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During the 2008 subprime crisis, central banks took unprecedented measures to restore financial markets. In an effort to boost the Eurozone economy, the ECB introduced the Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO) to stimulate bank lending to the real economy. In this dissertation, using proprietary data from the Bank of Portugal, we show that the TLTRO intervention is positively related with an increase in credit granted to Portuguese firms. Nevertheless, these funds were transmitted to the economy mainly during the last three days of the month and through credit lines, which are riskier, given the lower credit worthiness of borrowers. We empirically confirm this fact, given the higher default rate ex post. We also find that companies held less cash after the TLTRO injection. However, the impact of these injections depends, to a great extent, on a company’s marginal value of cash, where we find that highly levered firms increased their cash holdings, as opposed to less levered firms. Finally, we show that, after the ECB´s liquidity injection, Portuguese companies decreased their investments and instead used the extra funds as a liquidity buffer. Overall, we provide evidence on two previously undocumented effects of the ECB’s Targeted Longer-Term Refinancing Operation: banks provided riskier loans and borrowers did not use the funds for investment purposes.
Durante a crise de 2008, os bancos centrais tomaram medidas inéditas de modo a estabilizar os mercados financeiros. Num esforço para melhorar a economia da Zona Euro, o BCE introduziu as Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO), com o fim de estimular a concessão de crédito à economia. Nesta dissertação, usando dados confidenciais do Banco de Portugal, mostramos que a intervenção das TLTRO está positivamente correlacionada com a concessão de crédito a empresas portuguesas. Contudo, estes fundos foram transmitidos para a economia essencialmente durante os últimos três dias do mês e através de linhas de crédito, sendo mais arriscados, dado a menor qualidade de crédito dos devedores. Empiricamente, confirmamos este facto, tendo em conta a taxa de incumprimento superior ex post. Descobrimos ainda que as empresas mantiveram menos dinheiro em caixa, após as injeções das TLTRO. No entanto, o impacto destas injeções depende, em grande medida, do valor marginal do dinheiro para as empresas, onde concluímos que empresas muito alavancadas aumentaram as suas reservas de dinheiro, ao contrário de empresas menos endividadas. Finalmente, mostramos que, após as injeções de liquidez do BCE, as empresas portuguesas diminuíram o seu investimento, tendo antes usado os fundos como almofada de liquidez. No geral, encontramos provas que, na economia portuguesa, as operações de liquidez do BCE não estimularam a economia real por duas razões: os bancos providenciaram empréstimos mais arriscados e os devedores não usaram os fundos para efeitos de investimento.
Durante a crise de 2008, os bancos centrais tomaram medidas inéditas de modo a estabilizar os mercados financeiros. Num esforço para melhorar a economia da Zona Euro, o BCE introduziu as Targeted Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO), com o fim de estimular a concessão de crédito à economia. Nesta dissertação, usando dados confidenciais do Banco de Portugal, mostramos que a intervenção das TLTRO está positivamente correlacionada com a concessão de crédito a empresas portuguesas. Contudo, estes fundos foram transmitidos para a economia essencialmente durante os últimos três dias do mês e através de linhas de crédito, sendo mais arriscados, dado a menor qualidade de crédito dos devedores. Empiricamente, confirmamos este facto, tendo em conta a taxa de incumprimento superior ex post. Descobrimos ainda que as empresas mantiveram menos dinheiro em caixa, após as injeções das TLTRO. No entanto, o impacto destas injeções depende, em grande medida, do valor marginal do dinheiro para as empresas, onde concluímos que empresas muito alavancadas aumentaram as suas reservas de dinheiro, ao contrário de empresas menos endividadas. Finalmente, mostramos que, após as injeções de liquidez do BCE, as empresas portuguesas diminuíram o seu investimento, tendo antes usado os fundos como almofada de liquidez. No geral, encontramos provas que, na economia portuguesa, as operações de liquidez do BCE não estimularam a economia real por duas razões: os bancos providenciaram empréstimos mais arriscados e os devedores não usaram os fundos para efeitos de investimento.
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Keywords
TLTRO Liquidity injection Risk-taking Cash holdings Corporate investment Injeção de liquidez Tomada de risco Tesouraria Investimento corporativo
