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A relação entre a prevalência de doenças crónicas não transmissíveis e o perfil sociodemográfico em pessoas idosas

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A mudança do perfil demográfico no mundo globalizado impulsionou a necessidade de entender o processo de envelhecimento, tornando-se este um verdadeiro desafio para o mundo contemporâneo. O processo de envelhecimento é seguramente multifatorial e refere-se ao conjunto de alterações inevitáveis e irreversíveis que se acontecem na pessoa, no último período do seu ciclo vital. Assim sendo, percebe-se que existem muitas formas de envelhecer e que, em muitas circunstâncias, este processo está carregado de estereótipos e lugares comuns que nem sempre coincidem com a realidade. Cada pessoa envelhece de acordo com as suas características biológicas, o seu contexto familiar e social, a retaguarda que lhe é oferecida, a forma como enfrenta as dificuldades, etc.Com o intuito de gerar implicações positivas para aprimorar o atendimento dos idosos, parcela da população que não para de crescer, utilizando o perfil sociodemográfico e clínico desses pacientes, parte-se do princípio de que todo o ser humano tem características próprias e só o estudo pormenorizado desses indicadores podem ajudar a melhorar a respetiva qualidade de vida.Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) nos idosos, bem como analisar a sua associação com os fatores sociodemográficos. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma abordagem quantitativa e a um desenho não experimental transversal e observacional, pelo que os dados foram recolhidos num único momento. A população é constituída por uma amostra não probabilística por conveniência, composta por 34 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os géneros, residentes no município de São Luís, Maranhão (MA), que frequentavam o grupo de idosos do Centro Especializado em Reabilitação de Idosos. Para o levantamento do perfil sociodemográfico e análise do estilo de vida, foi aplicado um questionário semiestruturado com múltiplas questões entre as quais perguntas sobre o perfil sociodemográfico. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS (versão 18.0). Quanto aos resultados, verificou-se que a maior prevalência de DCNT aconteceram entre os idosos do sexo feminino (79,41%), que se encontravam na faixa etária entre 60 e 65 anos, enquanto que os do sexo masculino, estavam entre 66 e 70 anos de idade. A média geral de idade dos participantes, independentemente do género, foi de 67,09 anos, tendo o mais novo 60 anos e o mais velho 78 anos. Foi prevalente a cor de pele não branca (52,94%), casados (61,76%), oriundos da capital (41,18%) e que moravam com o máximo de três pessoas no seu domicílio (32,35%). Dos idosos avaliados, 55,88% (n=19) apresentaram pelo menos uma DCNT e o número médio de patologias foi de 2,0±1,4, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os géneros (p=0,935). Em relação às doenças crónicas não transmissíveis, a hipertensão foi a doença mais frequente na população em estudo, acometendo 51,61% dos idosos, em seguida a obesidade (29,03%) e por último a diabetes mellitus (19,35% %). Este estudo fornece evidências empíricas sobre aspetos demográficos e de saúde importantes para população idosa na atualidade. Os resultados indicam que as variáveis analisadas apresentam um alto percentual de idosos portadores de DCNT. Diante desta questão, ressalta-se a necessidade de constante monitoramento da situação de saúde de pessoas acima de 60 anos, com o intuito de melhorar o estado geral de saúde e redução na incidência de morbidades nessa faixa etária.

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Doenças crónicas não-transmissíveis Envelhecimento Envelhecimento ativo Envelhecimento bem-sucedido Gerontologia

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Egregius

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