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Brito Graça, Gonçalo

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  • Ao serviço do império : o associativismo escotista e o enquadramento da juventude em Portugal (1911-1939)
    Publication . Graça, Gonçalo Filipe Brito; Fontes, Paulo Fernando de Oliveira
    A institucionalização do associativismo escotista em Portugal abriu um novo modelo de enquadramento social da juventude. Um projeto educativo apoiado desde o início por várias fações republicanas, e logo no término da Monarquia em 1910, já que objetivava a um novo e moderno arquétipo europeu de cidadania, pátria e civilização, sob modelos específicos de género, raça e inicialmente sem qualquer conotação com o universo católico. A transmissão cultural do scouting, e como a juventude portuguesa o adotou, introduz-se nos mais recentes debates historiográficos sobre o papel dos movimentos sociais na construção moderna dos futuros cidadãos. As investigações ao método escotista em Portugal têm sido feitas sobretudo a partir da história da educação, no entanto faltava ainda um novo olhar estendido à sua génese. Essa perspectiva permite responder às capacidades de resistência contra as políticas juvenis de absorção estatal com a instauração das Mocidades Portuguesas tanto em Portugal como no império. Desta forma, selecionou-se o período entre 1911 e 1939 para observar como as ideias de Robert Baden-Powell foram aceites em Portugal, se materializaram e se institucionalizaram, e como os representantes associativos se articularam e se adaptaram aos vários regimes políticos vigentes. Esta observação permite perceber a exclusividade do caso português dentro das geografias ditatoriais europeias, sendo Portugal o único país do Velho Mundo a tolerar a existência do associativismo escotista lado a lado com as juventudes estatais.