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do Amaral, Maria José

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  • É desse Amor que eu sofro. Hermenêutica feminina da experiência mística – a Minne Medieval em Hadewijch da Antuérpia
    Publication . Provinciatto, Luis Gabriel; Amaral, Maria José Caldeira do; Boas, Alex Villas
    Hadewijch dialoga com os pensadores do patrimônio medieval cristão de maneira íntima,dada a sua erudição, ousando inserir aspectos absolutos em sua experiência, oferecendo,em sua obra, a possibilidade de uma hermenêutica feminina do Amor, a Minne medieval,que sustenta uma vida de ser Deus com Deus, não sem antes atravessar uma fisiologia humana e natural que sobrevive à dissolução de si mesma. Para tanto, pretende-se fazer uso dos Fundamentos filosóficos da mística medieval (1919/1920), de Martin Heidegger,para abordar fenomenologicamente a experiência mística de Hadewijch da Antuérpia, sem pretender com isso desmistificar a mística, ou seja, aceitá-la como um objeto de pesquisa filosófica, mas encontrar nessa experiência da Presença de Deus que a beguina da Antuérpia experimenta e relata, um solo de abertura para a realização prévia da experiência fundamental. A indagação filosófica de Hadewijch a Heidegger está implícita em sua experiência humana com Deus como aquela que é origem do próprio filosofarporque ela enfrenta a derrota da razão nesse empreendimento poético, visionário e epistolar. A mística, enquanto objeto de pesquisa, será sempre uma crítica à ciência porque não se deixa capturar pela construção teórica, pois é absorvida pelo indelével, pelo indizível e por desdobramentos filosóficos amplos demais que vão desde a conduta reta dos ímpios ou o desejo ao bem — o único e o maior bem —, ao próprio niilismo que aponta para o Amor, não somente como o êxtase desejado e alcançado, mas com seu maior desdobramento em ser autêntico e revelador da realidade humana exilada no Amor por causa do Amor. É desse Amor que ela sofre.