Browsing by Author "Figueiredo, Andreia"
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- #038 Exodontia do dente 3.5 impactado em paciente odontopediátricoPublication . Oliveira, Miguel; Pereira, Ana; Braga, Rodrigo; Figueiredo, Andreia; Seabra, Mariana; Almeida, Bruno Leitão deIntrodução: A falta de espaço, devido à perda prematura de dentes decíduos com consequente ocupação do espaço, é uma causa frequente de dentes parcialmente e totalmente impacta- dos. A genética e os fatores ambientais, estão também incluídas nos fatores multifactoriais da erupção dentária, que pode ser afetada em qualquer fase de desenvolvimento. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 15 anos, ASA I, não fumadora, colaborante,compareceu à consulta de Cirurgia Oral na Clínica Universitária, encaminhada da área de odontopediatria. O dente 3.6 encontra-se mesializado devido a perda precoce do 7.5. Protocolo Clínico: Anestesia do nervo alveolar inferior, nervo bucal e nervo lingual; -Incisão a partir de distal do 3.6 com descarga em medial do 3.3;-Descolamento muco-periósteo;- Osteotomia em vestibular da coroa do dente até à linha amelocementária;- -Luxação;-Odontosecção vertical ao longo do eixo do dente até à linha amelocementária seguindo-se odontosecção horizontal da coroa;-Extração da raiz;-Curetagem do alvéolo;-Regularização óssea;-Compressão e hemostasia; -Sutura. Por fim, foi medicada com amoxicilina 1g e Ibuprofeno 400mg, de forma preventiva relativamente a possíveis infeções e com o objetivo de diminuir a inflamação no pós-operatório. Discussão e conclusões: Foram apresentadas as diferentes hipóteses de tratamento à doente e à responsável legal e estas decidiram que a melhor alternativa seria a exodontia do dente uma vez que não tinham possibilidades de recorrer ao tratamento ortodôntico descartando desde já as primeiras duas opções. É importante referir que o dente mantinha ainda alguma capacidade eruptiva, devido à idade da paciente e ao facto de a raiz ainda não estar completamente for - mada. A opção de manter o dente 3.5 foi também recusada, tendo em conta os riscos associados à manutenção do dente na sua localização ectópica. Optámos pela extração do dente de for- ma preventiva, visto que as restantes opções de tratamento foram descartadas pela doente e pela responsável legal. Se o dente fosse mantido poderiam ocorrer complicações como o desenvolvimento de um quisto, a reabsorção radicular da raiz dos dentes adjacentes ou a possibilidade de haver uma infeção local.
- #050. Gengivite ulcerativa necrosante aguda – relato de caso na consulta de odontopediatriaPublication . Vilaça, Maria Beatriz; Soares, Carolina; Gomes, Tatiana Rodrigues; Marques, Tiago; Seabra, Mariana; Figueiredo, AndreiaIntrodução: A gengivite ulcerativa necrosante aguda é uma infeção bacteriana, de caráter sazonal, definida por necrose gengival, sendo o seu diagnóstico maioritariamente clínico. Assim, é possível observar a presença de necrose interdentária, sangramento, odor fétido e formação de pseudomembrana. A nível geral, pode verificar‐se um estado febril, mau estar geral, adenopatias, desidratação e falta de apetite. Ocorre ocasionalmente em crianças entre os 6‐12 anos, sendo mais comum em jovens adultos. A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser caracteriza‐se por uma aplasia congénita dos 2 terços superiores da vagina, associada a um amplo espectro de anomalias uterinas. Na maioria dos casos, verifica‐se a presença de uma agenesia uterina simétrica ou assimétrica e a ausência completa ou hipoplasia marcada apenas das porções superiores e média da vagina. Descrição do caso clínico: T. P. S., paciente do género feminino, com 14 anos de idade, portadora da síndrome de Rokitansky, recorre à consulta de odontopediatria, encontrando‐se febril e referindo dor, mau estar geral e queixas álgicas à mastigação. Nega estar a tomar qualquer tipo de medicação. À observação intraoral, é visível placa bacteriana abundante, hiperplasia gengival, com envolvimento interproximal das papilas, as quais apresentam tecido necrótico pseudomembranoso. É notável o intenso hálito fétido. Dado o quadro clínico da paciente, prescreve‐se a associação de amoxicilina ácido clavulânico 875 mg/125 mg (12‐12 h) e metronidazol 250 mg (8‐8 h), a tomar 8 e 10 dias, respetivamente. Para alívio da sintomatologia, paracetamol 1 g e bochecho com clorexidina. É marcada nova para consulta 8 dias depois, para iniciar a fase higiénica. Após 3 semanas, a paciente encontra‐se totalmente recuperada. Discussão e conclusões: Verifica‐se a eficácia da associação de terapêutica antibiótica, acompanhada de analgésico e de um colutório, como intervenção inicial da patologia em questão. A remoção total do biofilme é imprescindível para o sucesso do tratamento da mesma. O controlo sazonal a posteriori contribui para a inexistência de recidivas ou, caso se confirme o retorno da mesma, para a progressão da patologia.
- #057 Tratamento interceptivo – a propósito de um caso clínicoPublication . Alves, Joana Paiva; Moreira, Telma; Seabra, Mariana; Figueiredo, AndreiaIntrodução: A mordida cruzada anterior, definida pela palatino?versão de um ou mais dentes anteriores maxilares, é um tipo de má-oclusão que pode ser corrigida de forma intercetiva se esta for diagnosticada quando estamos perante dentição mista. No que diz respeito à etiologia, a erupção palatina dos incisivos superiores, história de traumatismo nos incisivos decíduos e a presença de dentes supranumerários são algumas das situações que poderão dar origem a este tipo de mordida. Neste sentido, devemos intervir o mais precocemente possível, impedindo que esta anomalia permaneça e se consolide de forma esquelética. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, saudável, com 10 anos de idade, apresentou-se na Clínica Universitária da UCP. Após exame intra-oral, diagnosticou?se mordida cruzada anterior e posterior com classe I molar. A sua higiene oral era razoável. Por apresentar um dente cruzado (2.1), o motivo da consulta centrou?se no descontentamento face ao seu sorriso. Em concordância com os pais e a criança, decidiu? se proceder à realização de uma rampa em compómero (Twinky Star da Voco). O compómero foi o material de eleição, uma vez que permite escolher a cor deste mesmo, facilitando, posteriormente, a sua remoção. Deste modo, a rampa foi estabelecida no dente 3.1 com uma inclinação de 45o, de forma a que o dente 2.1 ocluísse na rampa e existisse uma desoclusão posterior. Discussão e conclusões: Neste caso clínico, foram realizadas duas consultas de controlo. Na 1.ª consulta, após uma semana, o dente já se apresentava descruzado, indicando o sucesso do procedimento executado. A segunda consulta de controlo foi realizada 3 semanas depois do início do tratamento. Sempre com vista a um melhor resultado estético e funcional decidiu?se permanecer com a rampa por mais umas semanas. O paciente estava visivelmente satisfeito com a aparência do seu sorriso. A rampa foi removida 6 semanas depois, período de tempo em que se considerou existir estabilidade do dente 2.1 na sua posição. Concluiu? se que a opção de tratamento eleita foi eficaz, segura, rápida e económica. O paciente notou uma melhoria significativa no seu sorriso, ficando feliz com o resultado obtido.
- #068. Medicamentos pediátricos e cárie: perceções e atitudes dos médicos de medicina familiarPublication . Monteiro, Débora; Antunes, Cláudia; Figueiredo, Andreia; Seabra, Mariana
- #098 Conhecimentos dos professores das escolas de Viseu relativamente à saúde oral infantilPublication . Albuquerque, Ana Teresa; Figueiredo, Andreia; Seabra, MarianaObjetivos: As doenças orais, tão frequentes nas crianças em idade escolar, são na sua maioria suscetíveis de prevenção. Uma vez que as crianças passam grande parte do seu tempo nas escolas, este é o local ideal para o desenvolvimento e implementação de programas educativo?preventivos. Os professores, pela sua relação de proximidade com os alunos, assumem um papel essencial na promoção e educação para a saúde oral, podendo contribuir para a adoção de comportamentos saudáveis que se perpetuarão para o resto da vida. No entanto, para que se tornem agentes promotores de saúde eficazes, é necessário que possuam conhecimentos na área. O objetivo deste estudo foi, por isso, caracterizar os conhecimentos dos docentes no âmbito da saúde oral. Materiais e métodos: Estudo descritivo, observacional, transversal realizado com 475 docentes dos Agrupamentos de Escolas e Colégios privados de Viseu. Os dados foram recolhidos através de um questionário online que permitiu caracterizar os conhecimentos relativamente à saúde oral. Resultados: A amostra revela que apenas 6,7% dos professores realizou formação em saúde oral. 89,7% reconhece ser importante estar envolvido na saúde oral das crianças. Os educadores de infância e professores do 1.º ciclo são os mais vigilantes em relação à higiene oral dos seus alunos, revelando maior conhecimento na área (p<0.001). 75,9% dos professores não inclui a higiene oral na rotina diária escolar apresentando a falta de condições e de recursos humanos como principais motivos. Os docentes que lecionam em escolas em meio rural têm maior perceção conhecimento e melhores práticas relativamente à higiene oral (p<0.05). Os professores que mostram maior consciencialização relativamente ao número de escovagens de dentes diária e à importância da higienização antes de deitar são os que possuem formação em higiene oral (p<0.05). A maioria dos docentes não possui conhecimento relativamente à quantidade adequada de flúor, idade com que se deve começar a utilizar o fio dentário, momento adequado para a primeira visita ao médico dentista e frequência de consultas. Conclusões: Existe um défice de conhecimentos por parte dos professores relativamente à saúde oral das crianças. Para que exerçam adequadamente o seu papel como agentes promotores de saúde oral, é crucial aumentar a sua literacia na área, através da realização de ações de formação contínua.
- #102. Medicina dentária e saúde oral na gestação – estudo pilotoPublication . Antunes, Cláudia Benatru; Monteiro, Débora; Figueiredo, Andreia; Seabra, MarianaObjetivos: Na gravidez ocorrem grandes alterações hormonais e fisiológicas que condicionam a saúde oral. O tratamento dentário na gestação requer algumas considerações especiais: a American Academy of Pediatric Dentistry recomenda que todas as grávidas consultem o seu médico dentista durante o 1.° trimestre. Os objetivos deste trabalho foram verificar se existe promoção da saúde oral e aconselhamento à grávida no período pré‐natal, e avaliar a autoperceção das grávidas sobre saúde oral e tratamento dentário na gestação. Materiais e métodos: Realizou‐se um questionário a 30 gestantes, seguidas no Serviço Nacional de Saúde, inseridas nos 3 trimestres de gestação. Os dados foram recolhidos nos 3 primeiros meses de 2016, na Unidade de Saúde Grão Vasco, em Viseu, e num consultório privado em Cabeceiras de Basto. Para análise estatística, recorreu‐se ao SPSS Statistics (21.0, IBM®, EUA). Resultados: Oitenta e nove por cento não realizou uma consulta com o médico dentista antes de engravidar, sendo que 45% referiu «não ter pensado nisso». Noventa por cento estavam informadas acerca do direito da utilização de cheque‐dentista, contudo apenas 44% o tinha utilizado até ao momento do questionário. Setenta e sete por cento não recebeu informação sobre saúde oral e gravidez durante a gestação. Sessenta por cento referiu que se deve escovar os dentes logo após um episódio de vómito. Noventa por cento considerou perigoso a realização de exames radiográficos e 63,3% o uso de anestesia local nos tratamentos dentários em mulheres grávidas. Apenas 7% das grávidas referiu que a cárie é transmissível (mãe/filho). Quarenta e três por cento considerou que infeções orais podem estar relacionadas com problemas gestacionais. Sessenta por cento consideraram que existem alterações negativas na saúde oral durante a gravidez, sendo que a totalidade destas referiu sentir as gengivas inflamadas e dor ao escovar, 66,7% o surgimento de sensibilidade dentária, 33,3% maior incidência de cáries, 20,2% surgimento de perimólise e 11,1% surgimento de mobilidade dentária. Existe uma relação significativa entre a utilização de elixir/colutório e a autoperceção de aparecimento de erosão (p = 0,025), sendo que as que realizavam bochechos não apresentam tendência a referir aparecimento de erosão. Conclusões: Existe um défice de consciencialização por parte das gestantes acerca de cuidados de saúde oral. É importante apostar em programas de promoção e prevenção de saúde oral que instruam as grávidas e transmitem recomendações especiais a adotar no período gestacional.
- #132 Projeto "Pequenos Grandes Sorrisos”: um projeto social e comunitário no concelho de ViseuPublication . Figueiredo, Andreia; Silva, Liliana Sena; Oliveira, Daniela; Oliveira, Miguel; Veiga, Joana; Seabra, MarianaObjetivos: Caracterizar a população das crianças institucionalizadas e acompanhadas pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho de Viseu, avaliar as rotinas de higiene oral praticadas nas instituições, calcular o índice CPOD e/ou cpod por criança, quantificar a necessidade de tratamento para cada criança e sensibilizar as instituições sobre a importância da saúde oral nas crianças e das visitas regulares ao Médico Dentista para uma melhoria significativa da qualidade de vida das mesmas. Materiais e métodos: Estudo do tipo observacional, descritivo e transversal. Foi feita a análise do estado de saúde oral das crianças e jovens incluídos no projeto e realizados os tratamentos necessários. Resultados: Foram avaliadas 151 crianças e jovens e realizadas 605 consultas. Todas as crianças e jovens das instituições Lar de Sto António, Lar de S. José e CAT foram tratadas. Foram tratadas também 25 crianças e jovens sinalizados pela CPCJ. O índice CPO das crianças e jovens da CPCJ é significativamente superior àquele das crianças institucionalizadas e as necessidades de tratamento são também bastantes superiores (em número por criança e em complexidade). Relativamente aos hábitos de higiene, é notório que quer as crianças das instituições, quer aquelas acompanhadas pela CPCJ não têm os hábitos corretos de higiene oral, lavam sem supervisão de um adulto e com os recursos desadequados, particularmente o teor em flúor da pasta e uso de fio dentário. Ao contrário do que seria expectável, o estado de saúde oral dos pacientes da CPCJ revelou?se bastante mais precário do que o das crianças institucionalizadas. Conclusões: As crianças e jovens que estão entregues às suas famílias, mas sinalizadas e acompanhadas pela CPCJ, são pacientes mais carentes de tratamentos do foro médico dentário do que aquelas entregues à guarda do Estado. Estas famílias, muitas vezes desestruturadas e multiproblemáticas, deveriam ter mais apoio no âmbito da Medicina Dentária assistencial. Este projeto, como muitos outros, reveste? se de grande importância, para que estas crianças, estas famílias e instituições tenham acesso a cuidados médico?dentários e que estes pacientes e cuidadores sejam instruídos a bons hábitos e rotinas de saúde oral.
- #133 Avaliação da saúde oral das crianças institucionalizadas em ViseuPublication . Silva, Liliana Sena; Oliveira, Catarina Fernandes; Ferreira, Letícia; Santiago, Mariana; Figueiredo, Andreia; Seabra, Mariana
- #151 Poderá o ambiente familiar e escolar predizer os hábitos de uma criança?Publication . Vilaça, Maria Beatriz; Soares, Carolina; Seabra, Mariana; Figueiredo, AndreiaObjetivos: Perceber qual a relação entre o ambiente em que a criança está habitualmente inserida durante o dia e os seus hábitos alimentares, bem como com os seus hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo e transversal, com recurso a uma amostra de conveniência, tendo- se obtido o maior número possível de crianças dos 0 aos 6 anos, que frequentavam a consulta de saúde infantil da USF Rio Dão, Santa Comba Dão – Viseu, entre Outubro de 2016 e Fevereiro de 2017. Foi aplicado um questionário ao responsável de cada criança, o qual incluía dados do inquirido e da criança. Foi entregue a cada tutor uma declaração de consentimento informado. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da instituição proponente e pela instituição pública onde os dados foram recolhidos. Para o processamento e análise dos dados, recorreu- se ao programa Statistical Package for the Social Sciences®. De forma a ser possível verificar a existência de relações significativas entre duas variáveis qualitativas, foi aplicado o teste Qui Quadrado ou a correção de continuidade. Em todos os testes, utilizou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi constituída por 111 crianças, sendo que 73,9% (n=82) ficavam na creche/escola e 26,1% permaneciam em casa. Das 29 crianças que ficavam em casa, a maioria, 79,3% (n=23) estava ao cuidado dos pais. A maioria das crianças que estavam integradas na creche/escola (65,9%) frequentava a mesma entre há 2 e 4 anos. Apenas 11,0% frequentava a escola há 5 ou mais anos. O local onde a criança permanece durante o dia apresentou- se significativamente relacionado com o facto da criança mamar (p=0,000), comer com talheres (P=0,000) e com a forma como bebe os líquidos que não o leite (p=0,034). O modo de acolhimento da criança também apresentou uma relação significativa (p=0,013) com o facto da criança já ter usado chupeta. Conclusões: A maioria das crianças que mamava estava em casa e não usava chupeta nem nunca usou, enquanto a esmagadora maioria que estava na creche usava/usou chupeta, sugerindo a relação entre o uso da chupeta e variáveis de natureza psicoemocional inerentes à adaptação da criança a um meio desconhecido. A maior parte das crianças que estava na creche comia com talheres e utilizava apenas o copo/caneca para beber os líquidos que não o leite, o que parece sinalizar uma maior tendência para a autonomização em contexto escolar por oposição ao ambiente familiar.
- #171 Avaliação do perfil nutricional dos boiões e saquetas de fruta infantisPublication . Rocha, Anne; Seabra, Mariana; Figueiredo, AndreiaObjetivos: Entre os 4 e os 6 meses de vida dos bebés começa a chamada fase de ´diversificação alimentar´ no qual são incorporadas novas texturas e sabores na dieta infantil. Os primeiros alimentos a ser introduzidos são os legumes e a fruta. A ingestão excessiva de hidratos de carbono nesta fase pode desencadear problemas de saúde tais como a obesidade, diabetes, cárie dentária, o que demonstra a importância de analisar os boiões/saquetas de fruta dados a crianças como opção de lanche, em substituição de uma peça de fruta. O objetivo deste estudo consiste em avaliar as tabelas nutricionais de boiões/saquetas de fruta industriais comercializados para crianças/bebés e disponíveis nas grandes superfícies em Portugal. Materiais e métodos: Toda a informação foi recolhida fisicamente e online em cinco superfícies comerciais portuguesas (Continente®, Pingo Doce®, Lidl®, Jumbo® e Celeiro®). Foi criada uma base de dados em Excel® com as tabelas nutricionais dos 139 boiões diferentes de frutas encontrados, que pertenciam a 12 marcas distintas. Resultados: A quantidade de açúcar nos boiões avaliados foi extremamente díspar (entre 7,8 e 20,2g para uma embalagem de 100g), sendo que nenhum dos 139 produtos analisados foi classificado como tendo baixo teor de açúcar (≤ 5g /100g). A ingestão de açúcar diária de uma criança de 1?2 anos não deve ultrapassar as 90kcal/dia, sendo que o boião que apresentou menor conteúdo calórico contém 43kcal. Os boiões de fruta com biscoito/bolacha ou banana são os que têm valores mais altos de açúcar e o conteúdo em sal é elevado quando os boiões contêm biscoito/bolachas ou cereais. Conclusões: Apesar de serem apresentados aos pais como saudáveis, estes boiões de fruta industrializados deveriam ser dados apenas de forma esporádica e não como substituição da porção de fruta diária pelo alto teor de açúcar que contêm. É importante realçar a necessidade imperiosa de ler e interpretar as tabelas nutricionais presentes nos rótulos destes boiões.