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- Um caminho a percorrer : da linguagem oral à linguagem escritaPublication . Costa, Liliana Fernandes da; Carapeto, Maria JoãoAntes da aprendizagem formal da leitura e da escrita a criança possui um conjunto de competências, conhecimentos e atitudes, denominados por literacia emergente, que se pressupõe serem precursores do desenvolvimento da leitura e da escrita. No contexto desta problemática surge este estudo longitudinal, de natureza correlacional, tendo como objetivo geral estudar a associação entre variáveis do desenvolvimento da criança e historial familiar, linguagem da criança no final da idade pré-escolar e a aprendizagem da leitura e escrita ao longo do 1.º ano do 1.º ciclo. A linguagem oral da amostra de crianças foi avaliada, no final do pré-escolar, através do Teste de Identificação de Competências Linguísticas (TICL) (Viana, 2004). Posteriormente recolheram-se dados da avaliação escolar da leitura e escrita ao longo do 1.º ano de escolaridade, e foi avaliada a fluência da leitura de textos (Velocidade, Correção e Compreensão) no final do 1.º ano. Foi ainda aplicado um Questionário aos Pais. Os resultados são apresentados e discutidos. Entre outras, algumas conclusões mais relevantes vão no sentido de que, na amostra estudada, as competências linguísticas na idade pré-escolar estão associadas com a aprendizagem da leitura (talvez menos com a escrita), tal como avaliada ao longo do 1.º ano (1.º, 2.º e 3.º trimestre) pelas professoras, e com a fluência da leitura de textos no final do ano; a associação da aquisição da leitura com a Reflexão sobre a língua assume maior relevância nos primeiros meses de aprendizagem da descodificação, e a associação com a Memória Auditiva destaca-se nos meses subsequentes; por fim, salienta-se a associação da fluência da leitura de textos no final do 1.º ano com o Conhecimento Morfo-Sintático do pré-escolar.
- O papel das estruturas de Gestão Intermédia na inclusão dos alunos com NEE no ensino secundárioPublication . Matos, Cristina Maria da Rocha; Campos, Sofia; Salgueiro, João EstevesCom a aplicação da Lei n.º 85/2009, de 27 de Agosto, a escolaridade obrigatória, em Portugal, passa de 9 para 12 anos. Esta lei aplica-se também aos alunos com NEE pelo que, no ano letivo de 2012/2013, as escolas secundárias terão estes alunos nas turmas de 10.º ano. O papel desempenhado pelas lideranças intermédias nas organizações escolares pode ser determinante no sucesso da inclusão de alunos com NEE no ensino secundário. Contudo, paralelamente, estas lideranças sentem fortemente o aparecimento de mais dois problemas suplementares: a constituição de mega agrupamentos e os exames nacionais. Foi neste quadro de redobrado complexidade que, com base num estudo descritivo, realizámos esta investigação num Agrupamento de Escolas do Distrito de Viseu que tem em funcionamento uma Unidade de Multideficiência e Surdo Cegueira Congénita. Procurámos saber de que forma as estruturas de gestão intermédia, estão a preparar a chegada destes alunos ao ensino secundário e quais os constrangimentos e os fatores potenciadores de sucesso percecionados por estas estruturas de gestão intermédia. Entre os constrangimentos apontados pelas lideranças intermédias, destacamos a legislação, a falta de recursos materiais, financeiros e humanos, as mentalidades e a enorme dificuldade de trabalhar com os alunos com NEE em contexto de sala de aula. No respeitante aos fatores potenciadores de sucesso encontram-se, por exemplo, a existência da Unidade de Multideficiência e Surdo Cegueira Congénita, as parcerias estabelecidas pelo agrupamento e o extraordinário envolvimento por parte da autarquia.
- Intervenção judicial com crianças : a influência das fases do desenvolvimento e do tipo de questões na entrevista forensePublication . Lira, Ana Raquel; Matos, Raquel; Ribeiro, CatarinaOs crimes de abuso contra crianças são um fenómeno em ascensão ao nível teórico devido à sua maior prevalência e visibilidade no sistema judicial, bem como do mediatismo dos casos mais recentes. O aumento do número de casos é ainda acompanhado pelo crescente interesse pelas identidades judiciais, de identificar a criança como uma preciosa e, por vezes, única fonte de informação nos diversos crimes. Assim, reconhecendo-se as particularidades desenvolvimentais da criança, exige-se que o seu envolvimento nas investigações forenses seja apropriado, evitando-se a sua vitimização secundária e a destruição e contaminação de provas. Nos últimos anos têm-se vindo a reconhecer técnicas, guidelines e protocolos indispensáveis na investigação forense com crianças, pelos vários intervenientes e ao longo do processo, com a finalidade de diminuir o impacto da envolvência da criança do sistema judicial. O presente estudo tem o objetivo de contribuir numa investigação mais alargada que procura a adaptação do protocolo de entrevista forense a crianças vítimas de abuso sexual do NICHD (National Institute of Child Health and Human Development), ao contexto português. Encarando o objetivo geral como uma tradução e adaptação a uma cultura, apresentamos a influência das características do desenvolvimento da criança no decorrer de uma entrevista forense como o nosso objetivo específico dentro desta investigação.
- Dificuldades e potencialidades nas competências pré-leitoras e hábitos de leitura familiar : um estudo exploratório com um grupo de crianças do ensino pré-escolarPublication . Santos, Elvira Manuela Almeida; Miranda, Lúcia do Rosário Cerqueira deA família e a educação pré-escolar são um contexto privilegiado para a promoção de competências pré-leitoras e, que a literatura da especialidade aponta como preditores da aquisição inicial da leitura e da escrita na criança. O presente estudo procura, numa perspetiva descritiva exploratória, perceber como é que as competências pré-leitoras são influenciadas pelo meio escolar, nomeadamente pela educação pré-escolar e meio familiar da criança. Concretamente, foi nosso objetivo descrever a relação existente entre os hábitos de leitura da família e a aquisição de competências de literacia num grupo de 17 crianças que frequentavam o último ano do jardim de infância de uma IPSS do concelho da Póvoa de Varzim. Como instrumentos de recolha da informação usaram-se um questionário estruturado aos pais (adaptado de Viana, 2002) e o Teste de Identificação de Competências Linguísticas (T.I.C.L.; Viana, 2002; 2004). Os resultados indicam que a maioria das crianças frequentou o ensino pré-escolar durante 3 anos consecutivos e os pais dos nossos participantes, maioritariamente, possuíam o 2º ciclo do ensino básico. Relativamente aos hábitos de leitura familiar, uma percentagem expressiva das famílias possui uma média de 11 a 50 livros em casa, metade dos participantes pedem, todos os dias, para que lhes façam leituras, e, apenas uma pequena percentagem é que pedem, todos os dias, para lhes contarem histórias. Quanto à frequência e ao tipo de leitura dos pais dos nossos participantes, os resultados apontam para que só um pequeno número de pais é que costuma ler todos os dias em casa. O tipo de leitura das famílias é maioritariamente leitura de revistas, por parte das mães, e de jornais diários, pelos pais. Os resultados do perfil de competências linguísticas dos nossos participantes, sugere que as crianças que apresentam um bom conhecimento lexical reconhecem também um maior número de palavras. Constatamos que nas primeiras categorias os participantes obtiveram um maior número de acertos (Objetos e Verbos) e nas categorias seguintes (Categorias, Funções e Opostos) apresentaram uma percentagem de acertos menor. A categoria Graus de Adjetivos foi a que apresentou o maior número de respostas erradas e a categoria da Concordância Género/Número a que obteve maior número de respostas corretas. Na dimensão memória auditiva houve um número bastante expressivo de itens corretos, nomeadamente na categoria da Sequencialização Narrativa. Os resultados também indicaram que os nossos participantes revelaram menor dificuldade na segmentação das palavras e das sílabas por comparação com a identificação auditiva de sons iniciais e sons finais. Por último, podemos ainda referir, face aos resultados obtidos, que os participantes que demonstram níveis superiores de competências pré-leitoras são os que frequentaram a creche e o pré-escolar, os seus pais têm o 3º ciclo do ensino básico e ou secundário, apresentam hábitos de leitura diários em meio familiar e possuem um maior número de livros, ou seja, os hábitos de leitura familiar e a frequência do jardim de infância parecem constitui fatores importantes para favorecer o desenvolvimento de habilidades iniciais de leitura e escrita.
- O desenvolvimento socioemocional em crianças com doença crónica : o caso da fibrose quísticaPublication . Castro, Joana Maria Lamosa Gomes; Carapeto, Maria JoãoEmbora o tratamento médico para as doenças crónicas tenha evoluído e as taxas de sobrevivência tenham aumentado de forma significativa, a criança geralmente precisa passar por procedimentos médicos demorados e hospitalizações. O mesmo se passa com a doença crónica Fibrose Quística (FQ), uma doença genética autossómica recessiva que afeta vários órgãos do corpo humano. Para além do seu estado de saúde, é importante considerar o desenvolvimento socioemocional das crianças que apresentam esta doença crónica, visto que os estudos têm concluído que existem repercussões devido à própria enfermidade e aos tratamentos contínuos, e à necessidade destas crianças faltarem imenso às aulas. Atualmente, considera-se fulcral, o acompanhamento de uma equipa de profissionais para que estas crianças progridam com maior eficácia nas tarefas de desenvolvimento das idades escolares. Assim, os objetivos deste estudo são os de compreender a doença FQ, nomeadamente o seu impacto no desenvolvimento socioemocional em idade escolar; conhecer o dia-a-dia e as implicações do tratamento na criança, e ainda compreender a sua vida escolar, de como se adapta a esse meio e quais são as estratégias educativas e de ensino aprendizagem utilizadas. Realizou-se um estudo do caso de um adolescente com FQ, recorrendo à entrevista semi-estruturada (do próprio criança e duas das pessoas que mais acompanham a sua vida, a Mãe e o Diretor de turma), e à análise documental do seu processo escolar como instrumentos principais de recolha de dados, tendo-se depois procedido à análise do seu conteúdo. Os dados são analisados, combinados e discutidos. Em síntese, verificou-se que a criança / adolescente com FQ experiencia algum desconforto social na escola, e até mesmo alguns problemas de integração na turma. Contudo, a forma como encara a sua doença e os problemas são sem dúvida um exemplo de coragem.
- Inclusão de uma aluna com autismo pertencente à comunidade cigana no ensino regular : estudo de caso numa escola de Viana do CasteloPublication . Miranda, Daniela Alves Silva; Bilimória, HelenaEste estudo tem como principal objetivo verificar a inclusão de uma criança com autismo oriunda da comunidade cigana junto dos seus pares, tendo sido escolhidos pares pertencentes e não pertencentes à comunidade cigana. O autismo é um distúrbio global do desenvolvimento que se manifesta através de dificuldades ocorridas em três domínios: interação social, linguagem e comunicação, pensamento e comportamento. Com a Declaração de Salamanca (1994) todas as crianças, independentemente das suas caraterísticas, origens e cultura, passam a ter direito à educação, estando todas incluídas nas classes regulares, o que se aplica também às crianças ciganas. A cultura cigana tem como tradições culturais mais relevantes a família, que é considerada a mais importante; o casamento; o luto pelos mortos; e a língua própria, o “romani”. A virgindade da mulher é também um elemento muito importante. Utilizou-se uma metodologia qualitativa, tendo-se selecionado o estudo de caso como método de investigação. De forma a obter as informações que pretendíamos, recorremos a análises documentais, observações e entrevistas. Os intervenientes principais do nosso estudo são a N. (criança com autismo) e os pares escolhidos para o nosso estudo. Também envolvemos no estudo os pais da N. e os intervenientes em contexto escolar, nomeadamente as docentes de Educação Especial (EE), a Assistente Operacional e o Diretor de Turma. Concluímos que dos seis pares pertencentes à comunidade cigana, apenas três tentam garantir a inclusão da N., verificando-se esta preocupação apenas nos contextos informais (cantina e recreio) e os pares não pertencentes à comunidade cigana tentam garantir a inclusão da N. mais no contexto formal (sala de aula regular) que nos contextos informais.
- A pedagogia catequética segundo o “De catechizandis rudibus” de Santo AgostinhoPublication . Lopes, Eliseu Teixeira; Lamelas, Isidro Pereira