Repository logo
 
Publication

A filosofia da religião de David Hume: teísmo, ateísmo ou deísmo?

dc.contributor.authorDimas, Samuel
dc.date.accessioned2021-09-03T13:53:03Z
dc.date.available2021-09-03T13:53:03Z
dc.date.issued2014-12-12
dc.description.abstractNa sua filosofia da religião, David Hume faz a distinção entre teísmo genuíno, que corresponde à afirmação de que toda a estrutura da natureza indica um Ser Supremo, autor inteligente e criador da ordem do Mundo, e teísmo supersticioso, que corresponde à crença do politeísmo idólatra na ação servil e familiar dos poderes superiores, descritos de forma antropomórfica com paixões e apetites, membros e órgãos humanos. A partir desta distinção procuraremos mostrar que na obra deste autor não está em causa a essencial verdade religiosa acerca da existência de Deus, que surge à razão como óbvia, mas sim a conceção antropomórfica dos atributos divinos e a sua adequada cognoscibilidade, bem como a forma das religiões conceberem a relação providencial com as criaturas no sentido da suprema justiça e da instauração de um futuro perfeito de integral redenção. Só é possível afirmar da causa divina aquilo que se pode inferir da experiência que fazemos dos seus efeitos Assim, consideraremos que a sua posição não é de ateísmo, no sentido etimológico do termo, mas sim de deísmo, no sentido de se inferir racionalmente a partir dos efeitos a existência da Divindade, como causa última de toda a ordem natural, sem, no entanto, ser possível a compreensão filosófica da sua incomensurável essencialidade, ficando o seu obscuro e contraditório discurso remetido para o plano da fé.pt_PT
dc.description.abstractIn his philosophy of religion, David Hume makes the distinction between genuine theism, that corresponds to the affirmation that the entire structure of nature indicates a Supreme Being, an intelligent designer and creator of order in the world, and superstitious theism, that corresponds to the belief in idolatrous polytheism based on the servile and familiar actions of superior powers described in an anthropomorphic form, with human passions and appetites, members and organs. From this distinction, we aim to demonstrate that the work of this author does not put at stake the essential religious truth in what concerns as regards the existence of God, which emerges to reason as obvious, but instead questions the anthropomorphic conception of divine attributes and its cognoscible appropriateness as well as the way in which religions conceive their providential relationship with their creatures on the scope of supreme justice and the enactment of a perfect future of integral redemption. It is only possible to affirm the divine cause from inferences o that are taken out from the experience that we make of its effects. Hence, we do not consider that his position falls under the auspices of atheism, in the etymologic meaning of the term, but rather represents deism in the sense of rationally inferring based upon the effects of a Divinity existence as the ultimate cause for the entire extent of the natural order, without which it’s impossible a philo sophical comprehension of its incommensurable essentiality leaving to obscure and contradictory discourse to the domain of faith.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.doi10.14195/0872-0851_46_9pt_PT
dc.identifier.issn0872-0851
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.14/34647
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/pt_PT
dc.subjectTeísmo puropt_PT
dc.subjectTeísmo supersticiosopt_PT
dc.subjectAteísmopt_PT
dc.subjectDeísmopt_PT
dc.subjectCriaçãopt_PT
dc.subjectPoliteísmopt_PT
dc.subjectProvidência originalpt_PT
dc.subjectProvidência particularpt_PT
dc.subjectAntropomorfizaçãopt_PT
dc.subjectReligião filosóficapt_PT
dc.subjectDeuspt_PT
dc.subjectPure theismpt_PT
dc.subjectSuperstitious theismpt_PT
dc.subjectAtheismpt_PT
dc.subjectDeismpt_PT
dc.subjectCreationpt_PT
dc.subjectPolytheismpt_PT
dc.subjectOriginal providencept_PT
dc.subjectParticular providencept_PT
dc.subjectAnthropomorphisationpt_PT
dc.subjectPhilosophy of religionpt_PT
dc.subjectGodpt_PT
dc.titleA filosofia da religião de David Hume: teísmo, ateísmo ou deísmo?pt_PT
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.endPage468pt_PT
oaire.citation.issue46pt_PT
oaire.citation.startPage449pt_PT
oaire.citation.titleRevista Filosófica de Coimbrapt_PT
oaire.citation.volume23pt_PT
person.familyNameDimas
person.givenNameSamuel
person.identifier.orcid0000-0002-0968-3616
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typearticlept_PT
relation.isAuthorOfPublication9eec8a22-61e8-4e08-90cc-885fac596913
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery9eec8a22-61e8-4e08-90cc-885fac596913

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
Filosofia_da_Religi_o_em_David_Hume_1_.pdf
Size:
284.28 KB
Format:
Adobe Portable Document Format