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Murinello, Nicole

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  • Caracterização dos doentes com neoplasia do pulmão referenciados e admitidos nas equipas de cuidados paliativos e a efetividade do controlo sintomático
    Publication . Jara, Ana Nicole Faria Murinello; Capelas, Manuel Luís Vila
    Introdução: A neoplasia do pulmão (NP) é considerada uma epidemia global dado o impacto em termos de incidência e mortalidade, perspectivando-se aumento nos próximos anos. A maioria dos doentes é diagnosticada em fase avançada e sintomática. A abordagem tem evoluído no sentido da referenciação precoce e integração dos Cuidados Paliativos (CP) no continuum da doença em paralelo com os Cuidados Oncológicos convencionais. O relevo desta patologia justifica uma avaliação das necessidades, análise da capacidade de resposta das equipas e o desenvolvimento de estratégias de melhoria e monitorização da qualidade. Metodologia: Estudo descritivo e correlacional para a caracterização dos doentes com NP referenciados e admitidos nas equipas de CP a nível nacional durante o ano de 2017, e respetiva avaliação sintomática. Utilizadas medidas de estatística descritiva simples e analítica (recurso a softwares SPSS v24 e Microsoft Excel) Resultados: Os doentes com NP constituíram 10.1% (38) do total de doentes admitidos nas equipas participantes. A idade média da amostra foi 71.37 anos, a maioria do sexo masculino (71.1%), casado (57.89%), com instrução básica (63.2%) e residente em área urbana (76.5%). Existia doença metastática em 65.8% dos doentes. A distribuição de admissão pelas tipologias de serviços foi: 60.5% em ECSCP, 34.2% em UCP e 5.3% em EIHSCP. A mediana da distância percorrida entre local de residência e serviço de admissão foi 6.6Km, com diferença significativa em função da tipologia de serviço (p<0.001). A mediana do tempo de espera para admissão foi 2 dias, também com diferença significativa consoante a tipologia de serviço (p<0.001). A mediana do tempo entre referenciação e alta nos doentes admitidos foi de 33 dias, com taxa de mortalidade de 63.2% e sobrevida (SV) mediana de 17 dias. O controlo sintomático foi motivo de referenciação em 68.4%. Em 71.11% houve registo de avaliação sintomática às 48-72h de admissão, mas apenas em 21.1% mediante o instrumento de avaliação FACIT-PAL. Não se encontrou diferença significativa na SV consoante o estadio da doença (p=0.501) e não existiu correlação significativa entre tempo de espera para admissão e o Score sintomas (p=0.217) ou a SV (p=0.668). Conclusões: Neste estudo obtivemos um retrato parcial da realidade dos doentes com NP referenciados e admitidos em equipas de CP. Apesar dos vieses inerentes à reduzida amostra, identificamos oportunidades de melhoria no aspecto da avaliação e controlo sintomático. É desejável um maior envolvimento das equipas em atividades de investigação e monitorização da qualidade.
  • Caracterização de doentes com neoplasia do pulmão referenciados e admitidos nas equipas de cuidados paliativos e a efetividade do controlo sintomático
    Publication . Murinello, Nicole; Capelas, Manuel Luís
    Introdução: A neoplasia do pulmão (NP) é considerada uma epidemia global pela sua incidência e mortalidade. A maioria dos doentes é diagnosticada em fase avançada e sintomática. A relevância desta patologia justifica uma avaliação de necessidades e da resposta das equipas de cuidados paliativos (CP). Objetivo: Caracterizar os doentes com NP admitidos nas equipas de CP em território nacional no ano 2017 e analisar a efetividade do controlo do sintomático pelo diferencial obtido nos scores da escala FACIT-PAL. Materiais e Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo e analítico. Foi obtida uma amostra acidental e usadas medidas de estatística descritiva simples e testes não paramétricos (Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman) com nível significância p< 0.05. Análise de normalidade efetuada pelo teste Shapiro-Wilk e estimação de sobrevida pelas curvas Kaplan-Meier. Utilizado o instrumento FACIT-PAL para a avaliação sintomática. Resultados: Foram admitidos 38 doentes com NP no total de 7 equipas participantes no estudo, com idade média de 71.4 anos, 71.1% do sexo masculino e 65.8% com doença metastática. 60.5% foram admitidos em equipas comunitárias de cuidados paliativos. A mediana da distância percorrida entre local de residência e serviço de admissão foi 6.6 Km, com diferença significativa em função da tipologia de serviço (p<0.001). A mediana do tempo de espera para admissão foi 2 dias com diferença significativa consoante a tipologia de serviço (p<0.001). A taxa de mortalidade foi de 63.2%, com sobrevida (SV) mediana de 17 dias. A necessidade de controlo sintomático constituiu o principal motivo de referenciação. Em 71.1% houve registo de avaliação sintomática às 48-72h de admissão, mas apenas em 21.1% mediante o instrumento avaliação padronizado e somente um doente com registo seriado. Não houve diferença significativa na SV consoante o estádio da doença (p=0.501) e não existiu correlação significativa entre tempo de espera para admissão e o Score sintomas (p=0.217) ou a SV (p=0.668). Conclusão: As características sociodemográficas e clínicas desta amostra são similares ao descrito na literatura e noutros trabalhos. A maioria dos doentes admitidos encontrava-se em estádio disseminado com sobrevida mediana após a admissão inferior a 1 mês o que poderá traduzir uma referenciação tardia às equipas. Neste estudo houve uma baixa taxa de participação de equipas e não tivemos acesso ao nº total de doentes referenciados não admitidos, pelo que esta amostra não é representativa da realidade. Houve vieses na avaliação sintomática pela escala FACIT-PAL, comprometendo a análise de efetividade do controlo sintomático.