Browsing by Author "Martins, Catarina"
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- Qualidade de vida e paralisia cerebral: a importância do trabalho e da famíliaPublication . Ferreira, Aires; Martins, Catarina; Ribeiro, CéliaA Paralisia cerebral (PC) trata-se de uma condição motora que provoca limitações no domínio da acção, atribuídas a lesões num cérebro em desenvolvimento (Rosenbaum et al., 2005). Pode ser acompanhada por distúrbios sensitivos, cognitivos, comunicativos, comportamentais e perceptivos (Martins, 2015). Pode, igualmente, afectar as competências funcionais, limitando a actividade e participação e, previsivelmente, a qualidade de vida (QV) de crianças e adultos. A QV pode ser definida como “a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações (OMS, 1994, p.28). O estudo da QV desta população permitirá conhecer os domínios específicos com necessidade de intervenção. Cinquenta e três adultos com PC (16-45 anos; M=36 Anos) participaram nesta investigação não experimental, de cariz quantitativo e transversal, seguindo uma via descritivocorrelacional. Para avaliar a QV, foi aplicado o World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL-Bref) (Canavarro et al., 2007). Todos os participantes foram classificados no Gross Motor Function Classification System (GMFSC). A relação entre as variáveis foi calculada através de testes de correlação de Spearman. O domínio que apresenta valores inferiores de QV é o do ambiente. Os inquiridos do sexo masculino, apresentam uma QV de vida mais elevada, no domínio físico, contudo, não se verifica uma diferença significativa. No domínio das relações sociais, as pessoas do sexo feminino apresentam índices de percepção de QV ligeiramente superiores. Foi encontrada uma correlação significativa negativa entre o nível de compromisso motor e funcional (GMFSC) e os níveis de QV especialmente nos domínios psicológico e das relações sociais. Ou seja, são os indivíduos de nível IV e V, ie, com dificuldades motoras significativas, que apresentam valores de QV inferiores. Os participantes com habilitações superiores apresentam uma QV mais elevada, nomeadamente nos domínios físico e psicológico. Nas pessoas casadas, que vivem em união de facto, ou em família, os dados obtidos apontam para uma QV superior nas relações sociais. A situação profissional influencia a QV: quem trabalha apresenta níveis superiores, em todos os domínios, em relação a quem está desempregado ou é pensionista. Os resultados podem ajudar a delinear estratégias de intervenção com adultos com PC de modo a promover a sua capacitação, independência e plena inclusão decorrendo, nomeadamente, dos dados relativos à influência do exercício de uma actividade profissional e do contexto familiar.
- As tecnologias de informação e comunicação no contexto de paralisia cerebral: a sua pertinência para o desenvolvimento da comunicação e da aprendizagemPublication . Oliveira, Sílvia; Ribeiro, Célia; Martins, CatarinaAs Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm sido utilizadas no processo de ensino e aprendizagem de crianças/alunos com Necessidades Educativas Especiais nomeadamente com Paralisia Cerebral (PC), com o intuito de potenciar a comunicação e a aprendizagem. O presente trabalho teve como objetivo verificar de que forma as TIC podem ser um contributo para o desenvolvimento da comunicação e aprendizagem em alunos com PC. Com uma metodologia mista (quantitativa e qualitativa), em que aplicámos um questionário a quarenta e seis professores e observámos dois alunos com PC em intervenções com recurso às TIC, foi possível concluir, em geral, que a maioria dos professores inquiridos recorre às TIC com frequência na sua prática pedagógica, concordam com o facto de estas contribuírem para a aquisição de aprendizagens, potenciarem o desenvolvimento da comunicação e facilitarem o processo de inclusão dos alunos com PC. Os dois alunos observados manifestaram-se mais motivados quando realizavam as atividades no computador, demonstrando maior autonomia no desempenho das tarefas. O computador assumiu também um papel relevante no desenvolvimento das capacidades psicomotoras.