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- Prevalência de feridas no CHVNG/EPublication . Conceição, Noélia Matilde Pais da; Sá, Luís Octávio de; Alves, Paulo Jorge PereiraIntrodução: As feridas têm constituído um desafio para a sociedade. Embora alguma investigação acerca desta temática tenha sido realizada ao longo dos anos, estudos epidemiológicos de prevalência de feridas em Portugal são escassos. Objetivos: determinar a prevalência e características das feridas dos pacientes internados no CHVNG/E. Metodologia: Estudo descritivo comparativo e quantitativo realizado numa amostra não probabilística acidental a pacientes com feridas que se encontravam internados no CHVNG/E nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2012. A colheita de dados foi efetuada pelo investigador e colaboradores, através do preenchimento do questionário referente ao Estudo Epidemiológico de feridas (Universidade Católica Portuguesa). Resultados: A prevalência de feridas no CHVNG/E é de 39,02%. Dos resultados apresentados neste estudo ressaltou que para uma amostra de 199 pacientes, 46,7% são do género masculino e 53,3% feminino, com idades compreendidas entre 1 e 96 anos, verificando-se que 59,8% são reformados. Os fatores de risco mais predominantes são a hipertensão arterial e a dislipidemia (45,2% vs 32,7). Etiologicamente, a frequência é mais elevada de feridas cirúrgicas e úlceras de pressão (45,2% vs 20,6%), tendo como principal localização o abdómen/peito e cóccix/calcâneo (ferida cirúrgica vs úlcera pressão). Relativamente à duração da ferida, apresentaram uma média de 26,63 dias. Em relação às características específicas na análise de cada ferida, estas apresentam na sua maioria tecido de epitelização e granulação; a pele circundante encontra-se hidratada e macerada, com um nível de exsudado “nenhum”; a duração média de tratamento às feridas é 12,12 minutos; a frequência de mudança de penso mais prevalente é duas vezes por semana; o material com ação terapêutica mais utilizado é a pelicula transparente, poliacrilato, iodo, a espuma, gaze e soro fisiológico. Conclusão: Estes resultados suportam outras pesquisas nacionais e internacionais em que identificam uma elevada prevalência de feridas. Assim, este estudo resultou em evidências científicas que podem colaborar para tomada de decisão na prevenção e tratamento das feridas, bem como subsidiar investigações futuras
- (Des)construções : para uma arquitetura fotográficaPublication . Reis, Cláudio António Moreira Alves do Carmo; Feray, Jenny; Lobo, CarlosNo presente paradigma digital, a criação e receção crítica da fotografia denota uma ambiguidade sem precedentes, ao mesmo tempo que a sociedade em geral é predominantemente movida por estímulos visuais. Em tempos de crescente ceticismo, a fotografia é percecionada com naturalidade enquanto construção, o que, tratando-se da representação fotográfica de arquitetura, se traduz na intricada construção de uma construção, operada entre o desígnio do autor fotógrafo e o desígnio do autor arquiteto. Abordar novamente a cumplicidade entre fotografia e arquitetura visa indagar a condição contemporânea da fotografia enquanto documento, o seu poder de sugestão e a pertinência da criação de ficções, equacionando em profundidade a natureza e o alcance do ato fotográfico relativamente à obra de arquitetura. (des)construções enquanto projeto prático de natureza artística assume um caráter laboratorial. Desenhar um entendimento renovado da prática fotográfica perante o universo da arquitetura – uma temática extremamente diversificada e complexa, tanto em termos de conteúdo arquitetónico como de legado fotográfico – desde cedo evidenciou que a adoção de uma única postura ou procedimento metodológico, apesar de consequente, seria uma opção demasiado redutora em termos do espetro de práticas abordado. Por conseguinte, no lugar do desenvolvimento de um projeto fotográfico de fôlego (no sentido porventura mais convencional do termo, em torno de um determinado contexto e/ ou linguagem), a vertente prática da investigação desdobra-se em três aproximações distintas, derivadas do cariz da mediação fotográfica adotada face à realidade concreta, tentando no conjunto estabelecer um mapeamento abrangente de possibilidades de atuação: da fotografia realizada in situ, passando pela apropriação de fotografias de outros autores, à fotografia construída em estúdio. (des)construções consiste portanto na exploração de processos de desestabilização dos mecanismos correntes de produção de imagens de arquitetura, na senda de possibilidades renovadas de confluência entre ambas as disciplinas, capazes de enfatizar a dimensão participativa da fotografia, estimulando o observador a vivenciar uma possível arquitetura fotográfica.
- O médium a olhar sobre si mesmo : posturas de autorreferencialidade fotográficaPublication . Santa, Miguel Marques da; Feray, Jenny Helene Denise; Lobo, CarlosO discurso teórico e filosófico em torno da fotografia instaurou novas leituras e avanços na compreensão do médium fotográfico. É preciso notar, ainda assim, que estes se dão sobretudo apoiados na livre dissertação sobre as imagens produzidas, enquanto produto final. Compreender o processo de criação das imagens pode auxiliar à descoberta de novas abordagens incisivas e relevantes para um conhecimento mais profundo do médium fotográfico. As obras resultantes de posturas de autorreferencialidade fotográfica fornecem um veículo óptimo para este deslocamento do objecto do discurso, da imagem para o processo, uma vez que possuem uma forte densidade conceptual, aliada ao facto de refletirem sobre as condições do próprio médium fotográfico. A história da fotografia é o ponto de partida para a investigação e levantamento de tendências e autores onde encontramos imagens com poder de autorreferencialidade fotográfica: fotografias com a capacidade de virar o médium para uma análise sobre ele mesmo (ex. Jeff Wall – Picture for Women, 1979). Apoiado em autores como Jean-François Chevrier, Dominique Baqué e Henry Peyre, traço uma pequena história da fotografia autorreferencial refletindo, sempre que possível, sobre os processos inerentes às obras apresentadas. São levantados, em seguida, alguns discursos fotográficos correntes, com autores como Roland Barthes, Rosalind Krauss, Philippe Dubois, Jean-Marie Schaeffer e François Soulages. Evidenciam-se aqui diferentes entendimentos fotográficos que se apoiam na semiótica pierciana, vagueando entre os campos do ícone, símbolo e índice. Philippe Dubois serve igualmente como alicerce teórico para a expansão das noções de ato fotográfico, cimentando as bases para o deslocamento do objeto de estudo que pretendo operar. Apoiado nesta base teórico-histórica, desenvolvo o projeto prático after pietà. Este serve-se da figura da pietà enquanto objeto e conceito-metáfora para a realização de uma série de exercícios sobre saturação, ubiquidade, transparência, tempo e modo, explorando a relação da fotografia com o mundo e consigo mesma. A sua corporalização dá-se numa impressão, um livro e um vídeo, onde a pietá surge como uma câmara escura, para revelar a própria fotografia.
