Browsing by Author "Monteiro, Ana Filipa Prata Gouveia"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- #069 Recobrimento de Recessões: tunelização e enxerto de tecido conjuntivo subepitelialPublication . Dias, Cristiana Moura; Martins, David Miguel Simões e; Monteiro, Ana Filipa Prata Gouveia; Santos, Malta; Sousa, Manuel Correia; Marques, TiagoIntrodução: A manifestação clínica da recessão gengival é o deslocamento apical dos tecidos gengivais, tendo como referência a linha amelocementária (LAC), com consequente exposição da superfície radicular ao meio oral. A técnica de tunelização em conjunto com um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial tem sido descrita, ao longo das últimas décadas, como um procedimento de cirurgia plástica periodontal eficaz no recobrimento de múltiplas recessões gengivais adjacentes, classes I e II de Miller. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 27 anos, ASA I e não fumadora. O motivo da cirurgia deve-se à motivação da paciente para corrigir os defeitos estéticos e a hipersensibilidade dentinária, nos dentes 1.4 e 2.4. Foi diagnosticada com gengivite leve ou inicial induzida por placa (PI=15.6% e BOP=4,4%). Apresentava recessões classes I de Miller, de 2 mm em vestibular nos dentes 1.4 e 2.4. O plano de tratamento passou pela realização de fase higiénica e posterior realização de cirurgia plástica periodontal – Tunelização e Enxerto de Tecido Conjuntivo. A técnica de tunelização foi realizada segundo Zuhr. Após as incisões sulculares iniciais, as lâminas de tunelização foram usadas para incisar a mucosa bucal e fazer um retalho de espessura parcial. Este procedimento tem como objetivo criar um túnel contínuo, por baixo dos tecidos moles bucais, na área a ser intervencionada. A preparação do retalho foi estendida para dentro da mucosa e tecidos papilares adjacentes e foi cuidadosamente descolado, em espessura parcial, para que o retalho tenha suficiente mobilidade. Segundo Zucchelli et al obteve-se um enxerto gengival livre do palato duro que foi posteriormente desepitelizado. Por fim, o retalho e o complexo mucogengival foram avançados coronalmente e estabilizados na sua nova posição com uma técnica de sutura ancorada nas coroas dentárias. O complexo mucogengival é avançado e é estabilizado com uma técnica de sutura ancorada coronalmente. Discussão e conclusões: Pensa-se que o trauma oclusal, associado a uma escovagem traumática, poderão ter sido os fatores etiológicos das recessões gengivais nos destes 1.4 e 2.4. A técnica cirúrgica permitiu um recobrimento completo das mesmas recessões, um aumento da quantidade de gengiva queratinizada, uma melhoria do biótipo gengival, e acima de tudo, conseguiu-se tratar as queixas principais da paciente – defeitos estéticos e hipersensibilidade dentinária, associados às recessões gengivais.
- Cuidados de saúde oral aplicados a idosos institucionalizados dependentesPublication . Monteiro, Ana Filipa Prata Gouveia; Veiga, Nélio Jorge; Couto, Patrícia Sofia SoaresINTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde a população mundial está progressivamente mais envelhecida, sendo por isso, o processo de envelhecimento um novo desafio para a saúde pública contemporânea. Nesta faixa etária, as patologias orais mais frequentes são a cárie dentária e a doença periodontal que provocam perda dentária. Todas elas podem ser prevenidas ou tratadas através de consultas regulares ao Médico Dentista e tendo uma boa saúde oral. Em idosos dependentes, a higiene oral é da competência dos cuidadores, sendo necessário que estes possuam conhecimentos sobre as alterações orais que ocorrem, os fatores que predispoem as mudanças patológicas, bem como os cuidados de higiene oral adequados a estes pacientes. OBJETIVOS: Avaliar os conhecimentos sobre saúde oral dos cuidadores, enfermeiros e auxiliares de ação médica, de idosos institucionalizados dependentes. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico observacional transversal, com uma amostra de 52 cuidadores e 43 idosos de três lares do Distrito de Viseu. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de dois questionários: um auto-aplicado aos cuidadores, outro aplicado pelo investigador aos idosos. A análise estatística foi efetuada através do programa estatístico IBM SPSS Statistics 23®. RESULTADOS: A grande maioria dos cuidadores sabe o que é cárie dentária (32,6%) e placa bacteriana (83,3%). Cerca de 75,9% considera que se a gengiva sangra, deve haver um maior cuidado com a gengiva durante a escovagem. Relativamente aos idosos com poucos ou nenhuns dentes, higienizam a gengiva com compressa ou gaze (68,5%). Verificou-se que 92,6% fazem o descanso noturno da prótese- 38,9% realiza 1 vez por dia a higiene oral dos idosos dependentes, 51,9% utiliza escova e pasta dentífrica, 42,6% não utiliza nenhum complemento de higiene oral, 77,8% hidrata a cavidade oral uma vez por turno e 63% dos cuidadores refere não existirem protocolos de higiene oral nas suas instituições. CONCLUSÃO: Os lares de idosos não apresentam protocolos específicos para a higiene oral, no entanto os cuidadores possuem alguns conhecimentos de saúde e higiene oral, mas que não são específicos para idosos dependentes.