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- Um percurso com mudança de trajetória em contexto escolarPublication . Gomes, Alexandra Morais Wunderly; Fonseca, António
- A preparação dos membros da familia prestadores de cuidados para tomar conta de pessoas dependentes em casa : estudo exploratório em contexto hospitalarPublication . Cruz, Sara Margarida dos Santos; Pereira, Filipe Miguel Soares; Campos, Maria Joana AlvesEste trabalho insere-se no âmbito do Mestrado em Enfermagem Avançada. O percurso de investigação centrou-se na preparação dos membros da família prestadores de cuidados (MFPC) em contexto hospitalar - uma área com grande relevância para a Enfermagem. O estudo que relatamos é um estudo exploratório descritivo, o qual foi realizado em duas fases: 1ª fase - abordagem qualitativa e 2ª fase - abordagem quantitativa. Na primeira fase, pelo recurso à observação e entrevistas procuramos explorar o processo de preparação dos MFPC em ambiente hospitalar. Os principais resultados indicam que há fatores centrados na pessoa dependente, que parecem ter influência sobre este processo de preparação, nomeadamente: a condição do dependente, o seu destino após a alta e os seus sentimentos e emoções. Há fatores centrados nos MFPC, que também parecem influenciar este processo, nomeadamente: a capacidade para desempenhar um papel, as necessidades sentidas pelos MFPC, as suas disposições, sentimentos e emoções. Quatro áreas foram dominantes na preparação dos MFPC: a condição do dependente, a gestão dos medicamentos, o domínio do autocuidado alimentar-se e a prevenção de complicações. A estratégia dominante usada para preparar os MFPC foi a expositiva. A segunda fase envolveu dois hospitais, sendo a nossa amostra constituída por 116 enfermeiros. O objetivo foi identificar as intervenções de enfermagem mais relevantes e frequentes na preparação dos MFPC para tomar conta dos dependentes em casa. Foi construído um questionário para a colheita destes dados. No que concerne à regularidade da preparação percebemos que apenas os domínios do autocuidado: posicionar-se, elevar-se, transferir-se e andar assumem para os enfermeiros muita relevância e são muito frequentes na preparação dos MFPC. No que se reporta à frequência das intervenções, a prevenção de complicações é uma área muito frequente na preparação dos MFPC.
- A mudança nas condições de encontro intergeracional na comunidade : imagens dos idosos expressas pelas criançasPublication . Araújo, Carla Manuela de Sá; Madeira, RosaO estudo exploratório que aqui apresentamos teve como origem a nossa surpresa e preocupação com a reação das crianças ao contato com Pessoas Idosas, numa freguesia com características rurais, situada no norte de Portugal. A instalação da Escola do Ensino básico no edifício de um Centro de Lazer para idosos levou a que os dois grupos tivessem passado a usar o refeitório. Esta circunstância não faria supor que houvesse receios ou reações de evitamento que observamos nas crianças. Levantaram-se assim as dúvidas às quais este trabalho procura responder, tendo em conta a problemática das relações intergeracionais. Embora reconhecendo que estas relações têm sofrido alterações ao longo dos tempos, considera-se que as dificuldades são agora mais visíveis por efeito da intensificação de mudanças na sociedade, designadamente alterações demográficas, na estrutura familiar, nas condições de emprego e nas politicas sociais. A institucionalização das crianças e dos idosos é aqui considerada quer como resposta social a necessidades geradas por estas mudanças, quer como alteração das condições de convivência entre estes dois grupos sociais, com consequências que podem ser negativas de parte a parte. Considera-se que o afastamento e as condições artificiais criadas por algumas iniciativas pontuais, que visam promover a convivência entre gerações, podem reforçar estereótipos e práticas da discriminação que caraterizam o idadismo. Este trabalho pretendeu explorar os elementos simbólicos com que as crianças de idade escolar representam as pessoas idosas e as suas relações com elas. Para este efeito foram analisados desenhos e opiniões, recolhidos através de questionário aplicado a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade, que tornaram evidentes a diferença de imagens dos idosos, quando imaginados no papel de utentes, como pessoas de mais idade ou de Avós. Procurou-se ainda identificar a influência de uma atividade intencionalmente orientada para promover a melhoria das relações intergeracionais sobre um dos grupos de crianças ouvidas na investigação. Os resultados apresentam diferenças na forma como as crianças representam os idosos, sobressaindo diferenças dos cenários e situações apresentados nos desenhos e questionários. Estes dados sugerem a importância da valorização das experiencias passadas e presentes, e dos contextos públicos e privados, onde pessoas de diferentes gerações se encontram e interagem como sujeitos que são contemporâneos e que partilham entre si o direito de participar na vida e desenvolvimento da comunidade.
- Relatório reflexivoPublication . Pereira, Maria Luísa Lourenço; Alves, José MatiasRevejo, amiúde, os episódios vividos no início da minha carreira. Sinto como esse tempo de descoberta me marcou decisivamente no que respeita à relação que mantenho, ainda hoje, com a minha profissão. Já nessa altura era uma observadora próxima, cheia de expectativas, partilhando informações, desenvolvendo planos para novas atividades pedagógicas focalizadas nos alunos e na construção de um sentido do que hoje se designa por comunidade educativa. A crença de que caminhávamos para um mundo melhor e o sentido de alegria na vivência do dia a dia nunca me abandonaram. Tenho sido, durante trinta e três anos, muito feliz profissionalmente. Espero ver esta minha afirmação atestada por todos aqueles com quem lidei e lido atualmente. A primeira decisão ao elaborar este relatório foi a de escolher os episódios biográficos que deviam ser incluídos ou excluídos. Defini dois critérios, o primeiro é o de ter por limite temporal a memória, e o segundo de me cingir à relação com a gestão da escola, sem excluir os contextos que ajudem a esclarecer essa relação. Neste sentido, estabeleci cinco períodos espácio-temporais que marcam vivências biográficas distintas, designadamente a descoberta da profissão e a experiência como professora, a nomeação para Presidente da Comissão Executiva Instaladora, os sucessivos mandatos como Presidente do Conselho Executivo, o mandato como Diretora e, por último, o mandato como Presidente da Comissão Administrativa Provisória. À medida que a minha vida profissional foi avançando, fui descobrindo novos saberes e competências, fui abandonando perspetivas e alargando horizontes. Agora, o que procuro é compreender melhor as pessoas, sonhos, ilusões e desilusões. Como diz António Nova (2005) “Em educação, tudo são evidências. Definitivas. Crenças. Doutrinas. Dogmas. Ilusões. Palavras gastas. Inúteis. O que é evidente, mente. Evidentemente.”