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Abstract(s)
Objetivos: As técnicas de diagnóstico imagiológico são largamente utilizadas em Medicina Dentária, contribuindo para a elevada exposição global a radiação ionizante verificada nas sociedades modernas. Considerando o bem caracterizado risco genotóxico associado à exposição à radiação ionizante, é altamente desejável a identificação de biomarcadores fiáveis para a biomonitorização dos efeitos genotóxicos da exposição a baixas doses de radiação ionizante em imagiologia dentária. Com este objetivo, foi realizada uma revisão sistemática, de acordo com as diretrizes PRISMA. Materiais e métodos: Revisão sistemática realizada através da metodologia PRISMA, tendo por base os critérios PICO. A busca foi realizada nos bancos de dados PubMed e Web of Science, usando uma expressão de busca baseada nos seguintes termos MeSH: (Mouth mucosa) AND ((Chromosome Aberrations) OR (Cytogenetic Analysis) OR (Cytogenetics) OR (DNA damage) OR (Mutagenicity Tests)) AND ((Dental radiography) OR ((Dentistry) AND (Diagnostic imaging))). Resultados: As pesquisas nas bases de dados devolveram 246 registos, tendo sido incluídos 30 nesta revisão sistemática. 14 (46,7% ) destes estudos apresentaram evidência significativa (p<0,05) de genotoxicidade em células esfoliadas da mucosa oral após irradiação em contexto de diagnóstico dentário imagiológico (comparação pós-exposição versus pré-exposição). A frequência de micronúcleos aos 7-15 dias após a exposição foi claramente o biomarcador mais frequentemente utilizado (26 estudos), tendo sido observados resultados significativos em apenas 38,5% destes estudos. O enrev port estomatol med dent cir maxilofac. 2022;64(S1) :1-53 33 saio Comet foi efetuado em 3 outros estudos, todos com resultados significativos. Um estudo utilizou os níveis de expressão de gH2AX e pChk2, enquanto outro utilizou os níveis de 8-oxo-dG e de quebra de cadeia dupla como biomarcadores de genotoxicidade, ambos com resultados positivos. Conclusões: Estes resultados sugerem que o uso de técnicas imagiológicas em Medicina Dentária pode resultar em danos no ADN e que outros biomarcadores, para além da frequência de micronúcleos, podem ser mais adequados para demonstrar esses danos em futuros estudos de biomonitorização. São necessários mais estudos para confirmar estes resultados.