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Albeit rising concerns regarding foreign interference in a set of strategic areas of western society,its effects on academia in particular have been both understudied and underestimated. Hence, the aim of thisacademic paper is to shine a light on the widespread impacts and risks associated with western universities’increasing exposure to foreign autocratic influence and how that may ultimately affect academic freedom.This paper argues that the tendency towards western universities’ growing dependency on internationalstudents, as well as on the donations and investments of external actors poses a financial and academic riskin the long-term. This is especially true in the British case, which has experienced a surge in the number ofinternational students, particularly Chinese students, in the last decade. However, the increasing visibility ofcases that constitute either direct or indirect foreign interference in academia is an opportunity for westerngovernments to assess their academic institutions’ vulnerabilities, especially their links to autocratic regimes.Ultimately, western governments and academic institutions must jointly strive to cooperate in developingand accepting a set of universal guidelines in order to ensure that academic freedom is not compromised.
O debate sobre a exposição das economias ocidentais à interferência externa tem vindo a adquirirum maior destaque nos últimos anos. Contudo, não existem ainda análises sistémicas e aprofundadas sobreos efeitos da interferência externa no mundo académico. O objetivo deste artigo é alertar para os riscos quea crescente exposição das universidades ocidentais à influência autocrática externa acarreta ao nível daliberdade académica. O texto destaca que a excessiva dependência em relação a estudantes internacionais,bem como de doações e outros tipos de investimentos estrangeiros, pode representar um risco financeiro eacadémico para as universidades a longo prazo. Isto tem sido especialmente visível no caso britânico, emque se verificou um aumento significativo no número de estudantes internacionais, sobretudo de estudanteschineses, ao longo da última década. No entanto, a crescente visibilidade destes casos surge como umaoportunidade para os governos ocidentais avaliarem as vulnerabilidades das suas instituições académicas eanalisarem os seus vínculos a entidades e regimes não democráticos. Em última análise, os governos e asinstituições académicas ocidentais devem cooperar no desenvolvimento e na aceitação de um conjunto dediretrizes universais, a fim de garantir a preservação da liberdade académica.1
O debate sobre a exposição das economias ocidentais à interferência externa tem vindo a adquirirum maior destaque nos últimos anos. Contudo, não existem ainda análises sistémicas e aprofundadas sobreos efeitos da interferência externa no mundo académico. O objetivo deste artigo é alertar para os riscos quea crescente exposição das universidades ocidentais à influência autocrática externa acarreta ao nível daliberdade académica. O texto destaca que a excessiva dependência em relação a estudantes internacionais,bem como de doações e outros tipos de investimentos estrangeiros, pode representar um risco financeiro eacadémico para as universidades a longo prazo. Isto tem sido especialmente visível no caso britânico, emque se verificou um aumento significativo no número de estudantes internacionais, sobretudo de estudanteschineses, ao longo da última década. No entanto, a crescente visibilidade destes casos surge como umaoportunidade para os governos ocidentais avaliarem as vulnerabilidades das suas instituições académicas eanalisarem os seus vínculos a entidades e regimes não democráticos. Em última análise, os governos e asinstituições académicas ocidentais devem cooperar no desenvolvimento e na aceitação de um conjunto dediretrizes universais, a fim de garantir a preservação da liberdade académica.1