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A polarização identitária e o desafio das migrações na interseção com o género: questões de integração e discriminação em duas gerações de mulheres nepalesas

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Os imigrantes dos países em desenvolvimento chegados à Europa beneficiam menos diretamente da economia das plataformas e assistem com maior frequência a uma crescente precarização e desqualificação das suas ocupações, ao mesmo tempo que uma fatia significativa desses imigrantes procura ajustar-se àquilo que Ambrosini (2021, 2022) designou por “economias morais baseadas no merecimento” – ou numa crescente polarização e distinção entre imigrantes “merecedores” e “não-merecedores” de documentação. Do ponto de vista territorial, em países de destino como Portugal, os imigrantes também são confrontados com regimes migratórios locais em ambientes urbanos que, muitas vezes, diferem dos regimes migratórios locais emergentes em localizações rurais (Cabral e Swerts, 2021). Simultaneamente, a chamada “feminização da migração” tornou-se uma realidade inescapável. Partirei de questões teóricas sobre integração (Penninx, 2019), migrações e discriminação de género (Timmerman, Fonseca, Van Praag e Pereira, 2018; Ruyssen e Salomone, 2018), juntamente com uma análise da migração feminina internacional nepalesa (Banco Mundial, 2022; Borelli, 2022; Shrestha, 2022; Chaudary, 2020). O meu objetivo será responder à seguinte pergunta de investigação: como definir uma integração bem-sucedida e avaliá-la considerando critérios específicos como as capacidades das mulheres, mas também contrastando-a com experiências de discriminação operacionalizadas e narradas pelas migrantes nepalesas das duas gerações entrevistadas? Operacionalizo os conceitos-chave mais relevantes envolvidos – como as principais formas de discriminação feminina migrante (Índice SIGI da OCDE; Honneth, 1992), as competências e capacidades (Nussbaum, 2000, 2014) das migrantes nepalesas e aquilo que considerarei como descritores de uma integração migrante bem-sucedida (Pereira, 2022). Esta é uma investigação qualitativa, combinando a observação participante, o diário de campo e o método etnográfico com entrevistas semiestruturadas de 1h30m a 20 mulheres migrantes nepalesas da 1ª geração em Portugal e 10 mulheres nepalesas da 2ª geração em Portugal, todas maiores de 18 anos. Descrevo, em detalhe, os resultados obtidos e os impactos do meu projeto (introduzindo um modelo para objetivos de curto e longo-prazo, de acordo com os procedimentos de intervenção da Fundação Porticus para pessoas em movimento). Concluo discutindo a novidade e as implicações futuras das minhas contribuições.
I will start with theoretical questions about migrations, modernity, gender discrimination and Nepali international female migration. My main goal is to answer the following research question: how can we define a successful integration and evaluate it, while pondering experiences of discrimination operationalized and narrated by Nepali female migrants from the two generations interviewed? I operationalize the most relevant key concepts involved – such as the main forms of female migrant discrimination, the skills and abilities of Nepali migrants, and what I will consider as descriptors of a successful migrant integration. This is a qualitative investigation, combining participant observation, field diary and ethnographic method with semi-structured interviews (1h30m) to 20 1st generation Nepali female migrants and 10 2nd generation Nepali female migrants in Portugal. I describe, in detail, the results obtained and I conclude by discussing the novelty and future implications of my contributions.

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Mulheres migrantes nepalesas Discriminação Integração Capacidades Nepali female migrants Discrimination Integration Capabilities

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