| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 515.54 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
This article examines how José Tolentino Mendonça's poem 'The Days of Job' reflects a kenotic spiritual exercise, explored from different angles, namely theology, literature and philosophy, to address human vulnerability and dignity. In this sense, the text explores the poetic and political dimensions of spirituality from the intersection between the theoretical references of Michel Foucault, Michel de Certeau and Giorgio Agamben. In Tolentino's poetics, Job is interpreted as an emblematic figure who transcends his biblical dimension and emerges as a metaphor for creative resilience and ethical struggle in times of crisis. Poetry is presented as an anagogic way of rediscovering the indelible beauty of life even in the most adverse circumstances, promo- ting a spirituality that resists the logic of discard and reinvents ways of inhabiting the world.
Este artigo examina como o poema "Os Dias de Job", de José Tolentino Mendonça, reflete um exercício espiritual kenótico explorado em diferentes ângulos, nomeadamente desde teologia, literatura e filosofia, para abordar a vulnerabilidade humana e a dignidade. Nesse sentido, o texto explora as dimensões poéticas e políticas da espiritualidade, desde a interseção entre os referenciais teóricos de Michel Foucault, Michel de Certeau e Giorgio Agamben. Na poética de Tolentino, Job é interpretado como uma figura emblemática que transcende sua dimensão bíblica, revelando-se uma metáfora para a resiliência criativa e a luta ética em tempos de crise. A poesia é apresentada como um caminho anagógico para redescobrir a beleza indelével da vida, mesmo nas circunstâncias mais adversas, promovendo uma espiritualidade que resiste à lógica do descarte e reinventa formas de habitar o mundo.
Este artigo examina como o poema "Os Dias de Job", de José Tolentino Mendonça, reflete um exercício espiritual kenótico explorado em diferentes ângulos, nomeadamente desde teologia, literatura e filosofia, para abordar a vulnerabilidade humana e a dignidade. Nesse sentido, o texto explora as dimensões poéticas e políticas da espiritualidade, desde a interseção entre os referenciais teóricos de Michel Foucault, Michel de Certeau e Giorgio Agamben. Na poética de Tolentino, Job é interpretado como uma figura emblemática que transcende sua dimensão bíblica, revelando-se uma metáfora para a resiliência criativa e a luta ética em tempos de crise. A poesia é apresentada como um caminho anagógico para redescobrir a beleza indelével da vida, mesmo nas circunstâncias mais adversas, promovendo uma espiritualidade que resiste à lógica do descarte e reinventa formas de habitar o mundo.
Description
Keywords
Book of Job Human vulnerability José Tolentino Mendonça Kenotic poetry Poetic resilience Theology and literature
Pedagogical Context
Citation
Boas, A. V. (2024). A poesia como exercício kenótico em “Os dias de Job” de José Tolentino Mendonça. Forma Breve, (20). https://doi.org/10.34624/fb.v0i20.38349
