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- Husserl, Heidegger y Freud y el problema de la crisis europeaPublication . Morujão, CarlosEn este ensayo, nos acercamos a las reflexiones de Edmund Husserl en torno al problema de la “crisis”, contrastándolas con las posiciones respecto al mismo tema desarrolladas en la misma época por Martin Heidegger y Sigmund Freud. Defendemos la tesis de que la filosofía husserliana de la intersubjetividad es insuficiente para sostener una propuesta de programa social a la altura del diagnóstico de la crisis hecha por el autor. Defendemos que esta filosofía se basa en una noción de sujeto que necesita ser completada y en parte corregida por los descubrimientos del psicoanálisis de Freud. En último lugar, defendemos que la filosofía husserliana del mundo de la vida, en comparación con otras soluciones de autores ligados al movimiento fenomenológico, como fue el caso de Martin Heidegger, nos ofrece una respuesta consistente al problema de la “crisis”.
- Shadows: a phenomenological analysisPublication . Morujão, Carlos A.Shadows are intriguing phenomena. They do not have mass or energy. So, they are unable to have some basic characteristics of the objects of which they are shadows: they cannot move by themselves and they cannot experience the same kind of changes. At first sight, any theory of perception can skip this optical phenomenon or look at it only as a side-effect. Actually, in order to be seen objects must be illuminated and one of the consequences of this is that they project a shadow over the surrounding space. Is that all? In this paper I will argue that, from a phenomenological point of view (or at least from a Husserlian oriented phenomenology), shadows, with their specific hyletic data, must be considered as an element of the process of constitution of spatial-temporal objectivities. In other words, shadows no less than other predicates, like extension or hardness, although in a different manner, belong to the a priori structure of those objectivities. This means that their ontological status is quite different from that of fictitious objects or hallucinations. To show this I will draw mainly in Husserl’s Lesson Thing and Space, from 1907, and other unpublished texts during Husserl’s lifetime, like the second volume of the Ideas and the Lesson of 1925 on Psychological Phenomenology.
- Husserl e Ortega: reflexões no bicentenário do nascimento de KantPublication . Morujão, CarlosEm 1924, ano do bicentenário do nascimento de Kant, Edmund Husserl e Ortega y Gasset avaliam o significado e a importância da filosofia transcendental. Husserl fá-lo numa conferência intitulada “Kant e filosofia transcendental”, publicada apenas postumamente (com diversos acrescentos ao texto original) no volume VII da Husserliana; Ortega em dois artigos, intitulados “Reflexões do centenário” e “Filosofia pura: anexo ao meu folheto ‘Kant’”, agora disponíveis no volume III das Obras Completas. Se, no caso do primeiro autor, se pode falar de uma aproximação ao pensamento kantiano, já no caso do segundo se pode falar de um afastamento, sob a acusação de que a filosofia de Kant não é senão uma variante sofisticada do idealismo da modernidade. Neste sentido, revisitar o pensamento de Kant, para Ortega, significa o mesmo – como ele próprio ironicamente o diz – que ir ao jardim zoológico para ver a girafa. A questão, porém, é muito mais complexa. Tanto na aproximação husserliana como no afastamento orteguiano encontramos um mesmo problema, que ambos tentam resolver com o auxílio do pensamento do filósofo de Königsberg. Sinteticamente, podemos identificar tal problema como sendo o da subjectividade, problema que poderíamos também chamar “o enigma da intencionalidade”, ou o da relação do Eu com a sua circunstância. Ora, a partir daqui os dois autores parecem divergir. Pois se ambos concordam no diagnóstico das “falhas” de Kant, que encontram na sua incapacidade em constituir uma doutrina das faculdades liberta da psicologia empirista e associacionista, já, no que diz respeito à ultrapassagem desta falha, os caminhos que propõem não são coincidentes: 1) Husserl, por um lado, defende a necessidade da redução fenomenológica e, na base desta, de uma reflexão completa sobre os actos da consciência e as objectividades que, como seus correlatos, neles são constituídas; 2) Ortega, por outro, distancia-se do procedimento reflexivo (que encontra já em Kant, para mais tarde o detectar também em Husserl), considerando-o como uma perda da executividade dos actos intencionais que estabelecem a relação entre o Eu e a sua circunstância. Assim, se Husserl considera incompleta a reflexão kantiana sobre os actos, pois Kant adopta um procedimento regressivo que parte do facto do conhecimento mundano para as suas condições de possibilidade subjectivas, igualmente mundanas; Ortega pretende invalidar a legitimidade de qualquer procedimento reflexivo, pois tal procedimento transforma a consciência primária (a “consciência de...”) em objecto de uma consciência secundária que nunca restituirá a espontaneidade da primeira. Por detrás destas duas interpretações da filosofia de Kant e da divergência que, na base delas, existe entre Husserl e Ortega, encontramos duas questões que não perderam a sua actualidade: “quem sou eu?” e “que é o mundo para mim?”