FCS - Contribuições em Revistas Científicas / Contribution to Journals
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Browsing FCS - Contribuições em Revistas Científicas / Contribution to Journals by Author "Calheiros, António"
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- De que tempo se faz a relação entre a dromocracia e a democracia?Publication . Duque, Eduardo; Calheiros, AntónioA constante presentificação dos diferentes aspectos das sociedades hodiernas remete-nos para um tempo eterno e indiferenciado, a-histórico na sua manifestação e homogéneo na sua vivência. Está a estruturar-se uma nova cultura, onde a inovação, a instantaneidade e o efémero moldam a vontade humana, de acordo com as exigências colocadas pela atual economia de mercado. Uma economia de mercado cada vez mais em confronto com os fundamentos do Estado Direito Democrático. As atuais dinâmicas societais colocam uma contradição gritante no modo de relacionamento e funcionamento entre mercado e democracia. Às sociedades cada vez mais complexas, dinâmicas, conflituosas e carentes de respostas rápidas e eficazes, contrapõe-se um sistema que se exige participativo e assente em consensos alargados. Por isso mesmo, não nos propomos aqui apresentar uma solução global, integrada e sustentável. Tentaremos, isso sim, elencar os aspetos mais relevantes destes dois universos, com o escopo de apresentarmos algumas propostas que possam contribuir para impedir a recessão económica a que estamos a assistir.
- Movimentos e mobilizações sociais: originalidade e desafiosPublication . Duque, Eduardo; Calheiros, AntónioA crise na União Europeia e os programas de austeridade subsequentes fizeram emergir uma miríade de movimentos sociais, diversos na sua natureza e nos seus propósitos. O que se pretende aferir neste artigo é a relação e a conexão existentes entre o Estado, o poder económico, a sociedade civil e os movimentos sociais neste contexto específico de crise. Procuraremos, nesta breve abordagem, explanar alguns elementos de originalidade intrínsecos aos movimentos sociais hodiernos, patentes na sua forma de participação e organização, assim como aplicar estas questões teóricas relevantes ao contexto português. A parte empírica, dada a escassez de estudos de caso existentes, será apoiada no último inquérito do European Social Survey, de 2012. Analisando um conjunto de perguntas aí explícitas, podemos compreender, de forma indirecta, algumas das dinâmicas que caracterizam estes movimentos.
- Questões éticas subjacentes ao trabalho de investigaçãoPublication . Duque, Eduardo; Calheiros, AntónioOs fundamentos éticos da pesquisa social incidem, basicamente, sobre o processo e a aplicação da investigação. Intimamente associadas a estas duas etapas, sequenciais e holísticas, temos as questões relacionadas com a integridade da ciência, a integridade do investigador e a responsabilidade social. É sobre o processo e a aplicação da investigação, relacionados com estes aspetos conexos e transversais, como os aspetos que devem ser observados na integridade do investigador, as condições necessárias à integridade da ciência bem como a responsabilidade social do próprio investigador que pretendemos, de seguida, refletir. Podemos concluir que, como princípio ético enformador da sua conduta, o investigador, deve orientar a sua investigação no sentido de promover os valores da liberdade, da segurança individual, da diversidade, da equidade e da solidariedade, ajudando a encontrar e a cimentar um quadro institucional exigente, democrático e colaborativo, que garanta o respeito pelos direitos humanos, o primado da lei no plano internacional, a democracia e a participação dos cidadãos na causa pública. Deve também, numa regulação ao serviço do cidadão, fomentar as atividades empresariais que respeitem os princípios da responsabilidade, eficácia e subsidiariedade.
- Regionalização, desenvolvimento e governânciaPublication . Duque, Eduardo; Calheiros, AntónioO discurso sobre a regionalização não pode ser dissociado quer dos princípios que a justificam, quer dos modelos propostos para a sua concretização. Ainda que não se constitua como condição sine qua non para a sua concretização, a regionalização tem favorecido os processos de desenvolvimento e promovido a democracia representativa. O desenvolvimento endógeno, tal como é hodiernamente entendido, deve atender às dimensões físicas, económicas, sociais, culturais e ambientais presentes num determinado território, pugnando sempre por uma redistribuição espacial do investimento, como meio de se atingir a tão almejada coesão territorial, sem a qual não é possível a coesão social. Este mesmo modelo, porque endógeno, quer-se participativo. Neste sentido, quando associada à regionalização, a democracia representativa assume-se como um factor de desenvolvimento. Assim sendo, a regionalização favorece a democracia participativa, em virtude de permitir a aproximação dos serviços públicos aos eleitores e, através do voto, legitimar e responsabilizar o poder político. Tal facto permite o reforço dos direitos dos cidadãos, a descentralização dos poderes e o combate à burocracia.
- Trabalho, igualdade e inclusividade na pós-modernidadePublication . Duque, Eduardo; Calheiros, AntónioCom o presente artigo pretende-se reflectir sobre a relação existente entre o trabalho, a utopia da igualdade e a inclusividade. Esta reflexão, porém, terá de ser enquadrada no contexto histórico e conceptual que estruturou e a ajuda a explicar. Pretende-se uma abordagem analítica que cruze diacronicamente os valores da pós modernidade e as actuais práticas do mundo laboral. Chega-se à conclusão de que a relação atrás referida está profundamente eivada pelos valores da pós-modernidade. O interesse e o discurso ideológico criam narrativas pretensamente fortes e coesas, mas, porque estruturadas numa cultura fragmentada, estão sujeitas à desconstrução e às metanarrativas. A pesquisa aqui realizada explica a “inevitabilidade” do passado, enfatizando as opções e os percursos escolhidos, e denuncia as práticas do presente, tomando como referência os horizontes da cidadania e a aposta na sociedade do conhecimento como a panaceia para a inclusividade. Trata-se de um discurso desfasado da realidade e que está longe de colocar o serhumano no centro das preocupações políticas.
