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- Ativação plaquetária e outros fatores condicionantes da resposta à transfusão de plaquetasPublication . Hortelão, Dina Guiomar Quinteiro; Lima, MargaridaAs transfusões de plaquetas (TP) desempenham um papel muito importante no tratamento dos doentes hemato-oncológicos com trombocitopenia, nomeadamente pela sua contribuição em suportar os regimes terapêuticos. Contudo, a resposta é variável e depende de múltiplos fatores relativos às plaquetas e ao doente, e em alguns casos desenvolve-se um estado de refratariedade. Na prática clínica a avaliação da eficácia da TP baseia-se principalmente na resposta clínica e no aumento contagem plaquetária no sangue após a transfusão, utilizando o incremento da contagem plaquetária corrigido (ICPC) e a percentagem de recuperação plaquetária, não sendo avaliados aspetos funcionais das plaquetas transfundidas. A selectina-P (CD62P) parece ser um bom indicador da ativação plaquetária. Esta proteína encontra-se na membrana dos grânulos α das plaquetas não ativadas e, após ativação, com a secreção dos grânulos, passa a ser expressa na membrana plaquetária, o que leva ao reconhecimento e destruição das plaquetas pelos macrófagos. A expressão de CD62P na superfície das plaquetas correlaciona-se positivamente com a ativação e desgranulação plaquetária e com a destruição acelerada das plaquetas circulantes. Neste trabalho foi feita uma revisão da literatura sobre os aspetos estruturais e funcionais das plaquetas, as causas subjacentes à trombocitopenia e a preparação de concentrados de plaquetas para transfusão, assim como sobre os fatores condicionantes da resposta à TP, a avaliação dessa mesma resposta e o desenvolvimento de refratariedade à transfusão. Para além disso, investigou-se se a eficácia da transfusão plaquetária, avaliada pelo ICPC, tinha relação com perfil demográfico e clinico e com as características das plaquetas transfundidas. Relativamente a este último aspeto analisaram-se, para além de outros, o tempo de armazenamento, a similaridade e compatibilidade de grupos sanguíneos entre dadores e recetores, o estado basal de ativação plaquetária e a resposta das plaquetas à ativação induzida pela trombina, avaliada, entre outros, pela expressão de selectina-P nas plaquetas, quantificada por citometria de fluxo. Foram estudados 30 doentes hemato-oncológicos, dos quais 20% evidenciaram refratariedade à TP. Não se observou associação estatisticamente significativa entre o ICPC uma hora após a transfusão com os fatores demográficos e clínicos analisados. Por outro lado, verificou-se que a ativação das plaquetas transfundidas era superior ao esperado, o que pode ter resultado do método de processamento, e que a resposta das plaquetas à trombina diminuía com o tempo de armazenamento das plaquetas transfundidas. Constatou-se ainda que existia uma correlação positiva entre a capacidade de resposta à trombina por parte das plaquetas transfundidas e a capacidade de resposta à trombina das plaquetas do sangue venoso colhido uma hora após transfusão. Palavras-chave: Plaquetas, Trombocitopenia, Transfusão plaquetária, Ativação plaquetária, Refratariedade à transfusão, Citometria de fluxo, Glicoproteínas plaquetárias, Selectina-P.
- Relatório de estágioPublication . Santos, Vanda Gil Reis dos; Madureira, ManuelaNo âmbito do programa curricular do Curso de Mestrado em Enfermagem de Natureza Profissional, na área de Especialização em Enfermagem de Médico-Cirúrgica, realizaram-se três períodos de estágio, com o intuito de complementar a formação teórica com a prestação de cuidados de enfermagem especializados ao doente em estado crítico, sendo que o presente relatório corresponde à última fase deste percurso. A redação do presente documento assenta sobre a pesquisa da evidência, a reflexão contínua e sistemática dos momentos de aprendizagem, as dificuldades sentidas e superadas, no processo de aquisição de conhecimento e de desenvolvimento de competências pessoais e/ ou profissionais ao longo dos estágios realizados no Hospital de São José (Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE) nos seguintes serviços: Unidade de Urgência Médica, Serviço de Urgência Polivalente e Bloco Operatório Central. Ao longo dos estágios deu-se ênfase à prestação dos cuidados de enfermagem especializados e à qualidade e segurança dos cuidados prestados ao doente e à sua família, sendo que no estágio dos cuidados intensivos, os cuidados especializados foram direcionados para os doentes em estado crítico submetidos a ventilação mecânica invasiva, para a elaboração de uma norma de procedimentos de enfermagem ao doente portador de traqueostomia, para a identificação de variáveis de monitorização do doente após extubação traqueal e posterior elaboração de um instrumento de colheita de dados. No estágio no Serviço de Urgência, a prestação de cuidados de enfermagem especializados incidiu sobre o doente com trauma/patologia torácica, na sensibilização para adequada manipulação dos catéteres venosos centrais totalmente implantados, na elaboração de uma instrução de trabalho na abordagem do doente com suspeita de meningite (em articulação com a equipa da Comissão de Controlo da Infeção do Hospital de São José) e ainda na elaboração de um póster sobre a Capnografia não invasiva e os doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica. No estágio de Enfermagem Peri-Operatória, desenvolveram-se competências aquando da prestação de cuidados de enfermagem especializados ao doente em estado crítico submetido a cirurgia do foro oncológico, enquanto enfermeira de anestesia e circulante em sala de operação e na unidade de cuidados pós-anestésicos e foi elaborada uma instrução de trabalho sobre a preparação e identificação de fármacos de acordo com o projeto ColorADD, implementado em sala operatória. Transversalmente aos três módulos de estágio procedeu-se à gestão de fármacos, solutos e materiais termolábeis, de acordo com a normas da instituição e as caraterísticas de cada serviço. A execução das atividades inerentes aos objetivos propostos permitiram o desenvolvimento gradual e autónomo das competências no domínio da responsabilidade profissional, ética e legal, da melhoria contínua da qualidade, da gestão dos cuidados e das aprendizagens profissionais caraterísticas do Enfermeiro Especialista
- Influência dos factores obstétricos e do volume inicial de sangue do cordão umbilical na contagem de células CD34+Publication . Grenha, Iolanda Margarida de Oliveira; Tafulo, Sandra Cristina Ribeiro; Costa, ElísioO sangue da placenta contém células estaminais hematopoéticas capazes de reconstituir a hematopoiese a longo prazo, quando transplantadas após condicionamento mieloablativo. Alguns estudos têm demonstrado, que a qualidade das unidades de sangue do cordão umbilical pode ser influenciada por muitos factores obstétricos e pela experiência de quem realiza a colheita. A contagem de células CD34+, o número total de células nucleadas e o volume de sangue do cordão umbilical são variáveis determinantes como critérios de aceitação para o banco de células do cordão umbilical. O objectivo desde trabalho é avaliar a influência dos factores obstétricos e do volume inicial de sangue do cordão umbilical na contagem de células CD34+. Neste estudo foram utilizados dados relativos a 179 amostras de sangue do cordão umbilical criopreservadas no LusoCord - Centro de Histocompatibilidade do Norte entre Abril e Outubro de 2010. A colheita do sangue do cordão umbilical realizou-se por dois métodos: in útero ou ex útero. O processamento destas amostras foi constituído: pela verificação do volume colhido, pela contagem de leucócitos e de células nucleadas totais (TNC), pela redução de volume antes da criopreservação, pela contagem de células CD34+ por citometria de fluxo seguindo o protocolo ISHAGE e pela determinação da viabilidade, recorrendo-se ao marcador de ácidos nucleicos 7- amino-actinomicina D (7-AAD). O valor de TNC foi superior no parto vaginal. Existe correlação estatisticamente significativa entre o número de células CD34+ totais e o volume inicial. Encontramos correlação estatisticamente significativa entre o volume inicial da unidade e entre o TNC final. Verificou-se ainda, correlação entre o número de células CD34+ totais e a idade materna. Verificou-se correlação estatisticamente significativa entre o peso dos bebés e o volume inicial. Pode concluir-se que os factores obstétricos e o volume inicial interferem com a contagem de células CD34+. Um volume maior inicial está associado a um maior TNC e maior número de células CD34+. A contagem de células CD34+ é superior em mães mais jovens. O sangue do cordão umbilical de bebés mais pesados resultou num volume inicial superior.
- Caracterização do fenótipo gengival com análise por fotografia digital : estudo de uma amostra populacional de ViseuPublication . Peixoto, Ana Isabel da Silva; Correia, André; Marques, TiagoNo estabelecimento de um diagnóstico de uma situação clínica na cavidade oral devem-se considerar várias características, entre as quais o fenótipo gengival. O fenótipo gengival é o conjunto das características morfogénicas da gengiva de cada indivíduo, incluindo a aparência do tecido mole, características genéticas e a forma como reage depois da manipulação. Existem dois fenótipos gengivais extremos que devemos ter especial consideração: um mais fino e frágil associado a uma margem festonada, e outro mais espesso associado a uma margem mais plana. O objectivo deste estudo foi caracterizar o fenótipo gengival de pacientes da Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa, com análise por fotografia digital. Materiais e Métodos: Foram observados 294 pacientes. Destes, foram seleccionados 50 de acordo com os critérios de inclusão definidos. Nestes pacientes foi efectuado um exame clínico intra-oral e um registo fotográfico da zona maxilar anterior. Uma sonda periodontal milimetrada foi colocada junto aos incisivos para permitir a calibração das imagens e efectuar as medições no programa de processamento de imagem Adobe Photoshop CS 5.1. Foram analisadas as seguintes variáveis: relação entre a largura/altura da coroa; altura da papila; largura da gengiva aderida; espessura da gengiva; ângulo gengival e assimetrias gengivais, encontradas entre lado esquerdo e lado direito da zona anterior maxilar. Resultados: Esta amostra era constituída, maioritariamente, por casos de fenótipos espessos. Foi encontrada uma maior tendência de um fenótipo fino relacionado a mulheres com dentes triangulares (50%) comparado com os homens que apresentam forma triangular (33%). Quanto aos dentes quadrangulares, observamos que existe muita tendência para estes estarem relacionados a fenótipo espessos, especialmente no sexo masculino (100%). Não se demonstrou existir uma relação estatisticamente significativa entre o género e a espessura gengival, (p >0,05) ou entre a forma e a espessura. No entanto, essa relação é estatisticamente significativa para a espessura da gengiva com todas as variáveis analisadas (p<0,001) e também para o género e as variáveis altura da papila (p=0,005), relação largura/altura da coroa (p=0,017) e ângulo gengival (p=0,041). Foi também encontrada uma relação positiva entre as medidas dos ângulos GLA de ambos os lados (correlação=0,675) e igualmente para os valores do LID (correlação=0,384). O valor absoluto da assimetria teve média 2,8°, o que indica que existem diferenças nas medições entre os dois lados da arcada. Conclusão: Dentro das limitações deste estudo pode-se concluir que existe uma forte associação entre o género e as variáveis: altura da papila, relação largura/altura da coroa e ângulo gengival. Quanto ao factor espessura gengival, existe uma maior prevalência de fenótipo espessos, nos dois sexos, mas tendencialmente associados a indivíduos do sexo masculino. Ficou também demonstrada a correlação existente entre a espessura da gengiva e todos factores estudados. Além disso, foi verificada uma tendência da forma dentária influenciar as características gengivais estudadas. Conclui-se ainda a existência de assimetrias nesta amostra.
- Domínio público intelectual?Publication . Câncio, Maria Miguel Gomez de Almeida Pereira; Cabral, Margarida Olazabal
- Delirium : dimensão do problema num serviço de cuidados paliativosPublication . Moreira, Carlos Francisco Nunes da Rocha; Amado, João; Gonçalves, EdnaO delirium é uma complicação potencialmente causadora de grande sofrimento em doentes em contexto de cuidados paliativos. Em alguns estudos é comum, no entanto, neste tipo de população, existe um largo intervalo nos valores de incidência e prevalência conhecidos da literatura. OBJECTIVOS: Avaliar a ocorrência de delirium em doentes seguidos na consulta de suporte intra-hospitalar (CSIH) e consulta externa (CE) de um serviço de cuidados paliativos; avaliar a existência de associação entre diagnóstico de delirium e local de seguimento num serviço de cuidados paliativos (CSIH e CE) e avaliar a existência de associação de diagnóstico de delirium e mortalidade. METODOLOGIA: Foi efetuado um estudo prospetivo de 1 de Janeiro a 31 de Março de 2011 num hospital central universitário. Todos os doentes admitidos no serviço (pela equipa de suporte intra-hospitalar ou consulta externa) durante este período de estudo foram convidados a participar e foram avaliados com o Confusion Assessment Method (CAM) e Mini-Mental State Examination (MMSE) (nos doentes internados e seguidos pela equipa de suporte intra-hospitalar de três em três dias; nos doentes em ambulatório e seguidos pela consulta externa em todas as consultas realizadas com intervalos superiores a três dias). RESULTADOS: Nos 119 doentes avaliados (114 oncológicos) o delirium foi diagnosticado em 49 (41,2%): em 11 dos 45 doentes avaliados somente em CE (ambulatório) (24,4%); em 27 dos 49 doentes avaliados somente pela CSIH (contexto de internamento) (55,1%); em 11 dos 25 doentes avaliados em ambos os contextos ao longo do estudo (CSIH e CE) (44,0%) (p<0,05). Durante o período de estudo faleceram 51 doentes, tendo sido diagnosticado delirium em 33 (64,7%) destes doentes, enquanto nos 53 doentes em seguimento no final do estudo em somente 12 (22,6%) foi efetuado este diagnóstico (p <0.05). O risco de morrer foi maior nos doentes com delirium (risco relativo 2,40; IC a 95%: 1,57-3,67). As curvas de sobrevivência dos doentes com delirium e sem delirium revelaram um tempo de sobrevivência mais reduzido nos doentes com delirium (p<0,001). Em nenhum dos cinco doentes não oncológicos envolvidos no estudo (4,2%) foi diagnosticado delirium. CONCLUSÕES: No presente estudo, 41,2% da população de cuidados paliativos apresentou delirium, sendo mais frequente nos doentes seguidos em contexto de internamento hospitalar (CSIH) e nos doentes que faleceram durante o período do estudo. O delirium esteve associado a maior risco de morte (risco relativo=2,40).
- Instabilidade cromossómica induzida pelo diepoxibutano (DEB) em fibroblastos cutâneos para diagnóstico da anemia de FanconiPublication . Leite, Maria de Fátima de Sousa; Porto, BeatrizA anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, de transmissão autossómica recessiva ou ligada ao X, geneticamente e fenotipicamente heterogénea, caracterizada por instabilidade cromossómica (IC), falência da medula óssea e predisposição para o cancro. A doença manifesta-se quando existem mutações em qualquer um dos 15 genes já identificados. A sua variabilidade fenotípica dificulta o diagnóstico com base nas características clínicas, sendo necessário a realização de testes laboratoriais para sua confirmação, como seja, a deteção de IC induzida por diepoxibutano (DEB) em culturas de linfócitos de sangue periférico (SP). A quantificação, por citometria de fluxo (CF), da percentagem de células acumuladas nas fases G2/M do ciclo celular, foi apontada como um método complementar de diagnóstico. No entanto, estes testes podem não ser sensíveis para os casos de mosaicismo, ou seja, nas situações em que há reversão das células hematopoiéticas com mutação AF, para um fenótipo normal. Nestas situações, devem então ser feitos esses mesmos testes em culturas de fibroblastos, onde não existe reversão, procedimentos laboratoriais que até ao momento não estavam disponíveis no Laboratório de Citogenética do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS/UP). Assim, os objetivos deste trabalho foram a caracterização da população de pacientes com AF, estudada no Laboratório de Citogenética do ICBAS/UP, relativamente à frequência de mosaicismo, e a implementação da técnica de cultura de fibroblastos, seguida de estudos de IC e do ciclo celular, realizada com a colaboração do Laboratório de Citometria do Serviço de Hematologia Clínica do Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto. Dos 233 pacientes avaliados para IC no SP, 39 foram diagnosticados como pacientes com AF, e destes 13% foram caracterizados como mosaicos, valor este, que por si só já justifica a importância de implementar a técnica de análise da IC em fibroblastos. Esta foi implementada a partir de amostras de fibroblastos cutâneos de 6 indivíduos saudáveis e 2 pacientes enviados para exclusão de AF, em que não foi confirmado este diagnóstico. Os resultados obtidos nos fibroblastos, tanto para a IC induzida por DEB como para a acumulação de células em G2/M, estudada por CF, estão de acordo com os resultados descritos na literatura para controlos e pacientes não AF. Conseguiu-se então implementar, pela primeira vez e com sucesso, o protocolo de cultura de fibroblastos e o protocolo de análise do ciclo celular dos fibroblastos por CF. Contudo, o sucesso total do protocolo para o diagnóstico de AF requer ainda confirmação em amostras de fibroblastos de pacientes com AF, as quais não foram possíveis obter durante o período de execução deste trabalho, uma vez que se trata de uma doença rara.
- A gestão dos espaços na consulta de medicina dentária na clínica universitáriaPublication . Tente, Sara Dolores da Rocha; Capucho, FilomenaO presente estudo pretendeu fornecer uma definição dos componentes da comunicação não verbal e a sua importância no processo comunicativo durante a consulta de Medicina Dentária. Baseado numa temática dinâmica, começa-se por uma reflexão sobre a complexidade da comunicação humana, vista como um todo integrado de formas de comportamento e processada em dois níveis: o verbal e o não verbal. É sobre este último que este estudo incide, evidenciando investigações levadas a cabo nesta área. Desta forma, na comunicação não verbal, descartada de palavras, toda a informação é obtida por meio de sinais vocálicos, aparência física, cinética, proxémica, contacto físico, cronémica e artefactos. Um outro aspecto avaliado é o estabelecimento de contacto visual e a importância que desempenha na comunicação não verbal. Finalmente, a reflexão dá lugar a um estudo exploratório de comunicação não verbal nomeadamente dos aspectos proxémicos no âmbito da Medicina Dentária. Para tal, foi efectuada a videogravação de vinte consultas decorridas na Clínica Dentária Universitária, Centro Regional das Beiras, da Universidade Católica Portuguesa. Foram efectuadas filmagens no contexto de diversas áreas médico-dentárias, elaborando-se posteriormente fotogramas onde se mediram distâncias de interacção e ângulos do contacto ocular formados entre os intervenientes. Seguiu-se um tratamento dos resultados obtidos por um pequeno questionário entregue aos pacientes. Da descrição quantitativa e análise comparativa destes, constatou-se a inexistência de diferenças globais entre os médicos do género feminino e do género masculino, ano frequentado e área disciplinar. As observações efectuadas permitiram perceber que as distâncias existentes entre médico e paciente são a íntima (de 15 a 40cm) e a pessoal (de 45 a 125cm). Concluiu-se, assim, que, apesar das pequenas diferenças observadas, o comportamento não verbal dos médicos desta amostra não difere em termos de nível de execução.
- Prevalência de feridas em MoçambiquePublication . Sousa, Sónia Margarida Gaspar; Amado, João Costa; Alves, PauloAs feridas estão a tornar-se também nos países subdesenvolvidos, como é o caso de Moçambique um problema de saúde. Embora alguma investigação tenha sido realizada ao longo destes anos, estudos epidemiológicos de feridas em Africa continuam por realizar. A temática da prevalência das feridas em países africanos é extremamente escassa. Este estudo teve como objetivo geral contribuir para o diagnóstico da situação das feridas numa comunidade de Moçambique, tendo como base caracterizar a ocorrência das feridas e estimar a sua prevalência. O estudo epidemiológico foi realizado em Abril de 2011, aos utentes do hospital de Chingussura que eram encaminhados para o tratamento de feridas. A colheita de dados foi efetuada pelo investigador a cada utente apenas na primeira consulta através de preenchimento do questionário referente ao Estudo Epidemiológico das feridas, tendo sido caracterizados 107 indivíduos. A prevalência de feridas na área de Chingussura foi de 4,3% na análise dos dados deste estudo foi considerada a distribuição do género; população por faixa etária; distribuição da profissão; classificação, localização e lateralização de feridas; tempo duração existe das mesmas; classificação por tipo de tecido; frequência de mudança de penso e por nível de exsudado; classificação por sinais de infeção presentes e diagnóstico de infeção no compartimento profundo; classificação por duração de realização de tratamento; classificação de acordo com características da pele circundante e, por último, material de penso. Dos resultados apresentados neste estudo ressaltou que para uma amostra de 107 utentes, 53,3% são do género masculino, com idades compreendidas entre 1 e 77 anos, verificando-se que 43,3% eram estudantes que recorriam ao hospital para tratamentos. Etiologicamente, a maior frequência era de feridas traumáticas tendo como principal localização os pés com uma lateralização dos diversos tipos de ferida à direita. Relativamente às características específicas na análise de cada ferida, estas apresentam na maioria tecido fibrinoso, com um nível de exsudado abundante, tendo como principais sinais de infeção presentes a dor e odor; no entanto, 58,9% dos casos apresentam infeção no compartimento profundo. Tendo presente a escassez de material de penso com ação terapêutica, este era realizado em 89,7% dos casos com cloro a 0,025%, não demorando o enfermeiro na sua realização mais de dois minutos, tendo como frequência de mudança do penso três vezes por semana. Ressalta do estudo que o mesmo original nesta região e que pode ser a base do conhecimento deste problema que afeta cada vez um maior número de pessoas.
- Relatório de estágioPublication . Santos, Cátia Alexandra Suzano dos; José, HelenaA enfermagem moderna inicia-se com Florence Nightingale, como uma disciplina marcada por grandes correntes do pensamento. O paradigma da transformação pelo seu contributo de abertura para o mundo destaca-se na medida em que passa a ser indispensável compreender-se os processos, os problemas e as situações das pessoas em todas as fases da sua vida e de um mundo que se encontra em constante evolução. Nesse sentido, e para satisfazer as necessidades do cliente, os enfermeiros devem investir na formação, aquisição e desenvolvimento de competências clínicas especializadas. Neste relatório, apresenta-se uma análise reflexiva dos três módulos de estágio, realizados no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem – Área de Especialização: Enfermagem Médico-Cirúrgica, realizados em três períodos e três unidades distintas, nomeadamente, Serviço de Urgência e Serviço de Medicina Intensiva do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Lisboa Norte) e Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, tendo por base as competências desenvolvidas, como enfermeira especialista em enfermagem médico-cirúrgica. Devendo, os enfermeiros, estar despertos para múltiplas dimensões dos cuidados de enfermagem, será ainda exposto um tema desenvolvido ao longo dos três módulos, nomeadamente os “cuidados de enfermagem ao cliente com necessidade de ventilação não invasiva e sua família”. Esta decisão suporta-se na assunção de que é hoje reconhecido que a ventilação não invasiva, pelas suas inúmeras especificidades se pode assumir como um importante fator de transição na vida do cliente e sua família e um grande desafio para a prática de enfermagem.