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São Jerónimo, Santo Agostinho e Orósio de Braga perante o ocaso de Roma Aeterna
dc.contributor.author | Bolinhas, Inês | |
dc.date.accessioned | 2024-09-25T10:13:09Z | |
dc.date.available | 2024-09-25T10:13:09Z | |
dc.date.issued | 2021 | |
dc.description.abstract | Na noite de 24 de Agosto de 410, Roma é tomada de assalto pelos soldados de Alarico; estes semeiam o caos e o terror durante três noites e três dias. O facto abisma os cidadãos do Império e suscita reacções por parte das mais destacadas figuras da época. As investidas das tribos germânicas são cada vez mais fortes; pressente-se a queda de Roma, sem se vislumbrar um futuro claro. Santo Agostinho ensaia a sua primeira interpretação acerca daqueles tempos conturbados em cinco sermões, redigidos entre 410 e 411, sendo o mais conhecido deles De excidio Vrbis. Seguir-se-á De Civitate Dei, composta de 413 a 426. Na Palestina, São Jerónimo interroga-se sobre o significado e implicações do ataque do Rei Godo. As cartas 123 e 127 e o Commentarii in Ezechielem testemunham o choque, a amargura, bem como o pessimismo quanto ao porvir. Vindo de Bracara Augusta, capital da Galécia, tomada pelos Suevos em 409, Orósio contribui para a reflexão. Chega junto de Agostinho em 414 e (enviado pelo Hiponense) junto de Jerónimo em 415. Até 417, elabora a sua Historiae Adversus Paganos, obra amplamente difundida nos séculos seguintes. Nesta comunicação, mostramos o que une e o que afasta os três intérpretes na sua leitura. Estimam a Roma Aeterna; une-os a tristeza perante os factos dramáticos. Distingue-os, no entanto, o entendimento da relação entre Roma e o Cristianismo. Para São Jerónimo, a sobrevivência do Império assume importância vital para a continuidade da religião cristã. Santo Agostinho tem outra leitura; afirma que o Cristianismo continuará após a morte de Roma, independentemente de quando esta acontecer. Orósio, à semelhança de Agostinho, empenha-se em mostrar que a fragilidade de Roma não resulta do abandono do culto aos deuses do panteão tradicional. O Presbítero Bracarense tem por destinatários os pagãos e, embora frise que o Verbo escolheu nascer em Roma, razão pela qual este Império assume particular importância no plano providencial, empenha-se em pôr a claro que a leitura histórica dos acontecimentos depende da posição e da identidade do seu narrador. | pt_PT |
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dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.14/46695 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | yes | pt_PT |
dc.title | São Jerónimo, Santo Agostinho e Orósio de Braga perante o ocaso de Roma Aeterna | pt_PT |
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oaire.citation.conferencePlace | Santiago de Compostela, Spain | pt_PT |
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oaire.citation.title | Congreso Internacional La Escatología Medieval | pt_PT |
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