Faculdade de Educação e Psicologia
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Browsing Faculdade de Educação e Psicologia by Field of Science and Technology (FOS) "Humanidades"
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- Analytics no Ensino Superior : métodos e ferramentas para apoio à gestão da atividade de ensinoPublication . Ferreira, Sérgio André Teixeira; Andrade, António Manuel Valente deAs Instituições do Ensino Superior (IES) recebem hoje públicos heterogéneos e uma nova geração de estudantes imersos num quotidiano interligado pelo digital que esperam aprender em contextos mais flexíveis, suportados na tecnologia e no trabalho colaborativo. Pressionadas por este ambiente social, estas organizações procuram introduzir a inovação pela via da tecnologia, investido em sistemas tecnológicos na tentativa de dar respostas pedagógicas e organizacionais eficientes. Na presente investigação, partindo do contexto da Universidade Católica Portuguesa - Centro Regional do Porto (Católica-Porto), procurou-se aprofundar a compreensão do fenómeno da introdução da mudança e inovação pela via da tecnologia, nos campos pedagógico e organizacional, nas IES. Centrou-se a análise na gestão dos Ambientes de Aprendizagem Ricos em Tecnologia (TELE - Technology Enhanced Learning Environments) através dos sistemas de Analytics (Learning Analytics e Academic Analytics). A aproximação metodológica à problemática da gestão da atividade de ensino em TELE nas IES foi realizada com recurso a um modelo de duas etapas. A primeira etapa assume um cariz qualitativo e justifica-se pelos objetivos do estudo que são descritivos, na medida em que se pretendeu caracterizar o TELE da Católica-Porto na complexidade do contexto, relativamente às dimensões críticas de qualidade. Concomitantemente, esta fase do estudo teve uma tónica explicativa, pois, pretendeu-se identificar os fatores facilitadores e as condicionantes no uso e integração da tecnologia, em particular do Learning Content Management System (LCMS), na atividade formativa para enquadrar os resultados da segunda etapa da investigação. O design science foi a aproximação seguida na segunda etapa, em que se concebeu, desenvolveu e operacionalizou um sistema de Learning Analytics para aferição do grau de integração do LCMS (o subsistema tecnológico central no TELE da Católica-Porto) no processo de ensino e aprendizagem, com propósito de ser utilizado na gestão. Esta fase da investigação contemplou, também, o desenvolvimento de um segundo artefacto tecnológico – protótipo de Academic Analytics – para a gestão da atividade de ensino na instituição, que agrega dados já existentes em três subsistemas tecnológicos: LCMS, Serviços Administrativos (Sophia) e Sistema de Garantia Interna de Qualidade (SIGIQ). Os resultados indicam que a Católica-Porto tem dado passos na construção de um TELE. Contudo a integração do LCMS, a plataforma tecnológica de uso institucionalizado e mais generalizado, ainda está muito aquém das reais potencialidades que oferece. O estudo também demonstrou que os sistemas de Learning Analytics e Academic Analytics têm elevado potencial para a gestão da atividade de ensino. Deste trabalho resultam como principais contributos teórico-práticos: i) sistematização do conhecimento sobre principais dimensões que condicionam a qualidade do TELE e a sua gestão; ii) sistematização do estado da arte na temática do Analytics em educação e as potencialidades e dificuldades do seu uso na prática; iii) desenvolvimento de dois sistemas de Analytics para gestão da atividade de ensino.
- Aprendizagem da leitura e escrita em crianças com trissomia 21 : proposta de um modelo de intervençãoPublication . Santos, Micaela Cristina Sousa; Fernandes, Helena dos Anjos Serra DiogoO presente estudo surge da necessidade de se efetuar uma reflexão no âmbito das Necessidades Educativas Especiais, no que concerne à Trissomia 21, em concreto a medidas e respostas educativas aplicadas a crianças/alunos com essas necessidades de caráter permanente – Deficiência Intelectual, tendo como suporte legislativo o Decreto-Lei n.º3/2008, de 7 de janeiro e o Decreto Legislativo Regional n.º 33/2009/M, de 31 de dezembro. Nesse sentido, esta investigação apresenta uma proposta de um Modelo de Intervenção Educativa em Leitura e Escrita, com alunos com Trissomia 21 de forma a responder às características específicas e necessidades educativas destas crianças. Atenta-se aqui, especificamente, nas crianças em Intervenção Precoce e/ou na educação Pré-escolar para descrever as intervenções educativas que estimulem as pré-competências para a leitura e para a escrita e para descrever as que estimulem e reforcem as competências de leitura e de escrita dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em frequência nos estabelecimentos de ensino regular do sistema educativo da Região Autónoma da Madeira. Depois de efetuada a fundamentação teórica, no estudo empírico foi adotado um método de investigação que conjugou diferentes procedimentos qualitativos: com a pesquisa documental elaborou-se a caracterização da realidade pedagógica de cada caso em estudo; com a observação participante posicionou-se os casos estudados em termos desenvolvimentais e de aprendizagem a partir do perfil intraindividual de cada um, para seguidamente e conforme o Modelo proposto, aplicar-se um Plano Individual de Intervenção Educativa e, com a realização das entrevistas, interrogaram-se os docentes a propósito dos fatores inerentes ao processo de ensino e de aprendizagem da criança/aluno com Trissomia 21 e do contributo do Plano para a sua ação pedagógica. Com a implementação do Modelo aqui proposto verificaram-se evoluções significativas das crianças/alunos com Trissomia 21 nas diversas áreas do desenvolvimento: Linguagem, Perceção, Memória, Motricidade Fina, Pré-Leitura/Pré-Escrita, Leitura/Escrita. Evidencia-se também a aceitação do Plano por parte dos docentes e a sua aplicação em contexto de sala/sala de aula, potenciando resultados relevantes a curto e longo prazo na aprendizagem destas crianças. Foi assim possível apresentar uma proposta de intervenção educativa válida.
- A autoavaliação das escolas : procedimentos e perspetivas em análisePublication . Martins, Luís Manuel Valente; Melo, Rodrigo Queirós eEm Portugal, a avaliação interna das escolas públicas do ensino básico e secundário tornou-se obrigatória com a publicação da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro. Neste quadro normativo, competia aos responsáveis pelos órgãos de direção, administração e gestão das escolas as tomadas de decisão necessárias à sua implementação. Este trabalho apresenta o estudo que realizamos para conhecer e compreender a autoavaliação dos agrupamentos de escolas e escolas secundárias públicas portuguesas. Para isso, utilizamos instrumentos de recolha de informação que nos permitissem saber porquê e para quê fazem as escolas autoavaliação, o que implicou colocar o enfoque nos responsáveis pela sua organização e nos documentos que a formalizam. O estudo inscreve-se num registo descritivo e interpretativo e foi desenvolvido num contexto empírico formado por um grupo de escolas da cidade do Porto, que foram sujeitas ao programa de avaliação externa e que consequentemente deveriam ter realizado previamente a avaliação interna. Assim, na análise, foram triangulados os depoimentos dos diretores de escola das escolas envolvidas com a análise documental, nomeadamente, com os relatórios de avaliação interna produzidos pela escola e os de avaliação externa produzidos pela IGEC. Os dados obtidos permitem concluir que duas escolas utilizaram o modelo CAF, tendo uma delas abandonado, três escolas utilizaram outros modelos fechados, outras três escolas construíram modelos internos baseados no modelo CAF e, ainda, as outras escolas desenvolviam apenas práticas de autoavaliação. Um aspeto transversal a todas as escolas prende-se com a tomada de decisão para a realização da autoavaliação que foi sempre feita pelo diretor, que também escolhe a equipa de AA, formada por quatro professores em média. É esta equipa que leva a cabo o processo de AA. Como motivos que conduziram as escolas para a AA elencamos a obrigação legislativa, a preparação para a avaliação externa, a existência de professores com formação na área da avaliação, o reconhecimento das dificuldades sentidas para ter uma fotografia real da organização, a identificação de pontos fortes, de pontos fracos e áreas de melhoria. Os instrumentos de recolha de dados mais utilizados pelas escolas foram os questionários escolhidos pela equipa de AA. Em todas as escolas a AA incide sobretudo na avaliação dos resultados sociais e académicos, privilegiando as áreas da indisciplina, abandono e insucesso escolar. Não encontramos evidências que nos revelem a existência de impactos significativos devido à realização da AA. Todas as escolas comunicam e disponibilizam os resultados aos membros “da comunidade educativa”. Em suma, partimos com uma convicção e encontramos uma realidade completamente diferente no que diz respeito à AA. Fomos surpreendidos pela realidade.
- O Conselho de Escola como espaço de participação da comunidadePublication . Ibraimo, Mahomed Nazir; Machado, JoaquimSe levarmos em consideração que a construção de uma sociedade democrática já não é compatível com modelos de gestão onde as comunidades são excluídas do processo de gestão e tomada de decisões, então esta precisa abrir e trazer para dentro dela os vários intervenientes do processo educativo para que os interesses comuns sejam partilhados de uma forma interativa (Formosinho, 1989). Em Moçambique o envolvimento da comunidade externa nas escolas verifica-se após o período pós-independência quando as primeiras experiências de envolvimento dos pais e encarregados de educação começam a se fazer sentir através das comissões de pais e de ligação escola-comunidade (CLEC) e é reforçada na Lei nº 6/92, de 6 de maio, onde o Estado permite a participação de outras entidades, incluindo comunitárias na gestão do processo educativo incentivando uma maior ligação entre a comunidade e a escola. Os conselhos de escola nascem desta necessidade de abertura da escola às comunidades locais através do Diploma Ministerial nº 54/2003, de 28 de maio, que, no contexto da descentralização administrativa, procura criar maior flexibilidade nos processos de tomada de decisão através duma gestão participativa. A nossa investigação visa compreender como é que os atores implicados no Conselho de Escola percecionam a sua participação nos respetivos processos de tomada de decisão. Realizamos um estudo de cariz qualitativo para interpretar a realidade dentro de uma visão complexa e assim procuramos saber dos participantes as suas perceções através de entrevistas, análise de atas e observação nas reuniões do Conselho de escola. Esboçamos um quadro conceptual integrado para vermos as organizações escolares nas suas diferentes dimensões, nomeadamente ao nível da constituição e funcionamento do conselho, os tipos e modalidades de participação e as formas de tomada de decisão, convocando as perspetivas da burocracia, da anarquia organizada e da democracia, bem como a tipologia de Lima (1998, 2008) sobre a participação. Entre as conclusões do nosso estudo salienta-se que há um bom relacionamento entre os membros do conselho e a escola e também entre os membros dentro do conselho, baseado na abertura e no diálogo e que a escola tem também incentivado os membros a frequentarem as reuniões do conselho. No que diz respeito à perceção dos membros em relação à participação no conselho, podemos dizer que os mesmos revelam uma preocupação com os assuntos tratados e têm procurado contribuir com as suas ideias e opiniões e apresentar algumas soluções. Contudo, as suas opiniões e esforços em contribuir para resolver os problemas não são tidos em consideração e não são valorizados pela diretora da escola. No que diz respeito as formas de participação, destacamos a participação passiva, pelo facto de os membros não terem influência no processo de tomada de decisão, e a participação informal, na medida que a diretora é quem toma as decisões e orienta as discussões. Concluímos ainda que o funcionamento do conselho de escola pode ser lido pelos modelos da anarquia, da hipocrisia e da burocracia e que os assuntos tratados resumem-se a questões pedagógicas, sobretudo questões relacionadas com o comportamento dos alunos e professores. Concluímos finalmente que o conselho tem, no plano normativo, poderes de intervenção na escola que na prática não são materializados.
- Contributos da expressão musical para o desenvolvimento da consciência fonológica no pré-escolarPublication . Matos, Isabel Maria Gomes Garcia de; Veríssimo, Lurdes; Dias, PedroAs dificuldades de leitura constituem um dos principais obstáculos na escolarização de muitas crianças. Assumindo que muitas das dificuldades na leitura derivam de défices na consciência fonológica, este estudo pretende analisar o contributo de um Programa de Expressão Musical no desenvolvimento da consciência fonológica, em crianças de cinco anos. A consciência fonológica refere-se à consciência individual da estrutura do som, ou da estrutura fonológica de uma palavra falada. Gillon (2004) afirma existir uma forte relação entre a consciência fonológica (phonological awareness) e o desenvolvimento da literacia. Por outro lado, Gordon (2003, cit in Harris, 2009) compara a aprendizagem da música com a aprendizagem da linguagem, realçando a importância da exposição precoce de ambas para o desenvolvimento da consciência fonológica. O presente estudo baseia-se num plano de investigação quase-experimental, cuja amostra é constituída por 39 crianças com cinco anos de idade. O grupo experimental (N=19) foi sujeito a um programa de expressão musical organizado em torno de 15 sessões. As restantes crianças (N=20) constituíram o grupo de comparação (N=20). A consciência fonológica foi avaliada a partir da Bateria de Provas Fonológicas (Silva, 2008). Os principais resultados apontam para evoluções positivas, no grupo experimental, em tarefas de Classificação da sílaba e fonema iniciais, na Supressão do fonema inicial e Análise fonémica. As crianças do grupo experimental revelaram mudanças estatisticamente significativas em tarefas de Supressão da sílaba inicial. O grupo de comparação obteve evolução positiva em tarefas de Análise silábica. Estes dados contribuem para a compreensão da importância da Expressão Musical no pré-escolar e do cumprimento das respetivas orientações curriculares a nível musical.
- Da "abertura" das instituições de ensino superior a "novos públicos" : o caso portuguêsPublication . Amorim, José Pedro de Melo Rosa; Azevedo, Joaquim; Coimbra, Joaquim LuísDesde que cada instituição tem o poder de selecionar os seus próprios candidatos, tem-se assistido a uma “abertura” do ensino superior a “novos públicos”. Este aumento quantitativo tornou evidente uma qualidade até aí dissimulada: estes estudantes trazem consigo uma riqueza muito significativa e singular de experiências. Seguiu-se, por isso, duas linhas de investigação interrelacionadas: de um lado, a relação dos adultos e da educação de adultos com o ensino superior, do outro, o reconhecimento de aprendizagens prévias. Dada a recência da “abertura”, este estudo assumiu um forte caráter exploratório, mas orientado para dois objetivos essenciais: procurar caraterizar algumas particularidades sistémicas dessa “abertura” e perceber os significados atribuídos pelos adultos à sua experiência enquanto estudantes do ensino superior. Utilizou-se uma metodologia mista, com análise das estatísticas nacionais de acesso e de alguns números de abandono, bem como com análise de discurso de sete entrevistas semiestruturadas com estudantes adultos. A análise das estatísticas permitiu concluir que o acesso de estudantes “maiores de 23” varia de acordo com (i) o subsistema de ensino superior, (ii) o estatuto e a localização geográfica das instituições e (iii) a área de educação e formação. Estes resultados parecem reforçar a hipótese de que os “maiores de 23” são bem-vindos apenas para ocupar os lugares deixados vagos pelos estudantes “tradicionais”, isto é, jovens com o ensino secundário completo. Os números de abandono mostram uma realidade heterogénea e preocupante, pelo facto de algumas instituições registarem taxas superiores a 50%. Da análise das entrevistas conclui-se que os estudantes adultos (i) gerem um tempo escasso, (ii) têm uma motivação muito forte, subordinada a razões muito diversas, (iii) parecem ser altamente competitivos, (iv) valorizam a relação que estabelecem com os professores e (v) procuram no ensino superior não só conhecimento, mas também reconhecimento da identidade que pensam ter.
- E-escolinha como projeto mobilizador das comunidades educativasPublication . Cardoso, Alcina dos Prazeres Branco Alexandre; Lagarto, José ReisA investigação desenvolvida pretendeu averiguar o alcance do programa e-escolinha no concelho de Viseu, tendo sido inquiridos 254 alunos, 89 professores, 8 pais e 1 técnico de informática e analisados os documentos oficiais e relevantes dos 8 agrupamentos de escolas disponíveis online. O programa e-escolinha permitiu o acesso a todos os alunos do 1º ciclo do país (6 a 10 anos) ao computador portátil Magalhães (gratuito ou a valor substancialmente inferior ao de mercado) e a adesão à Internet (adesão facultativa e a preço inferior ao de mercado). Para além da utilização do computador em contexto escolar, pretender-se-ia também facultar o acesso “do primeiro computador a milhares de famílias”. Os resultados dos questionários dos alunos e dos professores foram alvo de tratamento estatístico descritivo e de testes de inferência estatística (Coeficiente de correlação de Spearman e teste Fisher´s Exact Test). Foram ainda analisados os dados resultantes dos documentos oficiais e das entrevistas a pais e ao técnico de informática. Os resultados encontrados permitiram determinar que o primeiro ano da iniciativa revelou fragilidades em múltiplos aspetos: características da máquina, apoio dado aos pais e alunos pela escola, assistência técnica, formação de professores e utilização na escola, em particular, na sala de aula. A disponibilidade de computadores dotados de conteúdos educativos selecionados não se revelou como permitindo uma evolução significativa na utilização das TIC em contexto educativo. Em casa e face à existência de outro computador no agregado familiar, eventualmente melhor e muitas vezes sendo através dele o acesso à Internet, o Magalhães seria preterido, caso houvesse disponibilidade do outro. E, não sendo possível no presente trabalho averiguar em detalhe o alcance do programa na infoinclusão de algumas famílias, é possível apurar que este não terá sido um sucesso.
- Educação, cultura e gestão do currículo local : um estudo de casoPublication . Machava, Paulino Albino; Baptista, Isabel; Barbosa, AdéritoO presente trabalho corresponde a uma Tese elaborada no âmbito do curso de doutoramento em Ciências da Educação, na área de aprofundamento de Pedagogia Social. O estudo em referência teve como objetivo geral compreender como é que a escola faz a gestão do currículo local de modo a valorizar a cultura local e que os alunos aprendam os valores da sua comunidade. A realização do estudo teve como base de referência empírica as Escolas Primárias Completas de Muegane e 25 de Junho, ambas situadas na cidade de Nampula. O estudo foi desenvolvido em torno de quatro vertentes: perceção dos membros da comunidade escolar sobre o ensino do currículo local; gestão do currículo do ensino básico, com enfoque nos 20% do currículo local; grupos etnolinguísticos presentes nas escolas e, por último, entender como é feita a ligação entre a escola e a comunidade. A investigação levou à construção de um quadro teórico fundamentalmente centrado na área de Pedagogia Social, enquanto ciência da educação que enquadra a educação nas suas diferentes modalidades (formal, não formal e informal). Procurou-se igualmente clarificar os conceitos de cultura, currículo, currículo local e gestão curricular. Os resultados recolhidos e analisados permitiram concluir que existe uma diferença entre o currículo prescrito e o currículo praticado nas escolas; nas escolas não existem procedimentos institucionalizados para o ensino do currículo local; as interações produzidas no processo de ensino e aprendizagem não promovem o uso das línguas locais e a ligação escola comunidade é um elo importante na resolução dos problemas da escola. Estes dados sugerem a necessidade de uma maior aproximação entre as culturas escolares e as culturas comunitárias.
- Ensino e aprendizagem da escrita : EOPAVO(S)! : contributos da utilização de um código de apoio à revisão para o desenvolvimento de competênciasPublication . Barbosa, Isabel Manuela de Sousa; Duarte, Isabel MargaridaEsta investigação tem por finalidade avaliar a eficácia da aplicação de um código de apoio à revisão (CAR) e demonstrar a utilidade do estudo aprofundado dos erros e dificuldades de escrita com vista à promoção, em contexto educativo/formativo, da competência de escrita. Para tal, utilizou-se uma metodologia mista, isto é, uma articulação entre técnicas quantitativas (dois inquéritos, um a professores e outro a alunos) e qualitativas (análise de um corpus de registos escritos, seis entrevistas, observação direta, registos num diário de bordo,…) de recolha de dados, às quais se adicionaram ainda modalidades de inquirição de tipo experimental (exercícios de revisão e aperfeiçoamento de dois textos com e sem o suporte do CAR). De acordo com os resultados dos inquéritos e das entrevistas faltam ainda, na Escola, práticas mais diversificadas, participadas e interativas de promoção da competência da escrita e é necessário que a revisão assuma, por parte de professores e alunos, um caráter metódico e sistemático. Verificou-se que o tratamento e análise de um corpus de registos escritos e a correção e revisão classificatórias (que informam sobre o tipo de erros e aspetos a aperfeiçoar) possibilitam ao professor o reconhecimento das áreas problemáticas da escrita e a adequação de estratégias e facilitam aos alunos a identificação dos tipos de erros produzidos, conduzindo à sua superação. Os resultados obtidos através da realização do plano quase-experimental indicam que é significativa a evolução positiva que a introdução do CAR gera ao nível do aperfeiçoamento da escrita, fornecem indícios muito relevantes de que a sua utilização é vantajosa para os alunos, enquanto modo de facilitação processual e enquanto veículo de reforço de autonomia na identificação dos erros e na mobilização de procedimentos de autocorreção e edição. Adicionalmente, para os alunos intervenientes neste estudo, foi unânime a opinião segundo a qual a utilização de um instrumento como o CAR facilita a revisão e reescrita de textos.
- A escola como lugar de educação para a saúde : estudo de casoPublication . Oliveira, Leyani Ailin Chávez Noya de; Baptista, Isabel; Lagarto, José ReisEste documento corresponde a uma investigação elaborada no âmbito do curso de doutoramento em Ciências da Educação, na área de aprofundamento da Pedagogia Social, na Universidade Católica Portuguesa, abordando o tema Escola como lugar de educação para a saúde, tendo por base um estudo de caso com uma abordagem predominantemente qualitativa realizado na Escola Secundária de Nampula, na cidade de Nampula no norte de Moçambique. Partindo do objetivo geral tentou-se compreender o papel da escola como lugar de educação para a saúde. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo empírico enquadrado por um campobalizado pelas ciências da educação, em particular pela Pedagogia Social. Os dados foram recolhidos fundamentalmente através da análise de documentos normativos da escola, da observação não participativa e de entrevistas semiestruturadas. Posteriormente, os dados foram sistematizados a partir do método da análise de conteúdo os quais permitiram evidenciar algumas conclusões, como as escolas e os professores se vêem. Assim, perante a exigência de novas funções sugere-se a necessidade de alargar e de aprofundar conhecimentos noutras áreas que não as da sua formação de base e, por outro, de estabelecer parcerias com os profissionais de saúde para, em conjunto, desenvolverem intervenções mais consistentes na escola sobre a saúde. Foi igualmente patente a necessidade de haver um fortalecimento das relações entre educação e a saúde, tendo sido possível compreender alguns pontos que necessitam de ser trabalhados e melhorados nestas dois setores para uma melhor formação escolar, não só pelas instituições (escolas e centros de saúde) mas também pelos profissionaís que nesta área trabalham. É nesse sentido, que a escola, no âmbito da educação para a saúde joga um papel fundamental na prevenção e promoção de saúde assim como desenvolver os conhecimentos e competências de uma vida saudável.
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