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O conceito de hiper-modernidade, cunhado por Gilles Lipovetsky em meados da década de 1970, parece indicar uma ruptura com o modernismo e a noção de pósmodernidade. Veremos neste breve exercício crítico se tais pressupostos se justificam e tentaremos verificar quão distante (ou próximo) o hiper-modernismo está das sociedades ditas pós-modernas. O próprio Jean-François Lyotard já previa o fim dos grandes esquemas explicativos do mundo e com ele o término da linearidade histórica rumo ao progresso. Assim sendo, fará sentido pensarmos nas grandes narrativas de ontem à luz de uma sociedade em constantes mutações? Que pensar desses novos
formatos de comunicação que são as meta e hiper-narrativas? Num mundo globalizado e digitalizado não será de prever uma mutação na forma como cada um entende o texto, a literatura e a ficção; Como cada um entende a ciber-literatura (Jean-Clément) ? E essa ciber literatura não será ela própria uma forma de produção da hiper-ficção ou não serão os romances generativos, promovidos por Jean-Pierre Balpe, um dispositivo narrativo próprio do nosso tempo? As lan-party, os videojogos em rede para multi-jogador, as vivências excêntricas do artista francês Matthieu Laurette, são alguns dos exemplos que veremos nesta curta viagem ao mundo da ficção e do modernismo elevados à potência do hiper.
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Keywords
Hipermodernismo Ficção Interactividade Narrativa Hipernarrativa
Citation
CAIRES, Carlos Sena - O hiper no modernismo e na ficção. In SABARÍS Xaquín Núñez (coord.), Diálogos ibéricos sobre a modernidade. ISBN 978-989-8139-85-6. Ed. Húmus - Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho: Braga, Portugal, 2011. p.25-40