non-digital) childhood experiences, bad school performance and learning the "right" skills for the future. If some of these concerns echo public discourse on the risks of technology, parents in our study trimmed these fears and adjusted them to their current situation and their parental mediation practices.