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O ano de 1929 congrega como acaso e fortuito sinal o nascimento de George Steiner e o passamento de Aby M. Warburg. Ambos judeus e com uma formação humanista de primor, estes dois pensadores e estetas são, na sua mais legítima identidade, supremamente iluminados por um constante desejo de questionar os paradoxos da limitação e da infinitude que regem os comportamentos e acções humanos nas suas relações com as artes e a história, a filosofia, a ciência, a técnica, a antropologia, a iconografia, em diálogo ininterrupto entre a transcendência e a imanência.
O entendimento amoroso que tanto Warburg como Steiner estabelecem com o objecto artístico e em sua presença, a qualificada paixão que devotam à actividade de pensar o plano estético, indissociável de uma pedagogia das “boas vizinhanças” e acertada passo a passo, confere-lhes um estatuto de mediadores entre a travessia dilacerante e extática de culturas nas suas mais arcaicas, ritualísticas e mágicas manifestações - sem que delas jamais a reflexão sobre a função da técnica esteja alheada -, e o imponderável jogo de reconhecer aquilo que, sendo rememorar e esgaravatar, possa aliar-se como novo à representação de uma realidade em curso, mutável no seu andamento e atordoamento.
Description
Keywords
estética temporalidade Steiner Warburg performativo intermedial
Citation
MENDES, Anabela - Estará o divino nos recortes e nos pormenores? : a questão da mobilidade em George Steiner e Aby M. Warburg. In O pensamento tornado dança : estudos em torno de George Steiner. Lisboa : Roma Editora, 2009. ISBN 978-972-8063-34-2