Browsing by Author "Lopes, Ricardo Manuel Escada Pereira Raposo"
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- A diversidade de conflitos internos na América Latina : o narcotráfico e a insurgência : estudo comparativo entre o México e a Colômbia a partir do século XXPublication . Lopes, Ricardo Manuel Escada Pereira Raposo; Alves, André Azevedo; Samões, OrlandoA violência e a insegurança são conceitos cada vez mais populares e os seus actores são mais diversos e difíceis de identificar. A América Latina é um dos principais e tradicionais focos de violência no mundo, por vários motivos, de entre os quais se destacam os movimentos armados com objectivos políticos, as guerrilhas, e de poderosas redes de produção e tráfico de drogas à escala global. No entanto, estas ameaças, com que os Estados se debatem diariamente pela manutenção da paz nos seus territórios, assumem formas e comportamentos inesperados que podem conduzir a acções políticas ineficazes. Neste contexto, este trabalho seleccionou os dois conflitos mais prementes das sociedades latino-americanas, organizações de narcotráfico e movimentos guerrilheiros, frequentemente confundidos, com o objectivo de os distinguir, partindo das suas origens até aos nossos dias. Tal não seria possível sem uma personificação dos fenómenos, pelo que escolhemos os famosos cartéis mexicanos e a mais antiga guerrilha da América Latina, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Assim, este trabalho procura tirar partido de uma perspectiva comparativa entre os dois fenómenos, expondo pontos de convergência e divergência em vários domínios: relações com o Estado e com a sociedade civil, objectivos, recursos, entre outros, explicando, não só o porquê de serem confundidos, mas também propondo vários caminhos possíveis no sentido de os resolver. Assim, a investigação realizada procura demonstrar as várias facetas do fenómeno da violência, evidenciando que estes dois fenómenos, embora se comportem de forma, por vezes, similar, são distintos na sua origem e propósitos. Além disso, este trabalho promove um debate sobre as possíveis acções políticas no sentido de resolver estes conflitos, à luz da sua orgânica, historial e, sobretudo, à luz dos resultados positivos e negativos de políticas anteriores.
- Política e segurança : o crescimento do crime organizado no MéxicoPublication . Lopes, Ricardo Manuel Escada Pereira Raposo; Ramos, António Luciano Fontes; Duque, Raquel SantosA criminalização do comércio de drogas, tornando-a uma atividade ilícita, surgiu no início do século XX, liderada pelos Estados Unidos da América e ampliado, a nível internacional, através da Convenção Internacional do Ópio, de 1912. Cerca de cem anos mais tarde, o narcotráfico tornou-se numa atividade global que consegue fragilizar Estados, fortalecer criminosos que obtêm lucros avultadíssimos diariamente, criando problemas de segurança internacional. Perante este cenário, os Estados têm-se dividido sobre a melhor maneira de encarar esta ameaça, adotando diferentes políticas anti narcotráfico. O caso do México torna-se, neste contexto, evidente, dado o seu tradicional historial de violência e atividades ligadas ao narcotráfico, convertendo-se num excelente caso de estudo. Como compreender as políticas anti narcotráfico aplicadas neste país, ao longo de um século, e como atestar a sua eficácia? Para responder à questão anterior, é necessário entender que a disciplina de Relações Internacionais, área científica sobre a qual este trabalho incide, tem-se desenvolvido, em grande medida, através da criação de diferentes teorias explicativas da realidade, uma das quais a Escola de Copenhaga. Esta teoria construtivista, de um modo simples, afirma que, por nada ser exterior à interpretação humana, os atores políticos decidem encarar ou não um fenómeno como uma ameaça, o que faz com que, perante um certo fenómeno, haja uma enorme variedade de conceções a seu respeito. Além deste caráter subjetivo, esta linha de pensamento assume que as ameaças são tendencialmente regionais, uma vez que elas se manifestam mais rapidamente a curtas distâncias. Deste modo, este trabalho propõe-se a estudar, à luz da Escola de Copenhaga, a eficácia das políticas anti narcotráfico, no México, o que pressupõe igualmente a análise dos comportamentos dos seus vizinhos, mais concretamente dos EUA e da restante América Latina. O trabalho pretende concluir que o narcotráfico é uma ameaça construída, com significados distintos para os Estados intervenientes e que, por isso, não só não se obtém um consenso político, quanto à melhor forma de o combater, como também se exige cooperação e entendimento mútuos para atingir esse objetivo.
