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Authors
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Abstract(s)
This dissertation follows a thematic structure that comes from the selection of essential
concepts regarding the relation between one and perception notion of place – perception,
memory, identity, space – that construct the reflection body of this research. The inevitable
interaction between the individual and the architecture generates a constant perception of
diferente spaces, which together with memory, creates identity and originates place over
time. The principal interveniente for the transformation of space in place is the human being,
through your sensorial and metaphysical experience. Non-place presupposes a negative
reflection of place, meaning i tis a space that does not have any kind of relationship with the
individual.
The work proposes to approach the thecretical complexity inherent in the concepts
of place and non-place through na initial conceptual premise – the palindrome possibility of
‘place-non-place’ – in Reading the Porto city over the past three decades. The use of two
distinct typologies – shopping mall and hostel as types of there named epidemic
architecture, allows us to understand their implication in the creation or noto f the city.
Discuss whether if they enhance the existing place, starting or not the momentary creation
of non-places.
The approach focus first in one main objective relatively to the comercial centers of
great magnitude – shopping mall – that were surgically located along the main arteries of
communication of the city and the region from from the 80s. These new private spaces of
public use have as they main objective to attract the bigger number of consumers, a regional
strategic vision, mimicking until certain point, the origin of typology from the 50s in the
United States.
However, is importante in the articulation of analysis of the two advanced
topologies, fitting some of the key events in the development of the city in these last decades.
In 1996, UNESCO grants to the city of Porto the status of the World Heritage City and in
2001, is nominated European Capital of Culture with the process of the city center and bets
on tourism through urban rehabilition. These two dilated moments in time mark some of
the strategic policy for the city, in the first instance with the intention requalifing to
safeguard the protected space of the historic downtown, and in the second with the aim of
requalifing the urban core and the rehabilition of public spaces of the city through urban
equipments in various scales. In the following of this events, are installed in the urban core
a set of new typologies of local accommodations, reconverting and readapting the olde
buildings that characterise the city, with particular emphasis on the hostel, the archetype
with more exemplars, which spreads like a vírus spreads inside of a human being imune
system, or in this specific case of the city, at the heart of its neuralgic system, the historic
center of Porto.
Currently, Porto has symptoms of a ‘sick city’ whose therapeutic of urbanista and
architectural nature applied seem to be the source of the diseases. In its turn, these deceases
create vulnerabilities in the city body that stay subject to the possibility of the invasion of
new vírus: the non-places. It is intended to answer then i fis possible to transform a nonplace
a place.
A dissertação segue uma estruturação temática que resulta da seleção de conceitos essenciais na relação entre o indivíduo e a noção do lugar - perceção, memória, identidade, espaço – que constituem o corpo da reflexão, desta investigação. O inevitável convívio entre o indivíduo e a arquitetura gera uma constante perceção de diferentes espaços, que juntamente com a memória, cria identidade e origina lugar ao longo do tempo. O interveniente principal para a transformação de espaço em lugar é o ser humano, através das suas experiências sensoriais e metafísicas. Não-lugar pressupõe uma reflexão negativa de lugar, ou seja, é um espaço que não tem qualquer tipo de relação com o indivíduo. O trabalho propõe abordar a complexidade teórica inerente aos conceitos de lugar e de não-lugar através de uma premissa conceptual inicial – a possibilidade capicua de ‘lugar-não-lugar’-, na leitura da cidade do Porto ao longo das últimas três décadas. O recurso a duas tipologias distintas - shopping mall e hostel como tipos de uma aqui denominada arquitetura epidémica, permite compreender a sua implicação na criação ou não de cidade. Discutir se potenciam o lugar existente, se criam não-lugares, ou até mesmo se criam ‘novos lugares’, reinventando a noção de lugar pré-existente, a partir ou não da criação momentânea de não-lugares. A abordagem foca assim um primeiro objetivo que diz respeito aos centros comerciais de grande magnitude – shoppings mall -, que se localizaram cirurgicamente ao longo das principais artérias de comunicação da cidade e da região, a partir da década de 80. Estes novos espaços privados de uso público têm como objetivo principal atrair o maior número de consumidores, numa visão estratégica regional, mimetizando até certo ponto, a origem da tipologia na década de 50 nos Estados Unidos. No entanto, interessa na articulação da análise das duas tipologias avançadas, enquadrar alguns dos eventos marcantes no desenvolvimento da cidade nestas últimas décadas. Em 1996, a Unesco confere o estatuto de Cidade do Património Mundial à cidade do Porto e em 2001, é nomeada Capital Europeia da Cultura com a promessa do metropolitano como instrumento de recentralização e do combate à desertificação do centro da cidade e aposta no turismo através da reabilitação urbana. Estes dois momentos dilatados no tempo marcam algumas das políticas estratégicas para a cidade, num primeiro momento com intuito de salvaguardar o espaço protegido da Baixa histórica, e no segundo, com o intuito de requalificar o miolo urbano e a requalificação de espaços públicos da cidade através de equipamentos de várias escalas urbanas. No seguimento destes eventos, instalam-se no miolo urbano uma série de novas tipologias de alojamento local, reconvertendo e readaptando os antigos e caracterizadores edifícios da cidade, com especial destaque para o hostel , o arquétipo com mais exemplares, o qual se alastra como um vírus se alastraria no interior sistema imunológico de um ser humano, ou neste caso específico da cidade, no âmago do seu sistema nevrálgico, o centro histórico do Porto. Atualmente, o Porto apresenta sintomas de uma ‘cidade doente’ cujas terapêuticas de cariz urbanista e arquitetónico aplicadas parecem estar na origem de novas doenças. Por sua vez, essas doenças criam vulnerabilidades no corpo da cidade que ficam sujeitas à possibilidade de invasão de novos vírus: os não-lugares. Pretende-se responder então se é possível transformar um não-lugar em lugar.
A dissertação segue uma estruturação temática que resulta da seleção de conceitos essenciais na relação entre o indivíduo e a noção do lugar - perceção, memória, identidade, espaço – que constituem o corpo da reflexão, desta investigação. O inevitável convívio entre o indivíduo e a arquitetura gera uma constante perceção de diferentes espaços, que juntamente com a memória, cria identidade e origina lugar ao longo do tempo. O interveniente principal para a transformação de espaço em lugar é o ser humano, através das suas experiências sensoriais e metafísicas. Não-lugar pressupõe uma reflexão negativa de lugar, ou seja, é um espaço que não tem qualquer tipo de relação com o indivíduo. O trabalho propõe abordar a complexidade teórica inerente aos conceitos de lugar e de não-lugar através de uma premissa conceptual inicial – a possibilidade capicua de ‘lugar-não-lugar’-, na leitura da cidade do Porto ao longo das últimas três décadas. O recurso a duas tipologias distintas - shopping mall e hostel como tipos de uma aqui denominada arquitetura epidémica, permite compreender a sua implicação na criação ou não de cidade. Discutir se potenciam o lugar existente, se criam não-lugares, ou até mesmo se criam ‘novos lugares’, reinventando a noção de lugar pré-existente, a partir ou não da criação momentânea de não-lugares. A abordagem foca assim um primeiro objetivo que diz respeito aos centros comerciais de grande magnitude – shoppings mall -, que se localizaram cirurgicamente ao longo das principais artérias de comunicação da cidade e da região, a partir da década de 80. Estes novos espaços privados de uso público têm como objetivo principal atrair o maior número de consumidores, numa visão estratégica regional, mimetizando até certo ponto, a origem da tipologia na década de 50 nos Estados Unidos. No entanto, interessa na articulação da análise das duas tipologias avançadas, enquadrar alguns dos eventos marcantes no desenvolvimento da cidade nestas últimas décadas. Em 1996, a Unesco confere o estatuto de Cidade do Património Mundial à cidade do Porto e em 2001, é nomeada Capital Europeia da Cultura com a promessa do metropolitano como instrumento de recentralização e do combate à desertificação do centro da cidade e aposta no turismo através da reabilitação urbana. Estes dois momentos dilatados no tempo marcam algumas das políticas estratégicas para a cidade, num primeiro momento com intuito de salvaguardar o espaço protegido da Baixa histórica, e no segundo, com o intuito de requalificar o miolo urbano e a requalificação de espaços públicos da cidade através de equipamentos de várias escalas urbanas. No seguimento destes eventos, instalam-se no miolo urbano uma série de novas tipologias de alojamento local, reconvertendo e readaptando os antigos e caracterizadores edifícios da cidade, com especial destaque para o hostel , o arquétipo com mais exemplares, o qual se alastra como um vírus se alastraria no interior sistema imunológico de um ser humano, ou neste caso específico da cidade, no âmago do seu sistema nevrálgico, o centro histórico do Porto. Atualmente, o Porto apresenta sintomas de uma ‘cidade doente’ cujas terapêuticas de cariz urbanista e arquitetónico aplicadas parecem estar na origem de novas doenças. Por sua vez, essas doenças criam vulnerabilidades no corpo da cidade que ficam sujeitas à possibilidade de invasão de novos vírus: os não-lugares. Pretende-se responder então se é possível transformar um não-lugar em lugar.
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