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- Estratégias de captação de dadores de sangue. O papel disruptivo dos focus group em estudos de comunicaçãoPublication . Simão, João; Santo, VanessaTendo em consideração o seu papel na prevenção de doenças e na promoção da saúde, a Comunicação em Saúde é essencial para o bem-estar, tanto a nível individual como comunitário (Nkanunye & Obiechina, 2017). Esta comunicação tem como principal objetivo aferir quais as estratégias e ações de comunicação mais eficazes no contexto da promoção da dávida de sangue junto da população jovem, com especial enfoque na comunicação desenvolvida pelo IPST, IP (Instituto Português do Sangue e Transplantação) no âmbito desta mesma promoção. Assim, para além da análise documental às diferentes campanhas de comunicação elaboradas pelo IPST, IP, foram efetuados Focus Group a jovens dadores e jovens não dadores de sangue, de forma a melhor se caracterizar esta realidade. Nesse sentido, é também objetivo deste trabalho demonstrar a importância que o Focus Group pode ter, enquanto instrumento de recolha dados em Comunicação (Jordan Civil Society Program, 2012; Bryman, 2012; Daymon e Holloway, 2011). Tendo como premissa a natureza interativa desta técnica, é importante explicar em que medida estamos a falar de uma técnica que nos permite recolher dados fiáveis para um estudo na área da Comunicação Estratégica, bem como um melhor entendimento do papel que esta técnica pode desempenhar. A opção por esta técnica de recolha de dados, por si só, já permitiu a recolha de informações diferentes e inovadoras, nomeadamente ao nível de motivações e possíveis constrangimentos à dávida de sangue, bem como a recolha de feedback a ações e campanhas de comunicação de comunicação do IPST. A par com a comunicação focada na informação, desmistificação e na criação de confiança, é também importante comunicar com o intuito de aumentar a consciência dos jovens sobre a necessidade da dádiva de sangue.
- A alteração substancial dos contratos públicos após a transposição das Diretivas de 2014Publication . Araújo, Luís Guarda; Duarte, Tiago José PiresO projeto de mercado interno, uma das matrizes principais da União Europeia, não ignorou o mercado dos contratos públicos, que pela sua dimensão e características veio a ser alvo de atenção das instituições europeias. Derivadas dos princípios da igualdade, da não discriminação, da concorrência e das quatro liberdades, as sucessivas Diretivas europeias criaram um quadro legal avançado e complexo. Contudo, a salvaguarda destes interesses e princípios estaria comprometida se o Direito da União se limitasse a regular o modo de celebração dos contratos públicos e ignorasse as modificações dos contratos como potencial meio de defraudar as regras sobre formação dos mesmos contratos. Por esse motivo, em primeiro lugar, pela via da jurisprudência e, em 2014, pela via legislativa, surgiram as atuais regras sobre modificação dos contratos, consagradas no art. 72.º da Diretiva Clássica. O Direito Administrativo reconhece como factos modificativos do contrato o acordo entre as partes, a alteração de circunstâncias e a alteração via ato administrativo com fundamento no interesse público. No entanto, a ação administrativa, contrariamente à atuação privada, não se basta pelo cumprimento da licitude, é ainda balizada pela proporcionalidade, legalidade em sentido positivo e pelo interesse público. O Direito da União Europeia vigente ocupa-se essencialmente com o resultado material da modificação, não relevando, em si, os factos modificativos do contrato. Estabelece, contudo, como limites distintos da modificação dos contratos, a natureza do contrato, que é absoluto, e a alteração substancial, que é relativo. A transposição portuguesa após a revisão de 2021, ainda que tenha melhor sistematização da matéria, comparativamente com a versão de 2017 do CCP, não é isenta de críticas: tal como as regras europeias, é ainda incompleta nos casos de proximidade entre alteração da natureza do contrato e a alteração substancial; têm um alcance restrito do critério da alteração substancial, particularmente em função de factos modificativos e em função do valor do contrato; e peca também na articulação da regra europeia da alteração de circunstâncias com o regime já consagrado em Portugal.
- Redação jornalística na palma da mão: uma reflexão sobre o uso dos dispositivos digitais móveis na produção de notíciasPublication . Rodrigues, Luís Pedro RibeiroObjetivos do estudo: Analisar de que forma o uso dos dispositivos digitais móveis modificou a produção jornalística, principalmente, a partir do aumento da mobilidade e autonomia do jornalista, que passou a poder produzir, editar e publicar as notícias sozinho e distante da redação de jornal, usando apenas um smartphone. Dessa forma, refletir também sobre as condições laborais atuais e os fenômenos do jornalismo multitarefa e individualizado. Conclusões: A evolução tecnológica dos dispositivos digitais móveis, em especial, o smartphone, permitiu que o jornalismo do século XXI seja mais ágil e flexível, no sentido de acelerar as etapas do ciclo de produção de notícias, abrangendo uma maior variedade de formatos de notícia. Uma outra mudança de impacto foi o aumento da mobilidade e autonomia do jornalista, que passou a trabalhar sozinho e distante da redação de jornal. O que antes era trabalho de uma equipe, hoje é responsabilidade de apenas um profissional, munido com alguns equipamentos e uma rede móvel de internet. Dessa forma, jornalistas conseguem realizar transmissão de imagem e som em directo e publicar reportagens em texto nas plataformas digitais da empresa, longe da redação de jornal, por exemplo. Essa autonomia é muito importante ainda mais em um contexto recente de pandemia e quarentena, no qual muitos jornalistas tiveram de utilizar seus smartphones e outros equipamentos para trabalhar.Sendo assim, o argumento central deste texto é de que a técnica desenvolvida no jornalismo móvel – como é denominada a produção jornalística que usa os dispositivos digitais móveis – converge com algumas tendências contemporâneas do jornalismo. A primeira que discutimos é a do trabalho individualizado e do acúmulo de funções, em decorrência da diminuição dos postos de trabalho. Com alguns equipamentos, o profissional consegue sozinho trabalhar todas as etapas do ciclo de produção de notícia (produção, edição e publicação). A segunda é a do fluxo contínuo de informação. Os smartphones e as redes móveis de internet promoveram a ubiquidade no jornalismo, ou seja: os jornalistas produzem notícia em qualquer lugar e a qualquer hora, e o público consome as notícias nessas mesmas condições.
- Functional ingredients from valorization of melon (Cucumis melo L.) by-products : production, bioactivity and potential applicationPublication . Gomez García, Ricardo; Pintado, Maria Manuela Estevez; Madureira, Ana Raquel Mendes Ferreira Monteiro; Aguilar González, Cristóbal NoéCurrently, fruit processing industries are responsible for the production and accumulation of large amounts of vegetable by-products, which are in some cases disposed of in landfills as waste, causing environmental and economic problems. Melon by-products are no exception and are part of this problem due to the proportion generated, which represents about 30% in residue (fresh weight), during its industrial processing. The development of an integral volorisation strategy for melon by-products through green and sustainable processes in the context of zero waste and circular bioeconomy is an important task. This will allow its full valorisation and reincorporation into the industrial value chain as a rich source of natural and bioactive ingredients, demonstrating the applicability of high economic value and reduced environmental impact. The main objective of this Ph D work was to fully explore and with zero¬waste the value of melon by-products and the development of functional ingredients rich in bioactive molecules with high added value, including different fractions rich in pigments, polyphenols, functional proteins (antifreeze and coagulating enzymes), pectin, microcellulose and a flour rich in fiber. In addition, it also allowed the development of an integrated downstream extractive process using clean technologies and the evaluation of the biological and technological properties of the obtained functional ingredients to establish their value and potential application. Initially, fresh melon peels were fractionated by mechanical processes within the zerowaste and biorefinery approaches, generating three fractions, which were characterized. I) The pellet fraction (PF), which represents the smallest fraction (2.0% of the total fresh weight of the peels (FW)), is the richest fraction in proteins (34.90% w/w), chlorophylls (174.84 mg/100 g FW) and total carotenoids (98.59 mg/100 dry matter (DM)) with βcarotene, lutein, β-cryptoxanthin and violaxanthin quantified as the main ones. This fraction has also been valorised through disruption processes combined with solid-liquid extraction methods to separate and isolate all important constituents, including proteins, chlorophylls and xanthophylls. II) The solid fraction (SF) represents 21.5% of the FW and is the richest fraction in fiber (44.42% w/w), which revealed the composition of cellulose, hemicellulose and lignin (27.67%, 8.2% and 26.5% w/w, respectively), showing great potential as an ingredient rich in antioxidant fiber. Associated with its bioactive compound profile, this fraction was also subjected to simulated conditions of the gastrointestinal tract (GIT) and subsequently evaluated by in vitro fecal fermentation with the objective to develop a prototype of functional flour for health promotion, mainly associated with its prebiotic potential. The results of the 16rRNA gene analysis showed that SF did not impact negatively the intestinal microbiota diversity and allowed the positive production of short-chain fatty acids (acetate > propionate > butyrate). In addition, the SF fraction also showed high pectin content, so in a second approach, it was also extracted by testing different acids combined with temperature, being citric acid the one that exhibited the best efficacy, allowing 34% w/w extraction yield and 60-70% methyl esterification, and showing good emulsifying and gelling properties. After extracting pectin from the SF fraction, the lignocellulosic residues from melon were subjected to extraction of microcrystalline cellulose (MCC) by two methods using NaOH: traditional and thermoalkaline. The results showed a higher degree of crystallinity by the thermoalkaline method than by the traditional process (51¬61% and 54-55%, respectively). Finally, III) the liquid fraction (LF), the most representative fraction in fresh weight with about 70% due to its high-water content (>90%). This fraction showed high antioxidant activity by the ABTS, DPPH and ORAC methods attributed to the high polyphenol content (798.43 mg GAE/100 g DM). The LF fraction was subjected to the conditions of the GIT. The total phenolic content (TPC) was maintained in the mouth and gastric phase (453.69 and 425.89 mg/100 g DM, respectively), while in the small intestine a drastic decrease was observed (reaching 313.37 mg/100 g DM), which corresponds to 54-57% of recovery index (RI), however, the antioxidant activity of ABTS and DPPH was still significant, which confirm the capacity of such compounds to exert their bioactive properties (54-76% accessibility index (ACI)). On the other hand, this fraction had a prebiotic effect (2% w/v) on the main beneficial groups of the intestinal microbiota, the Lactobacillus sp. and Bifidobacterium sp., modulating positively its growth and metabolism. Furthermore, cucumisin (CUC) was extracted through a green chemistry approach using carrageenan as a precipitating agent, proving to be an effective strategy to isolate it with a yield of 0.17 g CUC/100 g of by-products, and with better purification factor of proteolytic activity than the traditional precipitation process (17.65 and 1.60¬ folds, respectively), maintaining its biological properties. The melon proteins extracted by this green precipitation process also exhibited antifreeze properties, possibly attributed to the great similarity in structure and molecular weights (6.2 and 3.5 kDa) with other proteins previously reported such as type III antifreeze proteins (C-terminal domain, few alanine residues and no cysteine residues) and type I (alanine-rich), respectively. Briefly, the results of this work on the integral valorization of melon peels will contribute to a sustainable development in the fruit processing industries, allowing the obtention of new functional ingredients/additives through clean strategies and preserving their bioactivity and functionality.