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Abstract(s)
This thesis proposes to analyse data from a household-level survey on the Portuguese population comprising years 2009 to 2020, as to explore the role that remittances from emigrants might have in reducing income inequality, and in allowing households to maintain a relatively stable level of consumption over time, even when there are fluctuations in income. We conclude that remittances not only play a role in reducing inequality but also, and more surprisingly, have a quantitatively stronger impact on inequality relatively to social transfers, even comparing to those including pensions. By analysing the empirical relations between remittances and consumption we conclude that Portuguese families use remittances to increase both consumption and savings, however the second at a higher degree than the first. There is therefore a consumption smoothing role from remittances for those households.
Esta tese propõe-se analisar dados provenientes de um inquérito ao nível das famílias na população portuguesa, abrangendo os anos de 2009 a 2020, com o objetivo de explorar o papel que as remessas de emigrantes podem desempenhar na redução da desigualdade de rendimento e na possibilidade de manutenção de um nível de consumo relativamente estável ao longo do tempo por parte das famílias, mesmo quando existem flutuações de rendimento. Concluímos que as remessas não só desempenham um papel na redução da desigualdade, como também, e de forma mais surpreendente, têm um impacte quantitativamente mais forte em comparação com as transferências sociais, mesmo quando consideradas aquelas que incluem pensões. Ao analisar as relações empíricas entre remessas e consumo, concluímos que as famílias portuguesas utilizam as remessas para aumentar tanto o consumo quanto a poupança, no entanto, estas últimas numa medida superior. Existe, portanto, um papel de suavização temporal do consumo para essas famílias proporcionado pelo facto de receberem remessas.
Esta tese propõe-se analisar dados provenientes de um inquérito ao nível das famílias na população portuguesa, abrangendo os anos de 2009 a 2020, com o objetivo de explorar o papel que as remessas de emigrantes podem desempenhar na redução da desigualdade de rendimento e na possibilidade de manutenção de um nível de consumo relativamente estável ao longo do tempo por parte das famílias, mesmo quando existem flutuações de rendimento. Concluímos que as remessas não só desempenham um papel na redução da desigualdade, como também, e de forma mais surpreendente, têm um impacte quantitativamente mais forte em comparação com as transferências sociais, mesmo quando consideradas aquelas que incluem pensões. Ao analisar as relações empíricas entre remessas e consumo, concluímos que as famílias portuguesas utilizam as remessas para aumentar tanto o consumo quanto a poupança, no entanto, estas últimas numa medida superior. Existe, portanto, um papel de suavização temporal do consumo para essas famílias proporcionado pelo facto de receberem remessas.
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Keywords
Remittances Inequality Consumption smoothing Permanent income hypothesis Remessas Desigualdade Teoria do rendimento permanente