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- Relational skills and preserving patient privacy in the caring processPublication . Zangão, Maria Otília; Mendes, Felismina Rosa ParreiraMETHOD: this was a quantitative study, descriptive and cross-sectional in design. The sample consisted of nursing undergraduate students from the Higher School of Health Sciences, in the city of Évora, Portugal. Data were collected using the previously validated Helping Relational Skills Inventory. OBJECTIVE: to analyze the development and mobilization of relational skills central to the caring process among nursing students throughout their professional training. RESULTS: the students gradually acquired "generic skills", "communication skills" and "contact skills", presenting the highest mean score in the last year of the program. However, the highest mean score for the "empathetic skills" subscale was presented by second-year students. CONCLUSION: age and year in program were found to be decisive variables regarding the acquisition of specific skills (empathetic and communication) by nursing students.
- Reincidência entre jovens ao abrigo da Lei Tutelar Educativa: análise de dimensões familiares, grupo de pares e contextuaisPublication . Cunha, Cláudia; Soares, Mónica; Veríssimo, Lurdes; Matos, RaquelEnquadramento legal e teórico: Em Portugal, o quadro de referência legal para a delinquência juvenil é a Lei Tutelar Educativa (Lei nº 166/99 de 14 de setembro) que a define como a “prática, por menor com idade compreendida entre os 12 e os 16 anos, de facto qualificado como crime”. Várias medidas podem ser aplicadas aos jovens que cometem crimes, entre elas medidas na comunidade (e.g., acompanhamento educativo) e internamento em centro educativo. Este estudo foca-se especificamente nos jovens que reincidem no sistema tutelar educativo, isto é em jovens com percursos de delinquência persistente. Para que as medidas tutelares educativas fomentem a plena reinserção e reabilitação social, torna-se necessário intervir adequadamente em percursos de elevada persistência delituosa. Atendendo a uma perspetiva desenvolvimental da delinquência juvenil, sabemos que os percursos delinquentes persistentes são caraterizados por um início precoce e por elevada estabilidade ao longo da vida (Moffitt, 1993; Van Domburgh et al., 2009), o que motiva um número superior de contactos oficiais com o sistema de Justiça (Andersson et al., 2012). Estes percursos podem ainda relacionar-se especificamente com determinados fatores de risco que merecem assim uma discussão diferenciada (Stouthamer-Loeber et al., 2008). Partindo dos dados recolhidos no projeto MERLINO (HOME/2011/ISEC/AG/4000002611), este estudo pretende assim avaliar como diferentes dimensões associadas ao risco (e.g., familiares, grupo de pares e contextuais) podem distinguir-se entre jovens com diferentes percursos de reincidência (i.e., não reincidentes, reincidentes intermédios e reincidentes persistentes). Discussão e conclusões: 1) Dimensões familiares: um grande número de jovens definidos como reincidentes intermédios (75,6%) e maioria dos reincidentes persistentes (91,2%) detêm contactos prévios com o sistema de promoção e proteção. Este dado é compatível com evidências demonstradas em estudos anteriores (e.g., Stewart, Dennison & Waterson, 2002), em que percursos pautados por elevada persistência tendem a caracterizar-se pela conjugação de processos ‘tutelares’ e de proteção. 2) Grupo de pares: o grupo de pares parece surgir como uma dimensão especialmente diferenciadora dos diferentes percursos de reincidência. Todos os comportamentos elencados na tabela e perpetrados pelo grupo de pares são progressivamente mais expressivos entre os reincidentes moderados e persistentes. Desta feita, a afiliação a grupos de pares que adotam vários comportamentos delinquentes parece associar-se à reincidência delituosa. 3) Dimensões contextuais: a exposição à criminalidade na vizinhança – significativamente mais expressiva entre os reincidentes persistentes - pode paralelamente oferecer um contexto legitimador da delinquência, contribuindo para a sua normalização (Halliday-Boykins & Graham, 2001). Conclusão: as dimensões analisadas podem contribuir para explicar porque após sucessivas intervenções tutelares, os jovens persistem na adoção de comportamentos delinquentes. Face à escassez de modelos normativos na adoção de comportamentos próssociais e ditos convencionais (espelhado em contextos familiares sinalizados pelo sistema de promoção e proteção) e sendo continuamento expostos a pares com comportamentos delinquentes, bem como a espaços comunitários caraterizados por elevada criminalidade, podemos admitir que no momento em que intervenção cessa, os principais fatores associados à persistência do comportamento delinquente não foram adequadamente modificados.
- A influência do desporto escolar na delinquência juvenil: perceções dos professores de desporto escolarPublication . Carvalho, Hugo; Soares, Mónica; Veríssimo, Lurdes; Matos, Raquel
- Altruísmo: um estudo sobre heróis comunsPublication . Barbosa, Mariana; Guimarães, Ana; Soares, MónicaIntrodução: O altruísmo heroico ainda não foi suficientemente discutido no seio da comunidade psicológica (Zimbardo, 2009). Embora este conceito não seja unanimemente entendido entre os teóricos, e partindo de diferentes perspetivas, entendemos altruísmo heroico como atos que: 1) Representam uma devoção ao bem-estar dos outros, desprendida do seu próprio self (Comte, 1852); 2) Beneficiam mais o recetor da ação que o próprio autor (West, Gardener, & Griffin, s.d); 3) Envolvem um risco ou potencial para tal, como ameaça de morte, uma ameaça imediata para a integridade física, uma ameaça a longo prazo para a saúde ou ameaça de degradação da qualidade de vida da pessoa (Zimbardo, 2009); 4) Não se praticam com vista à obtenção de recompensas (Oliner & Oliner, 1988). O altruísmo heroico pode ainda ser motivado, explicado ou relacionado com outras caraterísticas pessoais e situacionais, tais como inconformismo (Asch, 1956), empatia (Batson, Ahmed & Stocks, 2000) e sentido de responsabilidade pessoal pelo outro (Milgram, 2013; Oliner & Oliner, 1988). Face ao exposto, é nosso objetivo conhecer mais amplamente as ações altruístas, compreendendo que fatores disposicionais, ambientais, princípios e valores que subjazem a adoção de comportamentos altruístas heroicos. Discussão: 1. Em primeiro lugar, os traços disposicionais (coragem e inconformismo), compatíveis com a definição de herói (Zimbardo, 2009), mostram que mesmo perante situações de perigo ou de forte influência social para o conformismo, os participantes não desistem das suas ações. 2. Relativamente às influências ambientais, relevamos a importância de práticas educativas promotoras de uma visão sociocêntrica, presentes desde uma tenra idade, tal como apontado por Wills e Resko (2004). Além disso, experiências de contato intercultural, sobretudo com comunidades desfavorecidas, parece influenciar os participantes a alinharem em comportamentos de ajuda para com aqueles que precisam. 3. No que toca aos princípios e valores, a igualdade, o amor ao próximo e o sentido de responsabilidade pessoal pelo outro emergem nos discursos dos participantes. Estes princípios parecem ser transversais entre os discursos dos indivíduos que salvaram judeus aquando da segunda guerra mundial (Oliner & Oliner, 1988) e que se recusarem a administrar choques nas experiências de Milgram (2013). 4. Parece ser assim importante pensar na contribuição destes resultados para a intervenção e possíveis reformas educativas que podem advir tendo como base as premissas acima referidas, nomeadamente a fomentação de valores pró-sociais desde a infância, a geração de contatos interculturais, ou da promoção do sentido crítico/reflexivo nos diferentes contextos onde crianças e adultos se inserem.
