Browsing by Author "Palavra, Filipe"
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- Gestão das cefaleias em Portugal: consenso das Sociedades Portuguesas de cefaleias e neurologia, associação portuguesa de medicina geral e familiar e MiGRAPublication . Gil-Gouveia, Raquel; Parreira, Elsa; Martins, Isabel Pavão; Luzeiro, Isabel; Pereira, Raúl Marques; Plácido, Madalena; Palavra, FilipeAs cefaleias são uma causa significativa de incapacidade a nível global, com a enxaqueca a ocupar o segundo lugar entre as doenças com mais anos vividos com incapacidade. A maioria dos doentes com cefaleias, incluindo enxaqueca, podem e devem ser diagnosticados, tratados e acompanhados eficazmente nos cuidados de saúde primários. Isso não só reduz a incapacidade associada a estas patologias, mas também previne a progressão para formas crónicas ou o uso excessivo de medicamentos. A criação de uma rede eficiente de referenciação, envolvendo associações de doentes e profissionais de saúde além dos cuidados primários, é essencial para garantir o apoio necessário em casos mais complexos e para promover a saúde da população de forma ágil e atempada. Estas orientações para diagnóstico, terapêutica e referenciação resultam de um consenso entre a Sociedade Portuguesa de Cefaleias, Sociedade Portuguesa de Neurologia, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, e a MiGRA Portugal, associação portuguesa de doentes com enxaqueca e cefaleias. Este documento foi elaborado para capacitar todos os médicos a contribuir de forma eficaz no tratamento destas patologias.
- Intestinal mucosal alterations parallel central demyelination and remyelination: insights into the gut-brain axis in the cuprizone model of multiple sclerosisPublication . Ferreira, Carolina; Carvalho, Filipa; Vieira, Pedro; Alves, André; Palavra, Filipe; Almeida, Jani; Alves, Vera; Coscueta, Ezequiel; Pereira, Patrícia Dias; Pintado, Manuela; Sá, Helena; Castelo-Branco, Miguel; Reis, Flávio; Viana, SofiaBackground: The gut-brain axis has been increasingly recognized as a critical factor in Multiple Sclerosis (MS) pathophysiology. While its role in demyelination is well documented, gut-brain axis involvement during remyelination remains largely unexplored. Methods: Using the cuprizone (CPZ) model, which induces reversible demyelination and spontaneous remyelination upon toxin withdrawal, we investigated gut and brain changes during both disease stages in C57BL/6 mice. Animals were administered 0.2% cuprizone for 5 weeks to induce demyelination, followed by a 2-week recovery phase. Intestinal changes were evaluated through 1) gut microbiota profiling and metabolite production (short-chain fatty acids (SCFAs), indoxyl sulfate), 2) structural and barrier integrity via histology, mucus staining, and tight junction markers (ZO-1, occludin, claudin-5), 3) mucosal immunity through M1/M2 macrophage profiling and Th17/Treg ratios, and 4) expression of inflammatory and oxidative stress markers. Differences in brain demyelination/remyelination, gliosis and related molecular changes were determined using immunohistochemistry and real-time polymerase chain reaction (RT-PCR). Results: The demyelination peak was characterized by reduced abundance of SCFA-producing genus Akkermansia and Dubosiella, increased intestinal permeability at the level of the mucus layer and tight junction networks, and shifts in mucosal immunity toward a pro-inflammatory state characterized by M1 macrophages and Th17 cell expansion together with elevated levels of inflammatory cytokines (IL-17, IL-1?) and changes in oxidative stress-related enzymes (iNOS, HO-1, SOD1/2), all of which were partially reversed during the remyelination phase. Centrally, cuprizone-induced demyelination/remyelination and gliosis showed region-specific patterns. Neuroinflammation peaked during demyelination (TNF-?, IL-1?, IL-6, IL-17) and only partially resolved, suggesting that a balanced inflammatory response may aid remyelination. Conclusion: Our findings reveal that cuprizone-induced intestinal dysfunctions temporally parallel central nervous system (CNS) lesion dynamics, disclosing temporal coordination of both compartments and highlighting gut-brain axis impact on both disease stages.
- Serviços de Saúde em Cefaleias em Portugal – 2022: resultado de Inquérito pela Sociedade Portuguesa de CefaleiasPublication . Gil-Gouveia, Raquel; Oliveira, Renato; Delgado, Henrique; Palavra, FilipeIntrodução: Com o objectivo de otimizar os cuidados médicos prestados aos doentes com cefaleias em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Cefaleias (SPC) transpôs para a realidade portuguesa as recomendações europeias para organização dos serviços de saúde neste contexto. Nesse documento são calculadas as necessidades de recursos, em termos de serviços de saúde, para garantir um apoio efetivo e de qualidade a estes doentes quer a nível de cuidados de saúde primários, quer de cuidados diferenciados, estes atribuídos à especialidade de neurologia. Neste sentido, considerou-se necessário efetuar um levantamento relativo à oferta de serviços de saúde diferenciados em cefaleias existente em Portugal e à sua perspetiva de evolução, nos próximos anos, de forma a perceber se corresponde às necessidades estimadas. Métodos: Foi disponibilizado um inquérito online aos sócios da SPC e da Sociedade Portuguesa de Neurologia que caracteriza a oferta de serviços de saúde diferenciados em cefaleias. Resultados: Foram obtidas respostas de 52 médicos, pertencentes a 40 instituições, 24(59%) do sistema nacional de saúde, cobrindo adequadamente o território nacional exceto nas regiões do Alentejo e Algarve. A maioria dos centros tem consulta de cefaleias, 88% com médicos dedicados e 91% dispondo de técnicas avançadas de tratamento (bloqueios, toxina e anticorpos monoclonais). Na maioria destes centros há 1 ou 2 médicos atribuídos a esta função, oferecendo em média 169 consultas por dia útil – cada instituição oferece, em média, 20 consultas por semana. O tempo de espera para a consulta é superior a 3 meses em 65% dos centros do SNS, mas as consultas e tratamentos tem a duração e dispõem de recursos técnicos adequados. A maioria dos centros tem expectativa de aumentar a oferta nos próximos 2 anos. Conclusão: Muito embora com limitações condicionadas pelo método, podemos afirmar que existem um número de centros adequado para apoio diferenciado aos doentes com cefaleias em Portugal, no entanto com uma oferta inferior à necessária (cerca de 13%), condicionada sobretudo por escassez de tempo médico atribuído a esta função.
