Browsing by Author "Martins, Jorge Miguel de Oliveira"
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- Abordagem médico‑dentária na Síndrome de Apneia Obstrutiva do SonoPublication . Martins, Jorge Miguel de Oliveira; Pereira, Ana Raquel; Grão, Rita Pimenta Martinho; Silva, Susana Paula Fernandes Machado da; Almeida, Carlos Ferreira deIntrodução: A síndrome de apneia obstrutiva do sono é uma patologia crónica caracterizada pela obstrução cíclica das vias aéreas superiores durante o sono, associada a sinais e sintomas de perturbação do mesmo. Esta patologia apresenta diferentes graus de severidade (leve, moderada e grave), sendo o diagnóstico efetuado tendo em conta o número de vezes que o paciente apresenta obstrução respiratória durante o período de uma hora. O tratamento pode ser realizado através de três abordagens: controlo comportamental, opções não cirúrgicas (pressão aérea positiva contínua e/ou dispositivos orais removíveis) e opções cirúrgicas. No âmbito da medicina dentária, esta patologia pode ser abordada com dispositivos removíveis de avanço mandibular ou dispositivos de retenção da língua. Este caso clínico teve como objetivo diminuir e comprovar a eficácia de um dispositivo removível de avanço mandibular na alteração da severidade da patologia, realçando a medicina dentária do sono como uma terapêutica alternativa nestes quadros clínicos. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, com 58 anos de idade diagnosticado com síndrome de apneia obstrutiva do sono moderada (28,7/h), foi encaminhado para consulta médico-dentária para realização de dispositivo de avanço mandibular - OrthoApnea®?. Foi realizada anamnese e exame físico, radiografias, status radiográfico, impressões bimaxilares e modelos em gesso, ceras de mordida e medição da amplitude dos movimentos de protrusão e lateralidades. O paciente foi acompanhado durante as consultas de controlo. Após 3 meses foi realizada novo estudo do sono tendo reduzido a apneia do sono obstrutiva para ligeira (7,8/h). Discussão e conclusões: A síndrome de apneia obstrutiva do sono quando não tratada pode diminuir a qualidade de vida do paciente de forma significativa, ou colocá-la em risco. A Medicina Dentária pode ter um papel muito importante na redução da frequência e intensidade de episódios através do reposicionamento mandibular, quando estejam reunidos os critérios para o uso dos dispositivos referidos. Conclui-se com este caso clínico que em situações clínicas que apresentem indicação para o uso deste dispositivo, ou em situações que o paciente não aceita outra das formas terapêuticas, o uso do mesmo apresenta-se como uma alternativa eficaz e funcional.
- Conhecimentos, opiniões e prática clínica de médicos e médicos dentistas relativamente à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e à roncopatiaPublication . Martins, Jorge Miguel de Oliveira; Silva, Susana Paula Fernandes Machado daIntrodução: A Medicina Dentária do Sono recorre a dispositivos intraorais para o tratamento da roncopatia e da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) no âmbito de uma abordagem multidisciplinar. Objetivo: Analisar conhecimentos, opiniões e prática clínica relativas ao diagnóstico e tratamento destes distúrbios segundo uma abordagem multidisciplinar. Métodos e Materiais: Para este estudo descritivo, observacional e transversal, foi realizado um questionário semiaberto em português e traduções para castelhano e inglês. Os questionários foram distribuídos a Médicos e Médicos Dentistas em papel e difundidos através da plataforma online Google Forms®. Os dados foram registados numa base de dados (Microsoft Excel®). Posteriormente, estes foram tratados estatisticamente utilizando o SPSS®, tendo sido considerado um valor de p < 0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram validados 415 (98,6%) questionários preenchidos: 56,9% de Médicos Dentistas e 43,1% de Médicos. A maioria destes profissionais possui conhecimentos básicos adequados sobre o tema. Quando os Médicos necessitaram de tratar a roncopatia e a SAOS, 81,3% escolheram pressão aérea positiva e 96,7% dos Médicos Dentistas escolheram dispositivos de avanço mandibular (p < 0,0005). 76,5% dos Médicos e 28,0% dos Médicos Dentistas concordaram ou concordaram totalmente que a formação académica que possuem é suficiente para tratarem estes distúrbios (p < 0,0005). 17,9% dos Médicos e 54,2% dos Médicos Dentistas concordaram ou concordaram totalmente que os Médicos Dentistas podem detetar, diagnosticar e/ou tratar a roncopatia e a SAOS (p < 0,0005). Conclusões: Apesar dos significativos desenvolvimentos nas últimas décadas, verifica-se a necessidade de melhorar a abordagem multidisciplinar, para que a deteção seja mais eficiente e o planeamento do tratamento dos pacientes seja o mais adequado. Estes profissionais demonstraram conhecimentos básicos adequados, mas não evidenciaram confiança suficiente para tratarem estes distúrbios. Assim, o desenvolvimento de formação adicional deve ser considerado a fim de superarem-se as lacunas observadas. XI Verificou-se que as opções de tratamento para estes distúrbios são diferentes entre estes profissionais.
- Medicina dentária do sono: uma realidade na prática clínica do médico dentista?Publication . Martins, Jorge Miguel de Oliveira; Almeida, Carlos Ferreira de; Carvalho, Ana Rita; Capucho, Filomena; Silva, SusanaObjetivos: Perceção internacional do impacto da Medicina Dentária do Sono através do estudo dos conhecimentos dos Médicos Dentistas relativos ao diagnóstico e tratamento da roncopatia e da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, da sua experiência clínica, bem como das opiniões destes profissionais sobre o tratamento multidisciplinar destas patologias. Materiais e métodos: Para este estudo correlacional por amostragem do tipo observacional, descritivo e transversal foi realizado um questionário semiaberto que, para além de elaborado em português foi traduzido para castelhano e inglês. A linguagem dos questionários foi previamente avaliada por uma especialista em linguística nos idiomas supracitados. Adicionalmente, dois Médicos Dentistas nativos em cada um dos referidos idiomas reviram os questionários e avaliaram as traduções. Estes incluíam questões relativas a: caracterização da amostra, prática clínica, conhecimentos teóricos e opiniões. Os questionários foram distribuídos aos referidos profissionais em papel e divulgados/difundidos através da plataforma online Google Forms®. Os dados foram analisados estatisticamente com recurso ao IBM® SPSS®, tendo sido utilizado um nível de significância de 5%. Resultados: Obtiveram? se 236 respostas válidas nos cinco continentes. 35,2% referiram ter formação/ certificação, após a graduação, relativa a estas patologias. A minoria (20,8%) afirmou integrar uma equipa multidisciplinar do sono. Quando necessitam de realizar terapêutica para estas patologias, a abordagem mais utilizada são os dispositivos intraorais removíveis de avanço mandibular. Na maioria das questões que aferiram os conhecimentos teóricos, estes profissionais responderam corretamente. A minoria (28,0%) dos Médicos Dentistas concorda ou concorda totalmente que a formação académica que possui é suficiente para realizar tratamento para estas patologias. Por outro lado, 54,2% dos elementos da amostra concordam ou concordam totalmente que os Médicos Dentistas podem detetar, diagnosticar e/ou tratar as referidas patologias. A maioria (69,5%) destes profissionais reconhece que o tratamento multidisciplinar num espaço clínico único é o mais adequado. Conclusões: Apesar do significativo desenvolvimento da Medicina Dentária do Sono ao longo das últimas décadas, existe uma clara necessidade de maior formação dos Médicos Dentistas de forma colmatar as lacunas e erradas conceções identificadas. Existe, também, a necessidade de maior integração destes profissionais nas equipas multidisciplinares do sono.