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RITZ, Claudia Danielle de Andrade

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  • Eu sou sem religião com crença : a fragilização da herança religiosa e a conservação da crença como elo de memória
    Publication . Ritz, Claudia Danielle de Andrade; Ribeiro, Flávio Augusto Senra; Teixeira, Alfredo Manuel Matos Alves Rodrigues
    O fenômeno dos sem religião, representado pela designação sem religião, ocupa o terceiro maior percentual de identificação religiosa no Brasil. No Censo 2010 representavam 8,04%, correspondente a mais de 15 milhões de pessoas. O grupo dos sem religião no Censo é composto por três subgrupos: os agnósticos (0,87%), os ateus (3,98%) e os sem religião sem religião (95,17%). O escopo desta tese são as pessoas sem religião sem religião, os quais designamos por sem religião com crença. A abordagem deste estudo foi histórica, sistemática e empírica. O objetivo principal foi compreender as razões para a identificação sem religião com crença. Para tanto, aspectos históricos do catolicismo no Brasil foram pesquisados, cuja associação entre a dinâmica colonial e as missões propiciou uma evangelização fragmentada e pouco institucionalizada, o que contribuiu para a formação de uma herança religiosa fragilizada, constitutiva da memória católica. Além disso, analisaram-se a urbanização no Brasil, as repercussões da mobilidade e a alteração do espaço, na dinâmica das identidades e na recomposição da memória religiosa. A autonomia do indivíduo no contexto de modernidades múltiplas e culturas híbridas promove a pluralidade, o trânsito religioso, a individualização da crença e a desinstitucionalização, aspectos que contribuem para a fragilização da herança religiosa. A urbanização, em conexão com a secularização, endossa as movimentações do campo religioso, dinamizando a paisagem religiosa brasileira. Como o fenômeno das pessoas sem religião é transnacional, para melhor entendimento, apresentam-se alguns estudos e dados sobre os sem religião no Brasil e no cenário internacional. Por fim, investigam-se na pesquisa de campo as razões para as pessoas se identificarem como sem religião com crença. A metodologia utilizada foi exploratória, quantitativa e qualitativa, abrangendo pesquisas bibliográfica e de campo, mediante aplicação de questionário estruturado digital, contendo 40 questões, a jovens universitários da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, que são discentes da graduação matriculados na disciplina de Cultura Religiosa e discentes pesquisadores da Pós-Graduação em Ciências da Religião. Conclui-se que a hipótese foi confirmada, porque, ao se identificarem como eu sou sem religião, mas tenho crenças religiosas, as pessoas informam a fragilização da herança religiosa mediante a ausência da religião, mas informam a conservação da crença, como elo da memória religiosa.