Browsing by Author "Martins, Helga Teixeira"
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- Angústia espiritual em pessoas com cancro submetidas a quimioterapia : estudo longitudinalPublication . Martins, Helga Teixeira; Berenguer, Sílvia Maria Alves CaldeiraIntrodução: O cancro é uma das primordiais causas de morbidade e mortalidade a nível mundial. Afeta as pessoas em todas as dimensões humanas: física, psicológica, social e espiritual. Em particular, na dimensão espiritual, o diagnóstico de enfermagem angústia espiritual está presente em 40,8% das pessoas com cancro submetidas a quimioterapia. Os cuidados de enfermagem têm uma visão holística, em que a dimensão espiritual deve ser considerada e o reconhecimento das necessidades espirituais dos doentes deve ser uma parte fundamental desses cuidados. Porém, ainda é fraca a evidência sobre o perfil do diagnóstico de angústia espiritual ao longo do tempo ou ao longo de uma condição de saúde particular. Objetivo: Determinar o valor da angústia espiritual em pessoas com cancro ao longo da quimioterapia. Metodologia: Estudo quantitativo, observacional, longitudinal em painel e prospetivo. A população do estudo é constituída por 332 pessoas com doença oncológica que foram submetidas a quimioterapia em regime de ambulatório, num hospital do sul de Portugal. A técnica de amostragem foi aleatória simples, atendendo aos seguintes critérios de inclusão: maiores de 18 anos; saber ler e escrever; realização de quimioterapia (oral, subcutânea, endovenosa) em ambulatório no Hospital de Dia; estádio da doença: I, II, III e IV; pessoas com cancro antes de iniciar o primeiro ciclo de quimioterapia. O processo de recolha de dados teve cinco cortes, especificamente, antes de iniciar quimioterapia, após três meses, seis meses, nove meses e 12 meses após o início da quimioterapia. O instrumento de recolha de dados foi um questionário composto por cinco partes: (1) caracterização sociodemográfica; (2) o estado clínico do participante; (3) Belief Into Action Scale; (4) Spiritual Distress Scale e (5) características definidoras do diagnóstico de enfermagem angústia espiritual da NANDA-Internacional. A recolha de dados decorreu entre fevereiro de 2019 e junho de 2020. A análise dos dados foi realizada através do software Statistical Package for the Social Sciences. O estudo foi aprovado e recebeu parecer positivo da instituição onde decorreu. Resultados: O estudo reuniu 332 participantes na fase inicial e 274 participantes no último corte, revelando atrito de 17,5%. A amostra inicial foi composta maioritariamente por mulheres 56,60 % (n = 188), idade média de 60,25 anos (Desvio Padrão (DP)= ± 11,73), e uma amplitude entre 22-83 anos. A maioria tinha uma filiação religiosa (93,70%, n = 311). O tipo de cancro mais frequente foi o cancro da mama (27,70%, n = 92). A angústia espiritual no decorrer no estudo alcançou o valor mais elevado nos três meses após o início da quimioterapia e foi decrescendo até aos 12 meses, no entanto, existe uma diferença estatística significativa entre os valores de angústia espiritual que são superiores ao fim de doze meses, comparando com o momento antes do início da quimioterapia. Não foi identificada diferença do valor de angústia espiritual entre géneros. Adicionalmente, identificou-se uma correlação negativa significativa entre a angústia espiritual e o envolvimento religioso. Conclusões: O diagnóstico de angústia espiritual é uma realidade nas pessoas com cancro O período mais delicado corresponde a valores mais elevados, nos primeiros três meses após o início de quimioterapia, mas os valores de angústia espiritual ao longo da quimioterapia são superiores à fase inicial. O envolvimento religioso pode ser benéfico para amenizar a angústia espiritual ou reduzir o risco. O conhecimento sobre o diagnóstico de enfermagem angústia espiritual numa perspetiva longitudinal permite aos enfermeiros anteciparem intervenções autónomas de enfermagem com o objetivo de favorecer o bem-estar espiritual, adequadas às respostas humanas avaliadas.
- Terapia da ferida por pressão negativa versus tratamento convencional em cirurgia vascular: uma revisão da literaturaPublication . Caiano, Daniela Orta; Mestre, Teresa Dionísio; Martins, Helga Teixeira; Vieira, João Vítor da Silva; Nunes, Ana Clara Pica; Ferreira, Rogério Manuel Ferrinho; Mestre, David MatiasIntrodução: A incidência de infeção no local cirúrgico [ILC] após cirurgia vascular é elevada e pode ter um resultado devastador. O tratamento convencional consiste na realização de um penso com função protetora, de modo a minimizar o risco de infeção. A utilização de Terapia da Ferida por Pressão Negativa [NPWT] em feridas cirúrgicas encerradas surge como um possível método que apresenta vantagens, em relação ao tratamento convencional no período pós-operatório. Objetivo: Determinar a eficácia na prevenção de infeção da ferida cirúrgica entre a utilização de NPWT e os métodos convencionais, nas pessoas submetidas a intervenções cirúrgicas vasculares. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura. Procedeu-se à pesquisa de artigos entre 2018 e 2022 nas bases de dados CINAHL Complete e MEDLINE Complete através da plataforma EBSCOhost. Foram identificados 93 artigos e após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, e analisada a qualidade metodológica, foram selecionados 6 artigos. Resultados: A análise demonstra menor taxa de infeção e complicações com o tratamento NPWT quando comparado ao tratamento convencional. O tratamento NPWT está associado a um menor custo, a maior qualidade de vida e à diminuição do tempo de internamento e reinternamento hospitalar, quando comparado com o tratamento convencional. Conclusão: Conclui-se que o tratamento NPWT é mais eficaz na prevenção de infeção na ferida cirúrgica do que o tratamento convencional, no contexto de cirurgia vascular.