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Debt and investment are two fundamental topics in the corporate world. This research investigates the relationship of these two concepts in Portuguese firms over the time window of 2011 and 2022 using a fixed-effect panel threshold model. Studying 6,857 firms, the results suggest that the sensitivity between leverage and investment decreases as firms indebt themselves more. In this scenario, firms are often highly constrained and already operating at minimal investment levels, leaving little room for further reductions in investment. The results across industries and firm sizes are also presented, reaffirming the non-linear relationship and emphasising the primary usage of internal funds to invest, aligned with the pecking order theory. Surprisingly, the relationship between leverage and investment is positive at the 90th percentile of the investment distribution, which might suggest that Portuguese firms often use leverage to finance working capital, daily operations or to benefit from tax shields rather than invest in long-term projects.
A dívida e o investimento constituem dois temas fundamentais no mundo empresarial. Este estudo investiga a relação entre estes dois conceitos em empresas portuguesas, no período de 2011 a 2022, recorrendo a um modelo de painel de efeitos fixos que segmenta os resultados consoante determinados níveis de endividamento. Com base na análise de 6.857 empresas, os resultados indicam que a sensibilidade entre alavancagem e investimento diminui à medida que as empresas se endividam mais. Nesse contexto, as empresas encontram-se frequentemente muito condicionadas, operando em níveis mínimos de investimento, o que reduz a possibilidade de cortes adicionais. São igualmente apresentados resultados por setor de atividade e dimensão das empresas, reforçando a natureza não linear desta relação e evidenciando o papel fundamental dos fundos internos para o investimento, em linha com a pecking order theory. Surpreendentemente, a relação entre alavancagem e investimento torna-se positiva no percentil 90 da distribuição do investimento, possivelmente sugerindo que as empresas portuguesas recorrem à dívida sobretudo para financiar fundo de maneio, operações do dia a dia ou tirar proveito de benefícios fiscais, em vez de a canalizarem para projetos de longo prazo.
A dívida e o investimento constituem dois temas fundamentais no mundo empresarial. Este estudo investiga a relação entre estes dois conceitos em empresas portuguesas, no período de 2011 a 2022, recorrendo a um modelo de painel de efeitos fixos que segmenta os resultados consoante determinados níveis de endividamento. Com base na análise de 6.857 empresas, os resultados indicam que a sensibilidade entre alavancagem e investimento diminui à medida que as empresas se endividam mais. Nesse contexto, as empresas encontram-se frequentemente muito condicionadas, operando em níveis mínimos de investimento, o que reduz a possibilidade de cortes adicionais. São igualmente apresentados resultados por setor de atividade e dimensão das empresas, reforçando a natureza não linear desta relação e evidenciando o papel fundamental dos fundos internos para o investimento, em linha com a pecking order theory. Surpreendentemente, a relação entre alavancagem e investimento torna-se positiva no percentil 90 da distribuição do investimento, possivelmente sugerindo que as empresas portuguesas recorrem à dívida sobretudo para financiar fundo de maneio, operações do dia a dia ou tirar proveito de benefícios fiscais, em vez de a canalizarem para projetos de longo prazo.
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Debt Dívida Investimento Investment Leverage threshold analysis Limiar de endividamento Portugal
Pedagogical Context
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