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- Eduardo Moreira e as missões protestantes no espaço colonial português: ecos de um projeto pedagógico de evangelização na primeira metade do século XXPublication . Leite, Rita MendonçaA estruturação do protestantismo português resultou de um processo complexo dinamizado com uma consistência substancial sobretudo a partir de finais do século XIX. No decorrer desse processo, várias figuras se destacaram na liderança de um movimento pioneiro, participando ativamente da construção da pluralidade religiosa no país. Eduardo Henriques Moreira (1886‑1980) sobressai entre esses líderes pela amplitude do seu campo de ação e pela abrangência e densidade da sua reflexão. Na década de 30 (séc. XX), a viagem que levou a cabo pelos territórios africanos de dominação portuguesa, produziu uma influência determinante no seu pensamento e na sua visão sobre o papel do protestantismo em Portugal e da missionação evangélica no Império Português. Defendendo a noção de uma unidade nacional que abrangia necessariamente os territórios coloniais, o plano de evangelização projetado por Eduardo Moreira assentava antes de mais na necessidade de promoção da instrução em Portugal e, por conseguinte, nas suas colónias, onde o potencial e a importância das missões evangélicas adquiriram uma abrangência que nunca alcançariam efetivamente na metrópole.
- A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e as Escrituras em português: o debate entre a “Bíblia protestante” de Almeida e a “Versão autorizada” de Figueiredo (1804-1940)Publication . Leite, Rita MendonçaA Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) foi fundada em 1804 em Londres com o objetivo singular de divulgação universal dos textos bíblicos. O processo de implantação da Sociedade Bíblica em Portugal, como no Brasil, tornou, no entanto, bastante claro que a “simples” divulgação das Escrituras era na verdade uma atividade bastante complexa e que a SBBE não abdicava de aplicar mecanismos de supervisão sobre a difusão da Bíblia enquanto veículo transmissor da Verdade revelada, uma esfera de ação que foi também disputada por sociedades congéneres. Concretizado por diversas vias, aquele controlo começou desde logo por se manifestar através da seleção das traduções a circular nos diferentes países onde interveio. No âmbito da atividade desenvolvida em Portugal e no Brasil ao longo do séc. XIX e inícios do séc. XX, a SBBE utilizou duas traduções da Bíblia: a de João Ferreira de Almeida (1628-1691) e a de António Pereira de Figueiredo (1725-1797). A discussão em torno dessas opções, sobre a qual este artigo incidirá, foi sobretudo um debate sobre o carácter mais ou menos autorizado de que dispunham e sobre os graus de cristianização, protestantização e catolicização que as mesmas potenciavam.