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- Educação pela arte como estratégia de aprendizagem em Educação Moral e Religiosa Católica : contributo para a Unidade Letiva do 6.º do programa de Educação Moral e Religiosa CatólicaPublication . Martins, Nuno Manuel Coelho; Varanda, Maria Isabel PereiraA educação pela arte é um método de ensino e aprendizagem que pretende ser integrador de todas as dimensões do ser humano. Em sentido semelhante enquadra-se, numa perspetiva de educação integral da pessoa, a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC). Esta proximidade faz com que se aprofundem os motivos pelos quais a educação através da arte constitui uma estratégia de aprendizagem em EMRC, que conjuga sobretudo a dimensão afetiva e espiritual com a dimensão cognitiva do ser humano. Este relatório descreve a aplicação deste método utilizado na Prática de Ensino Supervisionada, tendo por base o estudo teórico da educação pela arte, a importância da arte para a Igreja e, em concreto, para a disciplina de EMRC
- Bioética em cuidados intensivos : um contributoPublication . Gonçalves, António Manuel de Andrade Maia; Menezes, Henrique José Ferreira Gonçalves Lecour de; Sarmento, António Carlos Megre EugénioA espécie humana é agora confrontada com longevidade e realidades demográficas, que obrigam a percorrer um caminho novo, desconhecido. Do progresso científico em geral, da genética e da biotecnologia em particular irão surgir novos desafios bioéticos e civilizacionais. A medicina confronta-se já hoje com novos desafios. O desafio demográfico, os doentes são cada vez mais velhos, e com menor reserva fisiológica. O desafio epidemiológico, doentes portadores de várias doenças crónicas simultaneamente. O desafio tecnológico em que o avanço da capacidade técnico-científica quase permite mascarar a morte. É necessário individualizar em cada doente a opção de tratamento mais adequado, para evitar obstinação terapêutica. E o desafio bioético, que consiste em exercer e pensar a medicina respeitando cada vez mais a autonomia da pessoa doente.Os trabalhos efectuados permitiram objectivar que em Portugal, no período de 2000 a 2010, os doentes com mais de 75 anos de idade admitidos em cuidados intensivos quase duplicou.Permitiram também perceber que o respeito pela autonomia, particularmente do doente com doença crónica avançada, é um percurso que urge melhorar, nomeadamente na ponderação atempada da vontade do doente vir a ser admitido em cuidados intensivos na fase avançada das suas doenças. Por outro lado,a constatação que os profissionais de saúde não pretendem para si próprios serem admitidos em cuidados intensivos em caso de doença crónica avançada, nem efectuar terapêuticas de resgate em caso de doença oncológicaavançada, mas no entanto propõem estas intervenções aos doentes, é revelador da necessidade de melhorar a comunicação, para reforçar a confiança na relação médico-doente. Quando confrontados com situações clinicas reais, em decisões clinicas “life saving” os bioeticistas privilegiam sempre a autonomia da pessoa doente, excepto se se tratar de uma situação clínica que simultaneamente ameaça a vida e em que a capacidade de decisão do doente for questionável. Já os doentes e seus familiares mostraram uma tolerância selectiva a uma medicina mais paternalista, em caso de risco eminente de morte. Por último, a publicação do livro “Reanimar?”, pretendeu informar os cidadãos da realidade da Medicina Intensiva nos nossos dias, e quais as questões éticas associadasa esta especialidade médica. Essencialmente informar, para que as pessoas possam formar convicções.Acredito que a Medicina e os médicos saberão posicionar-se em defesa da vida, e aprender sempre a cuidar melhor. A Bioética continuará a ser um pilar fundamental nessa melhoria. Privilegiar a autonomia e o reforço da relação médico-doente serão os instrumentos desta mudança.
- Ser reclusa estrangeira em Portugal : significados e experiênciasPublication . Maia, Catarina Amaral; Matos, Raquel Maria Navais de CarvalhoAo longo das últimas décadas, com o aumento da proporção de mulheres de nacionalidade estrangeira entre a população reclusa, tornou-se importante compreender que variáveis são essenciais e caracterizadoras da maneira como as mulheres estrangeiras vivenciam a sua experiência de reclusão, e de que forma esta experiência contribui para a sua (re)construção identitária. Esse é o principal objetivo deste estudo. Assim, foram analisados estatisticamente dados sociodemográficos, jurídicos e penais de vinte e três mulheres de nacionalidade estrangeira presas em Portugal, e analisados qualitativamente os dados de entrevistas semiestruturadas realizadas a duas dessas mulheres. Os resultados quantitativos estão, na sua maioria, em concordância com o estado de arte, observando-se uma predominância de reclusas de nacionalidade brasileira, presas pelo crime de tráfico de estupefacientes. No entanto, ao contrário do verificado no estudo de Matos (2016), mais de metade das mulheres da amostra residiam em Portugal antes da reclusão. Através da análise qualitativa foi possível destacar aspetos que as mulheres apontaram como oportunidades de ser reclusa e estrangeira, tais como a proximidade com reclusas da mesma nacionalidade e a possibilidade de ocultar a reclusão dos filhos. Outros fatores, como a distância em relação à família, a falta de trabalho e de dinheiro, lacunas no apoio institucional, e discriminação, foram apontados como dificuldades de ser mulher, reclusa e de nacionalidade estrangeira.